Como Bruce Springsteen influenciou Volbeat, banda com números colossais no Spotify
Por Gustavo Maiato
Postado em 16 de agosto de 2025
Com mais de 5 milhões de ouvintes mensais e mais de um bilhão de streamings no Spotify, o Volbeat é uma das bandas mais consistentes do metal contemporâneo. Misturando rockabilly, metal, punk e hard rock, o grupo dinamarquês costuma explorar sonoridades inesperadas em seus álbuns. E no novo trabalho, "God of Angels Trust", o quarteto revelou uma influência curiosa: Bruce Springsteen.
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Em entrevista exclusiva a Gustavo Maiato do Whiplash.Net, o baterista Jon Larsen explicou como o lendário cantor norte-americano serviu de inspiração — mesmo para quem não o ouve com frequência. "Uma das inspirações para ‘Acid Rain’ foi o Bruce Springsteen. Não no sentido de copiar, mas de tentar pegar aquela vibe que ele tem em algumas músicas. O Michael [Poulsen, vocalista e guitarrista] é um grande fã do Springsteen. Ele disse: ‘E se a gente tentasse trazer essa atmosfera pra cá?’. Eu mesmo conheço pouco, não escuto muito, mas pensei: ‘Ok, vamos tentar’. E funcionou", comentou Larsen.
Apesar da abordagem diferente, a banda não abandonou suas raízes. "Soa como Volbeat, com certeza. Mas tem esse toque novo que veio da ideia original. A gente queria um refrão forte, daqueles que ficam", completou.

O novo álbum do Volbeat
Na mesma conversa, Larsen também comentou sobre o processo criativo da pesada "Demonic Depression", uma das faixas mais rápidas do disco. A música quase ficou de fora do álbum, mas acabou sendo transformada dias antes da gravação.
"Era uma música que não funcionava. A gente sabia que tinha partes boas, mas soava forçado. Faltando pouco pro estúdio, o Michael disse que ia pra casa e voltaria com algo novo. E ele voltou com um novo verso. Quando encaixamos os bumbos duplos, tudo fez sentido", relembrou.
Embora o título do álbum e a arte de capa — com uma figura de bode em um quarto — sugiram temas religiosos, Larsen afirma que a banda não segue essa linha. "Tem espiritualidade, sim. Mas não diria que é sobre religião. Nenhum de nós é religioso. As letras são todas do Michael, então é ele quem pode explicar melhor. Mas acho que a ideia é mostrar que nem tudo é o que parece, sabe? Até o seu quarto pode não ser tão seguro quanto você imagina", concluiu.

Confira a entrevista completa abaixo.

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