O motivo de Robert Plant recusar reunião com Led Zeppelin, segundo Regis Tadeu
Por Gustavo Maiato
Postado em 17 de setembro de 2025
O lendário Robert Plant completou recentemente 77 anos e segue categórico ao rejeitar qualquer oferta para uma reunião do Led Zeppelin. Em vídeo publicado em seu canal, o crítico musical Regis Tadeu explicou os principais motivos que levam o vocalista a manter essa posição firme, mesmo diante de propostas bilionárias.
Segundo Regis, tudo começa em 1980, com a morte de John Bonham. Para Plant, a banda só existia como entidade formada por seus quatro integrantes originais, e sem o baterista não havia sentido em manter o Zeppelin ativo. Essa convicção ficou ainda mais forte após a fracassada reunião no Live Aid de 1985, que contou com Phil Collins e Tony Thompson na bateria. "O resultado foi tão caótico que até hoje Plant, Page e John Paul Jones falam daquele evento com constrangimento", lembrou o crítico.


Ao longo das décadas, Plant recebeu inúmeras propostas milionárias de gravadoras e promotores para retomar o grupo. Mesmo assim, preferiu apostar em sua carreira solo, explorando sonoridades que iam do folk ao world music. Um exemplo foi o projeto No Quarter, ao lado de Jimmy Page, em 1994, que reinterpretava músicas do Zeppelin com arranjos acústicos e orientais. Ainda assim, Plant recusou transformar a ideia em uma turnê nostálgica.

A última reunião oficial aconteceu em 2007, no O2 Arena de Londres, com Jason Bonham na bateria, durante um tributo a Ahmet Ertegün, fundador da Atlantic Records. O show, eternizado em Celebration Day, teve 20 milhões de pedidos de ingressos. Mesmo assim, Plant barrou qualquer turnê subsequente. "Para ele, aquilo foi uma exceção motivada pela homenagem, não pelo dinheiro ou pela nostalgia", explicou Regis.
Um dos episódios mais comentados veio em 2014, quando o magnata Richard Branson teria oferecido 800 milhões de dólares para uma turnê de 35 shows. Plant teria recusado sem pestanejar, chegando até a rasgar o contrato, conforme relatos da época. Em vez disso, dedicou-se a projetos como a parceria com Alison Krauss e a banda Saving Grace.

Para Regis Tadeu, as recusas de Plant não são capricho, mas uma filosofia artística. O vocalista não aceita ser visto como uma "relíquia do rock" e prefere manter-se em movimento. Ele inclusive já criticou bandas como o The Who, que seguem na ativa sem parte de sua formação clássica. "Plant não quer ser uma estátua viva do Led Zeppelin. Prefere proteger o legado da banda e se desafiar artisticamente em novos caminhos", concluiu o crítico.

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