O disco ao vivo que Slash considera "um dos mais subestimados de todos os tempos"
Por Gustavo Maiato
Postado em 30 de agosto de 2025
Slash pode ter entrado para a história do rock com sua cartola, óculos escuros e riffs marcantes no Guns N’ Roses, mas sua paixão musical vai além dos solos incendiários que marcaram "Appetite For Destruction". Além de sua trajetória com a banda, o guitarrista sempre buscou expandir horizontes – seja em colaborações ousadas em sua carreira solo, com nomes que vão de Ozzy Osbourne a Fergie, ou na energia visceral de seus shows, onde percorre cada centímetro do palco sem perder a precisão.
Aerosmith - Mais Novidades
Essa devoção ao poder do som ao vivo vem de longa data, e um disco em especial marcou sua formação musical: "Live! Bootleg", do Aerosmith. "Esse foi o grande para mim", afirmou em entrevista. "Live! Bootleg é um dos álbuns mais subestimados de todos os tempos, um dos melhores discos de rock’n’roll ao vivo já feitos. Foi o que me levou a procurar novas bandas comprando seus álbuns ao vivo, porque assim eu tinha todas as melhores músicas – e, para mim, a coisa mais emocionante do mundo era o clima de um show." A entrevista foi resgatada pela Far Out.
Ao destacar esse clássico de 1978, Slash reconhece a força única do registro ao vivo: a energia crua, a conexão direta com o público e a intensidade impossível de reproduzir em estúdio. Não à toa, esse fascínio moldou tanto seu estilo de tocar quanto sua carreira, sempre marcada pela entrega de palco e pela busca de capturar o espírito do rock ao vivo – exatamente como aprendeu com seus futuros parceiros de estrada, o Aerosmith.
Como foi o Live! Bootleg
Se Slash considera "Live! Bootleg" um dos álbuns ao vivo mais subestimados de todos os tempos, parte disso vem justamente do caráter único que o disco carrega. Lançado em outubro de 1978, ele se destacou em meio a um ano repleto de clássicos do formato — como "If You Want Blood" (AC/DC), "Live and Dangerous" (Thin Lizzy) e "Tokyo Tapes" (Scorpions) — justamente por sua crueza.
Ao contrário da maioria dos álbuns ao vivo da época, que passavam por extensas correções em estúdio, overdubs e remixes, o Aerosmith decidiu entregar um registro fiel, com todos os altos e baixos de suas apresentações. "Live! Bootleg fez jus ao nome", escreveu o crítico Paulo Giovanni G. Melo em resenha para o Whiplash.Net. O disco mescla gravações de clubes pequenos, galpões imensos e até uma sessão de rádio, sem preocupação em padronizar o áudio ou polir as performances.
Essa honestidade brutal se reflete nas versões de "Back in the Saddle", "Walk This Way", "Dream On" e "Sweet Emotion", que aparecem mais espontâneas e, em alguns momentos, caóticas. Há inclusive surpresas como fogos de artifício em "Mama Kin" e uma inesperada fusão entre "Mother Popcorn" e "Draw the Line". O resultado? Uma "bagunça espetacular" que mostra exatamente o que o Aerosmith era no final dos anos 1970: uma banda incendiária, imperfeita e autêntica, no auge da sua energia.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
Cinco grandes bandas de heavy metal que passarão pelo Brasil em 2026
O rockstar que não tocava nada mas amava o Aerosmith; "eles sabiam de cor todas as músicas"
A melhor música de rock lançada em 2025, segundo o Loudwire
É oficial! Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026; confira as informações
Steve Harris e Bruce Dickinson comentam tour do Iron Maiden pela América Latina
Clemente (Inocentes, Plebe Rude) sofre infarto e passa por cirurgia
O álbum que David Gilmour vê como uma continuação de "The Dark Side of the Moon"
Alter Bridge abrirá para o Iron Maiden apenas no Brasil
O que James Hetfield realmente pensa sobre o Megadeth; "uma bagunça triangulada"
Dream Theater abre venda de ingressos para turnê no Brasil; confira os preços
System of a Down volta à América Latina em maio de 2026
Show do Iron Maiden em São Paulo será no dia do segundo turno das eleições
Adrian Smith comenta mudança de cenários físicos para telas digitais na nova turnê do Maiden
A música dos Beatles que tanto Elvis quanto Sinatra trataram como obra-prima


Parceria com Yungblud rende marca histórica ao Aerosmith
A banda que Joe Perry quase escolheu no lugar do Aerosmith; a proposta parecia fazer sentido
Três Álbuns Seminais Lançados em 1975, nos EUA
50 clássicos do Rock que superaram 1 bilhão de plays no Spotify
Steven Tyler: "Há álbuns que prefiro esquecer"


