Kerry King explica por que prefere músicos mais velhos; cabelos brancos, mas dedos rápidos
Por Bruce William
Postado em 05 de maio de 2025
Quando decidiu montar sua nova banda solo, Kerry King não teve dúvidas sobre o tipo de gente que queria ao seu lado. Nada de jovens promissores tentando provar valor. Ele preferiu chamar músicos da sua faixa etária, com quem já tinha amizade e confiança. "Eu queria, antes de tudo, que fosse alguém do meu grupo de amigos, da minha faixa etária", explicou em conversa com Nick Bowcott do Sweetwater (a transcrição é do Blabbermouth).


O guitarrista do Slayer está cercado por nomes conhecidos: Paul Bostaph (bateria), Phil Demmel (guitarra), Kyle Sanders (baixo) e Mark Osegueda (vocal). Todos já passaram dos 50. E, para Kerry, isso faz toda a diferença. "Não tenho nada contra caras de 25 anos, mas eu não queria isso. Queria que a gente parecesse um grupo coeso. Primeiro de tudo, amizade."
A convivência, segundo ele, é leve e divertida. "Sem divas, sem drama nos bastidores. Terminamos de tocar e, se alguém erra, todo mundo zoa. É um ambiente muito bom. Estou me divertindo pra caralho." Ao falar com novos músicos, Kerry destacou que o mais importante, além de tocar bem, é estar cercado de gente que você realmente goste. "Depois de décadas na mesma banda, vira trabalho. Vira um negócio. Você muda com o tempo. Agora que estou nessa fase, percebo que tocar com amigos e estar num ambiente divertido é mais importante do que eu achava."

Segundo ele, essa foi a maior lição. "Claro, pratique, escolha gente boa, mas no fim das contas, chame pessoas que você goste de estar junto. E que gostem da mesma música que você. Porque se não curtirem o mesmo som, isso vai virar um problema mais pra frente." O resultado é um grupo que não só se entende fora do palco, mas também funciona bem no palco — sem precisar de figurinha nova pra dar conta da energia. Como ele resumiu com bom humor: "Estão todos ali porque são meus amigos. E todos eles são bons." O que prova que, se depender de Kerry, cabelo branco não é problema. Dedos rápidos, sim.

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