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Ramones: "Commando", a autobiografia de Johnny Ramone

Por Mário Orestes Silva
Postado em 18 de julho de 2014

Após ter sua imagem estigmatizada como "o ditador da banda" por sua austeridade rígida, quase para militar, eis que com a publicação de "Commando – A Autobiografia de Johnny Ramone", este guitarrista que fez história, junto com os demais Ramones, apresentando uma peculiaridade reconhecida em suas palhetadas, tem a oportunidade de justificar a infâmia e traz seu próprio testemunho a público, como prova incontestável de sua eficiência, não apenas como músico, mas também como um dos mentores e dirigentes de uma banda que tinha tudo pra dar errado e acabou se transformando uma das maiores referências da música contemporânea.

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É óbvio, mas cabe dizer que, como a maioria das autobiografias, esta também obedece uma cronologia da vida do retratado, começando na sua infância com os primeiros contatos com o rock, passando por sua adolescência conturbada nas deliquências urbanas, até conhecer seus colegas que montariam a banda, da trajetória de sucessos e fracassos que duraram décadas, findando a escrita com sua aposentadoria, após o final da banda e o indispensável registro de sua doença que fulminou em sua morte, com direito a fotos do funeral e da estátua erguida em sua homenagem no cemitério. Porém, este livro contém alguns diferenciais.

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Temos uma grande quantidade de fotos raras, não só de eventos e pessoas, mas também de memorabília que inclui manuscritos originais, cartões autografados, ingressos de shows etc. Há também uma avaliação álbum a álbum dos Ramones, no parecer do próprio guitarrista e listagem "os 10 mais", em seu gosto particular para beisebol, rock and roll, filmes de terror, de ficção científica, livros, televisão, dentre outros.

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Voltando às justificativas ditas no início deste texto, encontramos uma que explica a maior desavença na história da banda. A ruptura que Linda Marie fez no romance com Joey Ramone para se casar com Johnny. Temos a perspectiva de quem realmente foi personagem central, de um modo que provoca compreensão no entrave que causou mal estar diário por décadas nestes músicos.

Sobre a postura paramilitar, deve-se ao fato de que Johnny queria fazer da música o seu sustento, no afã de construir uma banda de rock que se destacasse dentre as demais, criando um estilo único e conseguisse um sucesso grandioso almejado. Claro que para que isso funcionasse efetivamente, era preciso que alguém impusesse uma disciplina eficaz em rapazes semi delinquentes que esbanjavam bebidas, drogas diversas, rebeldia e crises existencialistas. Como Johnny já havia tido em seu passado uma certa formação militar e acreditava convictamente na dedicação ao trabalho, a fórmula acabou dando certo, mesmo que lhe rendendo inimizades.

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Ao folhear a obra encontramos prefácio de Tommy Ramone, epílogo de Lisa Marie Presley, posfácio de John Cafiero que também fez a edição com Steve Miller e Henry Rollins, e na contra capa depoimentos de Kirk Hammett e Chris Cornell. Um detalhe que faz valer a aquisição está no acabamento gráfico. Capa dura com miolo em papel couchê.

Indispensável para qualquer um que deseja entender todo o desajuste de uma banda que, apesar de tudo, se tornou grande na história do rock and roll, "Commando – A Autobiografia de Johnny Ramone" merece atenção e leitura.

Tradução de Edmundo Barreiros e Lúcia Brito. Editora Leya, São Paulo, 2012, 176 páginas.

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Sobre Mário Orestes Silva

Deuses voavam pela Terra numa nave. Tiveram a idéia de aproveitar um coito humano e gerar uma vida experimental. Enquanto olhavam, invisíveis ao coito, divagavam: - Vamos dar-lhe senso crítico apurado pra detratar toda sua espécie. Também daremos dons artísticos. Terá sex appeal e humor sarcástico. Ficará interessante. Não pode ser perfeito. O último assim, tivemos de levar à inquisição. Será maníaco depressivo e solitário. Daremos alguns vícios que perderá com a idade pra não ter de morrer por eles. Perderá seu tempo com trabalho voluntário e consumindo arte. Voltaremos numas décadas pra ver como estará. Assim foi gerado Mário Orestes. Décadas depois, olharam como estava aquela espécie experimental: - O que há de errado? Porque ele ficou assim? Criamos um monstro! É anti social. Acumula material obsoleto que chamam de música analógica. Renega o título de artista pelo egocentrismo em seus semelhantes. Matamos? - Não. Ele já tentou isso sem sucesso. O Deixaremos assim mesmo. Na loucura que criamos pra vermos no que dará, se não matarem ele. Já tentaram isso, também sem sucesso. Então ficará nesse carma mesmo. Em algumas décadas, voltaremos a olhar o resultado. Que se dane.
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