Produtor quis ampliar base de fãs do Kiss para além de "garotos espinhentos de 15 anos"
Por João Renato Alves
Postado em 16 de junho de 2025
Em uma entrevista retrospectiva da carreira à CBC, via BraveWords, o produtor canadense Bob Ezrin falou sobre como trabalhou com o Kiss em "Destroyer", (1976), quarto álbum de estúdio da carreira do quarteto. Após o estouro de "Alive!" (1975), a banda buscou novas estruturas musicais e recorreu ao profissional, já conceituado por seu trabalho com Alice Cooper.


No entanto, o resultado imediato não foi o imaginado, como o próprio confessa. "A primeira crítica de ‘Destroyer’ foi simplesmente devastadora. O crítico disse algo como: 'Estou com vontade de ir até Toronto e dar um soco no nariz do Bob Ezrin em nome dos fãs do Kiss em todo o mundo.’ Mas era algo normal, já que eu costumava ser chamado para trabalhar com artistas que desejavam uma mudança. No caso deles, queria ampliar a base de fãs além de garotos espinhentos de 15 anos."

Para tal, Bob optou por mostrar um lado mais vulnerável do grupo. Incluindo uma balada melódica e romântica. "Eles precisavam gerar interesse nas garotas da América. ‘Beth’ foi de uma música do tipo ‘que se dane’ para algo gentil e doce, quase uma canção de ninar, com piano e uma linha suave de baixo."
Ezrin apresentou ao Kiss elementos como jogo de cordas, corais infantis e efeitos sonoros, além de técnicas como a gravação invertida de instrumentos, especialmente a bateria. Considerado um dos trabalhos referenciais da banda, "Destroyer" vendeu mais de 2 milhões de cópias nos Estados Unidos só no primeiro ano após o lançamento.

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