Vocalistas: Dez estreias inesquecíveis - Parte 2
Por Mateus Ribeiro
Postado em 10 de abril de 2019
Ao longo do tempo, muitas bandas trocaram seus vocalistas, e essas mudanças podem ter resultados satisfatórios ou catastróficos. Alguns desses casos onde as trocas foram positivas podem ser conferidos na seguinte lista.
Veja abaixo outras estreias impactantes de vocalistas em grandes bandas!
10 – Ville Laihiala
Banda: SENTENCED
Álbum de estréia: "Down" (1996)
Com a entrada de Ville, o Sentenced começou a trilhar novos caminhos. O som da banda passou de um Death Metal rústico para um Gothic Metal com fortes influências do Heavy Metal tradicional e até mesmo do Rock And Roll.
A voz potente e versátil de Ville permitiu que a banda investisse em um som mais trabalhado e polido, o que trouxe um grande número de novos fãs. Músicas como "Noose", "Bleed", "Sun´t Won´t Shine" e "Keep My Grave Open" mostraram uma grande evolução em relação aos primeiros álbuns, e parte desse processo só foi possível por conta do talento de Ville Laihiala.
Infelizmente, após quase uma década, o Sentenced encerrou as atividades, porém, até os dias de hoje, a banda sempre é lembrada como um dos grandes nomes do metal europeu.
09 – Edu Falaschi
Banda: ANGRA
Álbum de estréia: "Rebirth" (2001)
Após muitos desentendimentos entre os membros e o empresário da banda, o Angra passou por uma fase terrível. O resultado de tantas brigas foi a saída de três integrantes da banda: o vocalista Andre Matos, o baixista Luis Mariutti e o baterista Ricardo Confessori. Os músicos foram substituídos, respectivamente, por Edu Falaschi, Felipe Andreoli e Aquiles Priester.
O primeiro trabalho do Angra após as mudanças é "Rebirth", ótimo disco, que mantém o alto padrão de qualidade que a banda brasileira sempre demonstrou. O novo e até então desconhecido vocalista desempenhou um ótimo papel, principalmente na faixa título, em "Heroes Of Sand" e "Nova Era". Definitivamente, o Angra estava renascendo.
Alguns anos depois, Edu deixou a banda, e atualmente, lidera a banda de Heavy Metal Almah.
08 – Anders Fridén
Banda: IN FLAMES
Álbum de estréia: "The Jester Race"
O In Flames foi um dos principais expoentes do Death Metal Melódico. Após a entrada de Anders Fridén, a banda lançou quatro clássicos do estilo: "The Jester Race" (1996), "Whoracle" (1997), "Colony" (1999) e "Clayman" (2000).
O primeiro desses álbuns é considerado por muitos como o melhor lançamento da banda, e mostra uma evolução gigante se comparado ao primeiro disco, "Lunar Strain", que chegava a flertar até mesmo com o Black Metal. Alguns clássicos estão presentes em "The Jester Race", como a faixa título, "Moonshield", "December Flower" e "Dead God In Me" marcaram o início de um casamento muito feliz, e mostraram ao mundo todo o potencial de Anders.
O vocalista contribuiu muito para a consolidação do nome In Flames na cena do Metal. Porém, por outro lado, foi um dos principais responsáveis pelas mudanças no direcionamento do som da banda, que desagradaram muitos dos antigos fãs.
Sua voz já não é mais a mesma, porém, seu carisma e sua presença de palco o tornam um ótimo frontman.
Atualmente, o In Flames não se parece nem um pouco com a banda que gravou "The Jester Race", e está muito mais próxima do Rock Alternativo. Seja como for, é inegável a importância de Anders para a história da banda.
07 - Anneke van Giersbergen
Banda: THE GATHERING
Álbum de estréia: "Mandylion" (1995)
O The Gathering executava um misto de Doom com Gothic Metal, mas com a entrada de Anneke o som da banda mudou, e muito. A delicada voz da talentosa vocalista permitiu que novos horizontes fossem explorados.
A estréia de Anneke com o ótimo "Mandylion" (que até hoje, continua sendo o maior sucesso da banda holandesa) foi o início de uma nova era para a banda, que começou a apostar em uma sonoridade mais experimental.
Vale ressaltar que Anneke possui um papel muito importante, já que foi uma das primeiras mulheres a cantar em uma banda de Metal (sem esquecer a grande Doro Pesch). Além de ser muito ativa, a vocalista encorajou muitas mulheres a correr atrás do sonho de ter uma banda.
Atualmente, a versátil cantora segue uma carreira solo bem sucedida, e sempre que possível, aparece fazendo participações (mais que) especiais em discos e projetos.
