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Shotdown: metal pesado vindo do interior paulista

Por Júlio Verdi
Fonte: Ready to Rock
Postado em 21 de setembro de 2015

O mercado de quem cria rock autoral no Brasil não tem (e talvez nunca teve) um cenário muito animador. Quando se fala da cena alternativa (longe de ser pop, de ser da grande mídia) então a coisa se complica. Mas isso não impede que muitas bandas enfrentem essa realidade de batalhar por sua música, por seu espaço. Como é o caso da banda Shotdown, cuja terra natal é Mirassol (SP). Com cerca de seis anos de existência, a banda mudou seu estilo e hoje aposta num som mais pesado. Formada atualmente por Alexx Blacksteel (vocal), Danilo Origa (guitarra), Giovanni Buzo (bateria) e Igor "Miojo" Galves (baixo), a banda foca hoje em dia seus esforços para lançar seu primeiro CD, com previsão de sair em 2016. No entanto possui um estoque de cinco músicas gravadas, disponíveis em seus canais de internet. A Ready To Rock conversou com o guitarrista Danilo, que nos conta a seguir mais detalhes da trajetória do Shotdown.

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RR - Primeiramente me fale das origens da banda. Quando e como se formou e porque a escolha do nome Shotdown?

Danilo Origa - A banda foi formada em 2009, com a junção de amigos de escola. De forma espontânea, a banda foi tomando forma e trocando de integrantes, buscando sempre evolução e um trabalho voltado para, de fato, constituir uma carreira. O nome Shotdown não tem um motivo específico. Achamos que soava bem e o escolhemos!

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RR - Numa tendência nacional onde o movimento de bandas cover é sempre evidenciado, é um orgulho ver bandas como o Shotdown investindo em seu próprio trabalho. Como é ser uma banda autoral nesse ambiente?

DO - Obrigado! Essa questão de autoral versus cover é literalmente motivo de amor e ódio para a Shotdown. Alguns nos odeiam simplesmente por termos criticado algumas bandas baseadas em cover e outros nos amam pelo mesmo motivo. Sempre fomos muito incisivos nessa questão. Dessa forma, procuramos sempre priorizar o autoral. Nunca fizemos um show sequer que não tenha tido ao menos quatro músicas autorais (sendo que hoje temos lançadas oficialmente, seis). É claro que temos que colocar covers no meio para complementar o show, mas são músicas que realmente significam algo para nós e definem a banda. Não é algo para ganhar destaque.

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RR - Como sente a aceitação do público em relação ao trabalho da banda?

DO - A aceitação do público é incrivelmente boa. Às vezes, supera nossas expectativas. Quando seguíamos uma linha autoral mais hard rock, nos shows, complementávamos o repertório com músicas do Motörhead e do Pantera. Nessa época, a aceitação das autorais era relativamente baixa e nos reconheciam apenas pelas bandas supracitadas. Depois do lançamento do clipe de "Spitfire" e do EP propriamente dito, que ocorreu em outubro de 2013, a aceitação perante as autorais cresceu. Hoje, seguindo uma linha mais pesada e tendo lançado o lyric video de "Murderground", a aceitação foi ainda maior; mais calorosa, digamos. O peso ajuda, creio eu. A verdade é que, mesmo em uma realidade em que o produto físico (CD) "não seja mais importante", os ouvintes gostam, sim, de música bem gravada, com qualidade. Não adianta querer apresentá-las apenas em versões ao vivo. Foi o que aprendemos com essa situação.

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RR - Quais as dificuldades principais da banda estar estabelecida no interior de São Paulo?

DO - As dificuldades principais em estarmos localizados no interior de São Paulo são basicamente relacionadas à visibilidade. Acaba sendo difícil alcançar pessoas de fora daqui, mesmo na internet. Mas creio que todas as bandas sintam-se assim, independente de onde estejam, pois o meio musical é cheio de "panelinhas" e certas "barreiras" que dificultam de fato a entrada de uma nova banda.

RR - Como anda o ritmo de shows da banda? Como enfrentar a eterna ausência de locais para bandas autorais?

DO - Os shows são escassos devido ao fato de não nos enquadrarmos no estilo que um pub requer, por exemplo. Geralmente, nossos shows são mais voltados a festivais, que, não por coincidência, também são escassos. Para enfrentar a eterna ausência de locais, simplesmente nos mantemos convictos do que queremos atualmente. Hoje, estamos concentrados em compor e gravar nosso primeiro álbum. Porém, é claro que logo depois de tê-lo gravado, precisaremos sair em busca de novos shows, e, para isso, precisaremos de alguém especializado no ramo.

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RR - A banda ficou entre as três melhores da categoria autoral no festival "Planeta Rock", em agosto deste ano, com a música "Hidden Asylum". Como foi o sabor desta conquista e o que representa isso na trajetória da banda?

