RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

A tocante mensagem passada pelo Dream Theater em "Another Day"

A pergunta simples que mudou a vida de Amy Lee e deu origem ao maior hit do Evanescence.

A música que surgiu da frustração e se tornou um dos maiores clássicos do power metal

A canção emocionante do Alice in Chains que Jerry Cantrell ainda tem dificuldade de ouvir

Gene Simmons diz que Kiss não teria existido sem Ace Frehley e Peter Criss

A cantora que fez Jimmy Page e Robert Plant falarem a mesma língua

A banda fenômeno do rock americano que fez história e depois todos passaram a se odiar

Unto Others anuncia primeiro show no Brasil para 2026

Jeff Scott Soto não acha que Yngwie Malmsteen falou dele em recente desabafo

A canção de natal do AC/DC que foi inspirada em Donald Trump

Titãs - a frase atual de 40 anos atrás em "Desordem"

Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Brian May do Queen

Max Cavalera aponta o que ele e Tom Araya tem o que IA alguma jamais terá

Slash e a banda com o maior estoque de riffs matadores; "os caras tinham riff pra dar e vender"

Beatles, Led Zeppelin; Regis Tadeu explica o que é uma boyband e quem é ou não é


Bangers Open Air

"Vale a pena gastar salário mínimo no show?": Andre Barcinski critica preço do AC/DC em SP

Por
Postado em 05 de dezembro de 2025

Pagar um salário mínimo para ver um show de rock virou, aos poucos, algo normal no Brasil - e isso está incomodando muita gente. Em vídeo recente publicado em seu canal, o jornalista e produtor cultural Andre Barcinski levantou a pergunta que muitos fãs fazem na surdina: "Vale a pena gastar um salário mínimo para ver um show de uma banda, mesmo que essa banda seja o AC/DC?". A provocação veio a partir dos valores da turnê "Power Up" no Estádio do MorumBIS, em São Paulo, marcada para 2026, cuja faixa de preços já vinha gerando debate entre os fãs.

AC/DC - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Barcinski pegou como exemplo o show do AC/DC no MorumBIS: arquibancada a R$ 850 (sem taxas), pista a R$ 1.350 e cadeiras superiores e inferiores a R$ 1.490 e R$ 1.590, respectivamente. Com taxa de conveniência e parcelamento, o valor facilmente encosta em R$ 1.600 na pista e se aproxima dos R$ 2.000 nas cadeiras mais caras. "O ingresso mais caro para ver o AC/DC no Morumbi vai sair, com taxa e tal, por volta de dois mil reais por ingresso", resumiu. Em paralelo, o salário mínimo em 2025 está em R$ 1.518, o que torna inevitável a comparação entre um mês de trabalho formal e uma noite de show.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal
Sharon McCutcheon @ unsplash.com
Sharon McCutcheon @ unsplash.com

Para fugir da impressão de que o problema é exclusivo do AC/DC, Barcinski citou outras atrações de estádio: Oasis, Limp Bizkit, Linkin Park, My Chemical Romance e afins, todos orbitando valores parecidos de pista, geralmente na casa dos R$ 1.000 com taxas. Ele contou, por exemplo, que pagou "algo perto de mil reais, parcelado no cartão" para que a filha pudesse ver o My Chemical Romance no Allianz Parque. "Hoje é normal você gastar perto de um salário mínimo para comprar um ingresso de pista para qualquer desses grandes shows", comentou, reforçando que a crítica não é a uma banda ou produtora específica, mas a um modelo inteiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O jornalista fez então um exercício de comparação histórica. A última passagem do AC/DC pelo Morumbi havia sido em 2009, na turnê do álbum Black Ice. Na época, o ingresso de pista custava R$ 250. Atualizando esse valor pelo IPCA, Barcinski calculou que o mesmo tíquete deveria hoje estar em torno de R$ 617 - menos da metade dos R$ 1.350 cobrados para a pista em 2026. "Ou seja, um ingresso dobrou de valor real", concluiu, destacando que o aumento vai muito além da simples correção inflacionária.

A conta fica ainda mais pesada quando entra o salário mínimo na equação. Barcinski lembrou que, em 2009, o mínimo era de R$ 465. Com esse valor, era possível comprar quase dois ingressos de pista (R$ 250 cada). Hoje, com o mínimo em R$ 1.518, o mesmo trabalhador mal consegue comprar um ingresso inteiro para a pista, sem incluir taxas. "Antes, com um salário mínimo você comprava quase dois ingressos pro AC/DC. Hoje, compra um só", sintetizou, usando o exemplo como símbolo de como o show de estádio foi se tornando um luxo progressivamente mais inacessível para boa parte do público.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Ingressos do AC/DC muito caros?

Na segunda metade do vídeo, Barcinski olha para as causas estruturais do fenômeno. Ele cita a disparada do dólar - que saiu da casa de R$ 1,80 em 2009 para mais de R$ 5,00 nos últimos anos - como um dos principais fatores para o encarecimento de turnês internacionais. Soma-se a isso a transformação da indústria fonográfica com a digitalização e o streaming: "Antigamente, bandas excursionavam para vender disco. Hoje, os shows representam uma fatia muito maior do faturamento dos artistas", lembra. Com a queda brutal da receita de venda física, o palco virou a principal fonte de renda, e os ingressos acompanharam essa virada.

Outro ponto levantado é a concentração de poder nas mãos de gigantes como a Live Nation e a Ticketmaster, que controlam simultaneamente produção, casas de show e venda de ingressos em vários países. "Poucas empresas controlam uma fatia gigantesca do mercado", observa Barcinski, o que, na visão dele, contribui tanto para a elevação de custos quanto para a falta de alternativas ao modelo atual. Ele também menciona o efeito da pandemia: passagens mais caras, fretes elevados, mais restrições de bagagem e logística geral de turnê muito mais dispendiosa do que há cinco ou seis anos, cenário que afeta diretamente qualquer banda que precise cruzar fronteiras para tocar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Diante desse quadro, Barcinski se mostra pessimista quanto a uma mudança estrutural a curto prazo. "A tendência é que as coisas só piorem", diz, prevendo cachês cada vez mais altos em megafestivais turbinados por patrocínios e, consequentemente, ingressos ainda mais caros. A "solução", segundo ele, é muito menos um plano macro e muito mais uma postura individual de cada fã: "Incentivar e ir a pequenos clubes, parar de ir nesses mega festivais que cobram salário mínimo, incentivar as cenas locais e tentar fugir um pouco dessa grandiosidade, dessa coisa monopolista…". Para o jornalista, apoiar a base - bandas menores, casas pequenas, cenas alternativas - pode ser uma maneira concreta de continuar vivendo música ao vivo sem transformar cada show em uma decisão financeira traumática.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Confira o vídeo completo abaixo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeLuis Alberto Braga Rodrigues | Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Gustavo Maiato

Jornalista, fotógrafo de shows, youtuber e escritor. Ama todos os subgêneros do rock e do heavy metal na mesma medida que ama escrever sobre isso.
Mais matérias de Gustavo Maiato.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS