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Apocrifo: ódio à corrupção - entrevista com a banda

Por Leonardo M. Brauna
Fonte: Apocrifo
Postado em 08 de outubro de 2014

Música pesada com contexto politizado é a especialidade do quarteto APOCRIFO. Quando gravaram o seu primeiro registro – a demo ‘No Alvo’ – em abril deste ano, Jhonatas Reis (guitarrista e vocalista), Leonardo Mesquita (baixo) e Paulo Sérgio (ex-baterista) iniciaram uma nova fase. Hoje, contam com inúmeras apresentações e com a volta de seu baterista fundador, Daniel Guerra. Recentemente a banda adicionou o seu novo membro, o guitarrista André "Crow". Conversamos com Jhonatas sobre suas composições, opiniões pessoais e o lançamento do primeiro álbum completo. Confira a seguir.

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FOTOS: Gandhi Guimarães

Vocês estão vivendo uma fase de muitos shows, inclusive fora de sua cidade. O registro da demo ‘No Alvo’, certamente vem contribuindo para tantos convites. O que mais a banda faz para atrair o público?

Jhonatas Reis: A demo na verdade foi gravada às pressas para termos um material para divulgar depois de tanto tempo de inatividade. Estamos até planejando um relançamento ou mandar logo o ‘full length’. Usamos muito a internet para divulgar nosso trabalho, temos site e contas em redes sociais. Também sempre participo da cena local underground para conversar com produtores para tentar agendar algumas datas.

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Nos três primeiros anos a banda se chamava Darkness Knight. Qual o motivo da mudança para Apocrifo em 2005?

Jhonatas: No começo o nome era o que nos trazia mais discussões internas. O primeiro nome foi dado à banda em 2002 quando a gente tinha uma pegada mais Heavy Metal por motivo de influências da época, e a principal era Black Sabbath. Depois, com o passar do tempo, começamos a ter muita influência de Thrash e Death Metal e, com isso, veio à mudança do nome.

A banda é marcada por alterações na formação. Desde a gravação de ‘No Alvo’, por exemplo, já foram duas: a volta do baterista original, Daniel Guerra e a adição de André "Crow" como segundo guitarrista, fazendo o grupo voltar a ser um quarteto.

Jhonatas: Sim. A formação original da banda era um quarteto, um dos fundadores é Marcelo Victor (ex-vocal), que hoje tem um conhecido selo aqui de Fortaleza, a "MVCS". Assim como quase todas as bandas de Metal do Brasil, nós temos nossas vidas fora da cena. Temos trabalho, família e às vezes isso atrapalha o andamento do grupo. O baterista da formação original, Daniel Guerra, precisou se ausentar, pois não tinha mais tempo para ensaios e afins. Estava engajado em entrar na carreira militar. Assim, entrando Paulo Sérgio. Por motivo pessoal, Paulo também Teve de sair, assim voltando à formação com Daniel Guerra. Nos shows eu necessitava de mais liberdade para interar com o público, então resolvemos convidar um amigo que estava formando uma banda de Thrash Metal para tocar uma segunda guitarra, e a interação dele com a banda foi fantástica. Isso ajuda também nas próximas composições.

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As letras traduzem muito do cotidiano social, mas apesar de elas serem cantadas em português, existem algumas criadas em inglês que não entraram no registro. O que abordam ‘You Will Be Burn’ e ‘Blood On The Walls’? Quais os planos futuros para estas duas músicas?

Jhonatas: Tambem existe ‘How You Want To Die’ em inglês. Pretendemos lançar todas as músicas no nosso CD que está por vir. ‘Blood On The Walls’ aborda a violência que impera nosso mundo atual, enquanto nós relaxamos tomando uma cerveja com amigos, muitos estão sendo torturados, massacrados e mutilados a todo o momento. ‘You Will Be Burn’ fala sobre religiões que se espalham como câncer sobre o mundo, infestam a mente e aliena aqueles que possuem a mente fraca. Já ‘How You Want To Die’, bem, o que você geralmente vê em noticiários e jornais na televisão ou em qualquer lugar? Morte! Num belo dia com aquela bela "cerva" na mesa do bar fizemos uma pergunta: Como iremos morrer? nesse mundo podemos escolher. Iremos morrer em um acidente de trânsito ou com uma doença incurável? Em um ataque terrorista nos EUA? Em um Tsunami no Japão? Levar uma queda e tacarmos a cabeça numa pedra? Ou será com uma bala perdida no Brasil?