DO - Foi ótimo. Ganhamos novos admiradores do nosso trabalho e é basicamente isso que importa. Muita gente elogiando a mudança de estilo e elogiando, inclusive, a presença de palco. A competição em si não importa. Tocar para mais de cinco mil pessoas em um palco foda foi sensacional. Inacreditável a quantidade de gente curtindo e gritando com a banda! Mais ainda, essa edição significa, para nós, que está mais do que na hora de juntarmos forças com bandas da região, como a O.U.D.N. (deathcore), vencedora do concurso. Vocal agressivo, banda pesada e com uma execução perfeita! A união de bandas autorais para realizar shows em conjunto é essencial!

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RR - As musicas do EP "Shotdown" (2013) flertam com um hard rock pesado e bem dosado. Já algumas faixas como "Dead Man" tem um balanço colado bem num metal moderno. A banda flerta com muitos estilos, certo?

DO - Exato! Não é algo para "agradar a todos", mas sim algo sincero.

DO - Mas há direções principais em cada trabalho: O EP foi basicamente hard rock, ainda que flerte com outros estilos. Tentamos, sim, trazer para algo mais moderno. Afinal, imagina se as bandas dos anos 80 tivessem mantido a pegada dos Beatles e do Rolling Stones? Obviamente era o que eles curtiam, mas a música segue, sem deixar de ter influência!

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DO - Acho que deu pra entender o que eu quis dizer. (risos)

RR - Dá pra perceber que em "Muderground" a banda investiu numa pegada mais pesada, colado num thrash moderno, mas com boa dose de melodia nas passagens. Seria mudança radical no estilo do Shotdown?

DO - Uma mudança radical creio que não. Mas sim, é uma mudança. Desde a entrada de Giovanni (bateria) e Igor (baixo), pretendíamos trazer um peso maior para a banda. Mas assim como dito anteriormente, acho que não poderia acontecer diferente. Os covers sempre foram Motörhead, Pantera, Metallica etc.. Foi natural a mudança. Ainda mais depois de começarmos a curtir Sepultura como nunca!

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RR - Como funciona o processo de composição dentro da banda?

DO - O processo de composição dentro da banda não é algo científico. Também é natural. O EP foi composto basicamente por mim, Danilo (guitarra). Já o álbum que está por vir, por enquanto, conta com grande participação do Giovanni e o Alexx (vocal), sobretudo em letras. A letra de "Murderground", por exemplo, é do Alexx. Atualmente, como moro em Uberlândia-MG, venho criando riffs crus que são trabalhados aos sábados, quando a banda se reúne em Mirassol. As letras acabam ficando pra depois. (risos)

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RR - Mirassol e Rio Preto não tem mais distância geográfica, mas como é a cena do rock autoral especificamente em Mirassol?

DO - A cena do rock autoral em Mirassol anda meio parada atualmente, sabe? Mas temos entre bandas que já existiram ou existem: Desnutrição (punk), Academic Worms (noisecore), Dark Paramount (black metal), Cachorros Leprosos (pornôchanchada musical), Índios Urbanos (punk), Lier (hard rock/pop rock), Forlock (pop rock), Baratazul (pop rock), NightStalker (thrash metal), House of Hate (thrash metal), Impetus (heavy metal) entre muitas outras. Mirassol tem uma boa história no rock em geral.

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RR - Qual a projeção para o futuro da carreira do Shotdown? Planos para um CD completo?

DO - Pretendemos terminar de compor o álbum ainda esse ano e gravá-lo. Em 2016, a porra vai ficar séria. O trabalho será pesado!

RR - Como encarar o desafio de fazer o Shotdown crescer e se desenvolver cada vez mais profissionalmente, e tentar uma exposição maior na cena nacional?

DO - Assim como dito anteriormente, vamos precisar de empenho e profissionalismo para poder divulgar o primeiro álbum da melhor forma possível. E pra isso precisaremos contar com profissionais do ramo. Blogs, sites, gravadoras, agências, e-mail, facebook, youtube, shows independentes: vale tudo!

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RR - Fique à vontade para passar uma mensagem para nossos leitores.

DO - Agradeço, primeiramente, a você por esse espaço. Acompanhem a Shotdown! Conheçam o trabalho anterior e fiquem por dentro do que está por vir. Lançamos recentemente o lyric-video de "Murderground" e precisamos de vocês para levar esse trabalho adiante! Temos facebook (facebook.com/shotdownbr) e todo o EP e o single estão no youtube (youtube.com/shotdownbr). Não estamos aqui para brincadeira! Ah! Em breve teremos single novo: "Hidden Asylum"!

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Sobre Júlio Verdi

Júlio Verdi, 45 anos, consome rock desde 1981. Já manteve coluna de rock em jornal até 1996, com diversas entrevistas e resenhas. Mantém blogs sobre rock (Ready to Rock e Rock Opinion) e colabora com alguns sites. Em 2013 lançou o livro ¨A HISTÓRIA DO ROCK DE RIO PRETO¨, capa dura, 856 páginas, trazendo 50 de história do estilo na cidade de São José do Rio Preto/SP, com centenas de fotos, mais de 250 bandas, estúdios, bares, lojas, festivais e muitos outros eventos. Curte rock de todas as tendências, em especial heavy metal e thrash metal.
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