Paul Stanley diz o que pensa sobre o Kiss ser considerado uma banda mercenária
Por André Garcia
Postado em 14 de julho de 2025
O Kiss é muito lembrado como uma das maiores bandas de hard rock dos Estados Unidos — e também como uma das bandas mais movidas pela grana. Se hoje é normal bandas serem geridas como empresas e explorarem merchandising, em meados dos anos 70 o Kiss foi pioneiro nessa área.
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Já naquela época eles faturavam com a venda de bonecos, camisetas, lancheiras, caixões e tudo mais que você puder imaginar. Musicalmente, eles deram as costas para o rock pesado e embarcaram em tendências como a disco music de olho no dinheiro que aquilo renderia.

O baixista e cofundador Gene Simmons jamais escondeu que adora dinheiro, que quer ser cada vez mais rico e que só faz o que faz por dinheiro. Ultimamente ele até vive usando um boné preto com um saco de dinheiro com um $ estampado em sua testa. Não dá para ser mais claro que isso.
Em entrevista para o podcast de Billy Corgan (frontman dos Smashing Pumpkins) o outro co-fundador do Kiss discordou dessa história de que o Kiss era uma banda mercenária. Para ele, a questão era apenas que "uma vez que a banda rendia dinheiro, esse dinheiro deveria vir para nós, não para algum executivo".
"Aprendemos com os erros e ninguém precisa fazer uma vaquinha para a gente. Nosso aluguel está bem pago. Mas, sabe, a ideia de sermos gananciosos por dinheiro ou algo assim, não é o caso. Eu sempre fiz isso (nós sempre fizemos isso), no fim das contas, pela alegria que nos proporciona."

"Fui muito afortunado. Cresci em uma era que nos levou para o próximo [estágio do rock]. Cresci vendo Jimi Hendrix tocar para algumas milhares de pessoas, Led Zeppelin, The Who, com Buddy Guy abrindo em 69, Humble Pie, Derek and the Dominos, todas essas bandas. É isso que eu amo, e era isso que eu queria ser."
"Nunca que eu entrei nessa na intenção de 'ser um milionário'. Naquela época, um milionário era tipo [Tio Patinhas]. Sabe, 'Uau! Isso é incrível'. Mas [o Kiss] nunca foi sobre isso. Era sobre [o desejo de] ser aquele cara [sobre o palco], quero estar lá em cima. Sim, eu quero ser Steve Marriott. Eu quero ser um pregador. Eu quero estar lá em cima do palco pregando o rock n roll."

O Kiss se aposentou em 2023, e em seus últimos 30 anos de carreira lançou apenas quatro álbuns de estúdio: "Carnival of Souls" (1997), "Psycho Circus" (1998), "Sonic Boom" (2009) e "Monster" (2012).
Após o surgimento do Napster no começo dos anos 2000, a venda de CDs despencou com o download gratuito de músicas em MP3 na internet. De lá para cá, Gene quando questionado sobre novos álbuns do Kiss sempre dizia que "se ninguém vai pagar por ele, por que eu vou me dar ao trabalho?"
Já Paul sobre os dois últimos discos se queixava não das baixas vendas, mas sim do desinteresse do público por músicas novas. Ele ficava decepcionado com o pessoal ignorando elas e só querendo saber de ouvir nos shows os velhos clássicos.

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