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Como você vê a valorização das bandas nacionais? O Brasil tem se firmado fortemente com nomes locais cada vez mais qualificados, porém, o comércio fonográfico exterior parece ainda não abrir muitas portas para esses artistas.

Jhonatas: Hoje está até melhor. Acho que o pessoal está acordando para a realidade do underground. Sempre vejo os headbangers comprando material em festivais e participando. Só acho que ainda tem muitos que se dizem "true" e simplesmente não saem do computador e não contribuem em nada para a cena. Pois as bandas se fortalecem com a ajuda do público e arriscam muitas coisas em nome do Metal.

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Slayer, uma das influências da banda, compôs ‘Dead Skin Mask’ para o álbum ‘Seasons In The Abys’ (1990). A música retrata a história do psicopata norte americano, Ed Gein. O que fez você recriar esse tema em ‘Carniceiro De Plainfield’?

Jhonatas: Primeiramente quando vi a história deste ser insano que é Ed Gein, fiquei impressionado e me perguntei: Até que ponto pode ir a loucura e insanidade humana? Porra! A história do cara é foda, quem não conhece dê uma sacada na nossa música e veja vídeos documentários deste cara que vocês vão ver o que é ser insano.

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‘UVB-76’ é outra música que aborda assunto internacional. Sabemos que esse código é dado a um sinal de rádio russo que não se sabe ao certo o seu significado. Para a banda, o que isso revela?

Jhonatas: Morte! Uma teoria que acho válida sobre esse sinal de rádio é sobre o sinal do homem morto. Essa rádio teria se iniciado na guerra fria e, se, caso a Rússia fosse atacada por uma bomba nuclear americana, assim como foi com o Japão, esse dispositivo contra-atacaria com ogivas nucleares. Estranhamente depois do atrito com a Ucrânia, a rádio se fortaleceu e apareceram misteriosas vozes falando em códigos.

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’Quem É O Culpado’? Ataca não só o mau político como parte da população.

Jhonatas:: Sempre fico indignado quando pessoas falam que os problemas do país são simplesmente dos políticos. A corrupção do país já virou cultura. Respondam-me quem aí nunca furou uma fila? Atravessou um sinal vermelho no trânsito, ou atravessou como pedestre no sinal verde para carros? Jogou lixo na rua? Deu aquele jeitinho brasileiro em algo? Pois é, os políticos são a nata da corrupção neste país, mas nós brasileiros não estamos ausentes nesta. Este país só irá mudar depois que o povo cair na real e deixar de choramingar. Tem que correr atrás de seus direitos. E porra de protesto pacífico não funciona, tem que ter sangue, cabeças rolando e muita personalidade para o que der e vier. Só assim os políticos terão medo do seu povo para as coisas comecem a dar certo.

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Em ‘Ordens Receber’ também se relaciona um pouco com o conformismo da população. Realmente você acredita que existe uma forma de mudar a vigência social, especificamente no Brasil?

Jhonatas: Apesar de acreditar que isto um dia irá acontecer, eu simplesmente acho q está muito longe. O povo precisa de educação para saber realmente o que esta acontecendo no seu país e isto é a última opção para as verbas públicas, pois o governo sabe disso e não quer que isso mude tão cedo. Quero dar um pouco de nossa contribuição com as letras da banda e tentar alertar sobre toda esta merda que está acontecendo no país.

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Obrigado pela entrevista, pode deixar o seu recado às pessoas que seguem e desejam conhecer a banda.

Jhonatas: Quero agradecer a todo apoio que estamos recebendo. Estamos preparando o lançamento do nosso CD com todas essas faixas citadas acima, com uma qualidade muito superior a da nossa demo. Procurem o site e blog da banda, deem uma sacada na nossa história e veja nossa luta pelo Metal Nacional. Espero encontrar todos em breve em shows pelo Brasil e conseguir passar nossa mensagem com nosso empenho, vontade, riffs e espero que nos recebam bem, pois vocês são foda. Valeu!

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Sobre Leonardo M. Brauna

Leonardo M. Brauna é cearense de Maracanaú e desde adolescente vive a cultura do Rock/Metal. Além do Whiplash, o redator escreve para a revista Roadie Crew e é assessor de imprensa da Roadie Metal. A sua dedicação se define na busca constante por boas novidades e tesouros ainda obscuros.
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