At The Gates: 10 álbuns que mudaram a vida de Tomas Lindberg
Por Vagner Mastropaulo
Postado em 30 de julho de 2021
A última vinda do At The Gates ao Brasil se deu no Carioca Club, como headliner da segunda noite do Setembro Negro de 2018, precisamente em 30/09, um domingo. Se, por ora, só podemos aguardar a gradativa retomada dos shows, já dá para conferir o novíssimo The Nightmare Of Being e, na esteira do trabalho de 02/07, Rich Hobson postou "At The Gates’ Tomas Lindberg: 10 albums that changed my life" no site da Metal Hammer dez dias depois.
Rumando diretamente às indicações no padrão "play (ano de lançamento) – banda – faixa sugerida", com links do YouTube, a rigor o frontman quase não cita músicas nominalmente (exceção feita ao Possessed), porém como a fonte criou uma playlist ao final do conteúdo, serão estas as escolhas mantidas abaixo. Repare na predileção pelas que batizam os full lengths, dê o devido desconto ao fato de dois serem EPs e, se quiser ouvir a seleção no Spotify, clique aqui e divirta-se!
- Bathory (84) – Bathory – Necromansy
"Bathory teve um papel enorme em minha história com o metal. Aqui na Suécia, foram eles que abriram as portas. Sem eles, não acho que a Suécia teria uma cena death metal. Para a maioria das outras pessoas ao redor do mundo, eles foram um pouco obscuros demais – nunca tocavam ao vivo, nunca tinham fotos de verdade da banda a não ser estranhas imagens de Quorthon cuspindo fogo ou algo assim. Mas eu adorava a mística e musicalmente o disco é tão simples".
- Scream Bloody Gore (87) – Death – Scream Bloody Gore
"Scream Bloody Gore foi tão importante por uma variedade de motivos, porém, para nós envolvidos na troca underground de fitas no final dos anos oitenta, foi o primeiro play que saiu por uma de ‘nossas bandas’, uma que seguíamos desde as demos. Foi algo grandioso ouvir estas músicas com uma produção clara e simplesmente ver os discos em vinil fazia tudo parecer mais real. Scream Bloody Gore foi – e ainda é – o diagrama para o death metal numa escala maior".
- Why? [EP] (81) – Discharge – Why
"Aqui na Suécia, death metal e punk sempre andaram juntos – íamos aos shows uns dos outros e tocávamos com as bandas uns dos outros, especialmente no começo. Estávamos todos apenas atrás do que quer que fosse extremo, basicamente. (...) Eu me liguei em Discharge com aquele sete polegadas de Why? e os acompanhei por um tempo. Todo o impacto deles está condensado naquela batida icônica simplificada e feita à perfeição de um modo que nunca havíamos visto antes".
- Sin After Sin (77) – Judas Priest – Dissident Aggressor
"Sou mais fã de Judas Priest do que de Iron Maiden e, para mim, os três discos lançados por volta daquele período final dos anos setenta – Sad Wings Of Destiny, Sin After Sin e Stained Class – são sempre para os quais vou. Gosto muito do Judas ‘mais metal’, mas os álbuns que são um pouco mais progressivos são os que realmente amo, especialmente o trabalho de guitarras".
- Killing Technology (87) – Voivod – Killing Technology
"Para mim, Killing Technology foi o álbum que transformou o modelo de como as músicas deveriam ser escritas e soar. Com o Voivod, há muita coisa progressiva nesse disco que realmente não deveria fazer sentido a um garoto de quinze anos, porém, para mim foi como se ligassem uma lâmpada e alguém dissesse: ‘Você pode tocar música deste jeito também’. Isso sempre esteve comigo: Killing Technology provou que era ok ser progressivo dentro do death metal".
- Red (74) – King Crimson – Starless
"Considerando o tipo de música que faço, suponho não ser surpresa que a maioria dos plays nesta lista esteja do lado mais pesado. Mas com o novo álbum soando como está, seria estranho não reconhecer pelo menos um disco prog! Adoramos Magma e bandas similares, porém King Crimson foi o fator de unificação entre todos os membros do At The Gates. Mesmo lá atrás, no começo dos anos noventa, os escutávamos muito".
- Melissa (83) – Mercyful Fate – Melissa
"Vou apenas dizer: Melissa pode ser o melhor disco de metal já escrito. Toda vez que eu disser isso, alguém irá dizer: ‘Mas o que tem nele?’. Tudo que posso dizer é: há muitos álbuns por aí igualmente bons, porém não necessariamente melhores! O modo que ele é tocado sequer parece necessariamente ser metal – está quase mais próximo do rock oculto. King Diamond colocou muito de sua alma neste play".
- Master Of Puppets (86) – Metallica – Master Of Puppets
"Você não consegue encontrar falhas em Master Of Puppets. É um dos trabalhos que o At The Gates revisita às vezes, especialmente quanto à checagem de como estamos indo. É um play plenamente realizado de todos os aspectos: a seqüência das músicas, a dinâmica... este é o tipo de coisa que olhamos em nós mesmos: ‘Nosso álbum se constrói como Master Of Puppets?’. Para mim, é o melhor disco do Metallica e um clássico por si só".
- Seven Churches (85) – Possessed – Death Metal [mencionada pelo músico]
"Falei que Scream Bloody Gore foi o primeiro álbum de death metal underground, mas Seven Churches é provavelmente o primeiro disco oficial de death metal, particularmente graças à música ‘Death Metal’. Pessoalmente, Jeff Becerra é um dos vocalistas que teve as maiores influências em mim. Quando comecei a mergulhar em música cada vez mais pesada, berrando junto com os plays em meu quarto, apenas adorava a crueza dos vocalistas de death metal. E Jeff tinha algo diferente".
[fique também com a recomendação da playlist – "Seven Churches"]
- Haunting The Chapel [EP] (84) – Slayer – Haunting The Chapel
"Haunting The Chapel ainda é meu lançamento favorito do Slayer e ponto final. Amo como a era Show No Mercy tinha essa pegada clássica de metal, porém tocada de modo mais rápido e mais punk. Em Show No Mercy, você consegue ouvir muito de Judas Priest em como ele é tocado, mas é que o Slayer é mais socado. Então você chega a Hell Awaits, que fica muito intrincado – quase como um disco de death metal com seus riffs. Haunting The Chapel mistura ambas as abordagens".
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