O verdadeiro motivo da saída de Bruce Dickinson do Iron Maiden, segundo Regis Tadeu
Por Bruce William
Postado em 13 de agosto de 2025
Em vídeo publicado no youtube, o jornalista e crítico musical Regis Tadeu falou sobre a nova edição de "More Balls to Picasso", segundo álbum solo de Bruce Dickinson, e aproveitou para explicar o que acredita ter sido o real motivo para o vocalista deixar o Iron Maiden em 1993. Segundo ele, a decisão foi resultado de anos de desgaste pessoal e artístico.
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"Os fãs jamais poderiam imaginar que o relacionamento dele com o verdadeiro líder do Iron Maiden, o Steve Harris, já vinha se deteriorando há anos", comentou. Regis ressaltou que Dickinson sempre teve "inquietação artística" e que se sentia "totalmente limitado por aquela fórmula sonora do Iron Maiden, que embora fosse muito bem-sucedida, priorizava aquele som épico, as cavalgadas, aquela coisa galopante que o Steve Harris defendia".
O crítico lembrou que Dickinson já buscava novas direções, citando o lançamento de "Tattooed Millionaire" (1990) enquanto ainda estava na banda. Além disso, o peso de ser o frontman, o desgaste de turnês intermináveis e discussões que "quase resultaram em brigas físicas" agravaram a situação. "O estopim disso tudo veio durante as gravações do 'Fear of the Dark', quando o ambiente estava extremamente tenso, atingindo o nível de erupção vulcânica", disse.

Ao falar sobre o impacto pós-Maiden, Regis afirmou que muitos fãs viram a saída como "traição" e que "um monte de gente resolveu não gostar desse disco só por causa de uma estúpida lealdade ao Iron Maiden". O contraste entre estádios lotados e a realidade de clubes e teatros menores foi, segundo ele, "um negócio gritante".
Sobre o novo "More Balls to Picasso", Regis destacou que não se trata de uma simples remasterização. "É um trabalho de reconstrução bem meticuloso, com remixes, novas gravações, incluindo novos vocais do Bruce em algumas partes, novas guitarras e adições que refletem a visão que o Bruce sempre quis por esse disco", e em seguida elogiou o trabalho do produtor Brendan Duffy.

Regis concluiu dizendo que, ao contrário da maioria que gostava do original, ele prefere a nova edição: "Eu não gostava tanto do original e gostei muito desse 'More Balls to Picasso'." Para ele, a nova edição corrige falhas da produção de 1994 e apresenta o álbum como Bruce Dickinson havia imaginado desde o início, o que traz uma profunda credibilidade ao trabalho.

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