Resenha - A Biografia - Smiths
Por André Garcia
Fonte: Camarada Garcia no Medium.com
Postado em 07 de julho de 2017
Era uma vez dois promissores jovens ingleses: um guitarrista chamado Johnny Marr e um poeta e escritor de publicações musicais chamado Steven Morrissey. Marr estava cansado de tocar em grupos dos outros e queria formar o seu próprio enquanto Morrissey vinha passando os últimos anos recluso em seu quarto deprimido com a falta de rumo em sua vida. Até que um belo dia, em 1982, Marr, que conhecia Morrissey apenas de reputação, vai até a casa dele e o chama para fazer uma banda e, dias depois, já estão compondo as primeiras músicas do que viria a ser o álbum de estreia daquele que logo seria um das maiores bandas da década. Assim começa a história do The Smiths, que é tão improvável que, se fosse fictícia, exigiria muita suspensão de descrença.
Biografia pode ser um terreno ardiloso, mas Tony Fletcher caminha sobre a história de Morrissey e companhia sabendo muito bem o que está fazendo. Embora seja um livro longo (600 páginas) para cobrir uma trajetória que durou apenas meia década, a biografia não é arrastada e em raríssimos se torna desinteressante ou parece irrelevante para que o leitor compreenda o quebra cabeças que foi a banda.
Nas primeiras páginas é apresentada a história de Manchester e seu povo, passando pela chegada dos imigrantes irlandeses, as duas guerras mundiais e a geração à qual os pais de Morrissey e Marr pertenceram. Uma prova da eficiência do autor é que, mesmo embora só depois de 200 páginas a banda seja formada, essa primeira parte do livro é muito interessante. Tony Fletcher acertou ao tratar a emblemática cidade como um personagem central, chegando até a ter um mapa de Manchester marcado com os locais que foram importantes na história da banda e na vida de seus integrantes.
Pra quem é fã do The Smiths, entusiasta da cena Post Punk ou saudosista dos anos 80, The Smiths — A Biografia é um prato cheio de informações interessantes e momentos memoráveis, narrados com ritmo fluído. Fatos pouco conhecidos vêm à tona e boatos e imprecisões são dissipados ao longo de 40 capítulos quem passam rápido. Ao final da leitura fica claro o que levou a banda a fazer sucesso em tão pouco tempo, seguir crescendo mesmo se auto sabotando com más decisões, como trocas frequentes (e desnecessárias) de empresário e se recusar a fazer clipes (em plena era de ouro da Mtv), e o que levou o grupo a se desfazer de forma tão repentina. E definitiva.
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