06 – Matthew Barlow
Banda: ICED EARTH
Álbum de estréia: "Burnt Offerings" (1995)
O Iced Earth foi uma das mais gratas surpresas dos anos 90. Após um bom início de carreira, a banda lança "Burnt Offerings", disco que traz uma mistura de Heavy Metal com elementos do Power e do Thrash, que combinaram perfeitamente com a voz do estreante Matthew Barlow (que chegava a lembrar em alguns momentos a voz de Paul Stanley).
A trajetória de Barlow com o Iced Earth foi muito gloriosa, e muito desse sucesso passa pelo pesado, técnico e inesquecível "Burnt Offerings".
05 – Michale Graves
Banda: MISFITS
Álbum de estréia: "American Psycho" (1997)
O Misfits é um dos grandes nomes da cena Punk, porém, em 1983, encerrou as atividades, após a saída do lendário vocalista Glenn Danzig. Porém, na década seguinte, a banda resolveu retomar as atividades. Para tanto, precisariam recrutar um novo vocalista.
Então, um jovem de apenas 20 anos de idade resolveu fazer um teste. O rapaz, chamado Michale , foi contratado, e ajudou a mudar a historia da banda,apesar do pouco tempo que passou como vocalista da banda.
O primeiro disco do Misfits com Michale, "American Psycho", traz ótimas músicas, dentre elas, um dos maiores clássicos da banda, "Dig Up Her Bones", e "Speak Of The devil".
04 – George "Corpsegrinder" Fisher
Banda: CANNIBAL CORPSE
Álbum de estréia: "Vile" (1996)
Uma das bandas mais extremas do planeta precisa de um vocalista que segure o rojão. E George "Corpsegrinder" Fisher mostrou em "Vile" que era o substituto ideal para Chris Barnes. Se estiver em dúvida, basta ouvir "Devoured By Vermin" (que título romântico, aliás).
Os gritos e o vocal gutural de George são marcas registradas da banda, e a presença de palco do vocalista também impressiona. George é um dos responsáveis pelo reconhecimento e sucesso do Cannibal Corpse. Com todo o merecimento do mundo.
03 – Glenn Hughes e David Coverdale
Banda: Deep Purple
Álbum: "Burn" (1974)
Para o lugar de Ian Gillan, o Deep Purple recrutou não apenas um, mas dois vocalistas: Glenn Hughes (que também toca baixo) e um então desconhecido chamado David Coverdale.
As duas vozes sensacionais foram o carro chefe de um dos discos mais cultuados da carreira do Deep Purple. O som da banda ficou mais encorpado, com alguns elementos de funk e sol, trazidos por Glenn.
Dificilmente na história do Rock, veremos um dueto tão especial e capacitado.
02 – Angela Gossow
Banda: ARCH ENEMY
Álbum de estréia: "Wages Of Sin" (2001)
O Arch Enemy surgiu como um bom nome na cena. A banda, que foi fundada por Michael Amott, foi um dos nomes mais influentes do Melodic Death Metal.
Após os primeiros álbuns, a banda demitiu o vocalista Johan Liiva. Para o seu lugar, foi contratada a alemã Angela Gossow, dona de uma voz extremamente técnica e agressiva.
O primeiro disco do Arch Enemy com Angela nos vocais é o estupendo "Wages Of Sin", que mostra o casamento perfeito entre a voz da cantora e a sonoridade da banda.
De quebra, Angela quebrou mais uma barreira, ao se tornar uma das primeiras vocalistas de uma banda de Metal Extremo na história. Tal qual Anneke, Angela foi influência para muitas garotas que desejavam ingressar em alguma banda.
Em 2014, deixou o Arch Enemy, e foi substituída por outra mulher, Alissa White – Gluz.
01 – Derrick Green
Banda: SEPULTURA
Álbum de estréia: "Against" (1998)
A saída de Max Cavalera foi um trauma imenso para os fãs do Sepultura. A difícil missão de substituir um dos maiores ícones do Metal foi entregue ao vocalista norte americano Derrick Green. A maior banda brasileira de todos os tempos tinha um vocalista estrangeiro e negro,o que por si só já chamava a atenção.
Derrick fez o certo ao entrar na banda: colocou sua identidade nas composições, e não tentou imitar ninguém. Até hoje, o vocalista divide opiniões, principalmente entre os mais saudosistas, que possivelmente, não se ligaram que Derrick já está na banda por duas décadas.
"Against" é um ótimo disco, que mantém a agressividade e a modernidade que começaram a acompanhar a banda na década de 90.
Não importa se você é fã do "novo" ou do "velho" Sepultura. Derrick merece todo o respeito do mundo por ter matado no peito a dura batalha de agradar os fãs de Max Cavalera.
É isso, pessoal! Espero que tenham gostado da lista!
Aproveito para agradecer a colaboração mais que especial de Ana Laura Ribeiro!!!
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