Imagery: entrevista com o vocalista Joceir Bertoni
Por Vitor Franceschini
Fonte: Blog Arte Metal
Postado em 10 de outubro de 2012
O mundo da música alternativa, em especial o Rock e o Metal, não é fácil para ninguém. Quando se faz uma música complexa em um país onde a música superficial é a onda, a coisa fica preta de vez. O Imagery pouco se importa com isso e consegue fazer um som ousado, e ao mesmo tempo acessível. Joceir Bertoni (vocal/guitarra), Ricardo Fanucchi (baixo) e os recém ingressados Henrique Loureiro (teclados) e Bruno Pamplona (bateria) estão divulgando seu primeiro álbum, "The Inner Journey", que é composto não só de boa música, mas sim de reflexão. Falamos com Joceir sobre estes assuntos em uma entrevista bem clara e direta. Confira nas linhas seguintes.
O Imagery surgiu em 2008 e vocês são músicos experientes. Por que "The Inner Journey", primeiro trabalho oficial de vocês, demorou 4 anos para sair?
Joceir Bertoni - Tivemos alguns imprevistos durante o processo de gravação do álbum, nosso tecladista sofreu de tendinite e tivemos que parar as atividades por um tempo. Passado um ano, resolvemos continuar em trio e terminar o que havíamos começado.
Antes do lançamento vocês disponibilizaram o single da música "Last" para download. Sendo uma composição longa, seria esse o motivo para escolhe-la para tal?
Joceir - Não necessariamente. A "Last" é uma música que achamos que tem um impacto muito grande, foi por esse motivo que a lançamos como single. Hoje acredito que ela seja nossa maior criação, pois é rica em elementos de varias vertentes do Rock.
Como foi o processo de composição de "The Inner Journey"? Vocês compõem juntos ou preferem cada um fazer sua parte sozinho e depois juntá-las durante os ensaios?
Joceir - Cada integrante vem com idéias de arranjos. Como somos uma banda e todos compositores, acreditamos que para a música ficar rica, nós temos que estudar cada passo que a música vai seguir, então antes de fechar, sentamos juntos e analisamos topas as etapas da criação.
Acredito que a peculiaridade do som do Imagery está em unir um estilo que é proveniente do outro, isto é, o Rock Progressivo com o Prog Metal. Mesmo isso parecendo óbvio, acho que é uma junção atípica, de peso e estruturas um pouco diferentes. Você concorda com isso? Fale-nos um pouco da sonoridade de vocês.
Joceir - Não procuramos criar rótulos pra nossa música. Fazemos o que gostamos sem pensar em enquadrar em um determinado segmento. Gostamos do Rock Progressivo com suas nuances musicais e gostamos do Heavy Metal com sua energia e peso. Mas também não descartamos outros estilos que também gostamos, como o jazz, a bossa, música clássica, entre outros estilos que são muito ricos em musicalidade. Então porque não usar tudo que achamos ser legal em nossa música? Hoje podemos falar que nossa criação nos agrada 100% e isso já é uma vitória. Fazemos a música que gostamos e temos apoio das pessoas.
Mesmo fazendo uma música complexa e bem trabalhada, vocês conseguiram fazer um som que não sirva somente para os fãs do estilo e, de certa forma, acessível. Há uma fórmula para isso? Isso foi proposital?
Joceir - Não, fazemos aquilo que gostamos. Pegamos nossos elementos favoritos e criamos nossa música.
O álbum conta com a produção de Julio Anizelli (Mamaquilla, Terra Celta, Lixo Extraordinário). Como vocês chegaram até o Julio e como foi trabalhar com ele?
Joceir - O Julio é um amigo de longa data, o conhecemos em outra fase, por alguns amigos que tocavam conosco na época. Desde sempre vimos que o Julio era um cara muito dedicado para com o trabalho que ele faz e não tivemos dúvidas de tentar encurtar uma parceria. Hoje devemos muito a ele pela ascensão do IMAGERY.
A temática de "The Inner Journey" aborda vários lados do sentido da vida, ou seja, paradoxos da humanidade. O que vocês poderiam nos falar sobre as letras e o conceito abordado no álbum?
Joceir - As letras falam de dúvidas, erros, redenção, perseverança, de acreditar nas pessoas, de lutar pelo sonho, mesmo não sabendo em quais rumos as situações irão nos levar. Sabemos que não podemos desistir e que os problemas são de todos.
Aliás, a capa retrata bem o conceito do álbum e é belíssima por sinal. Ela foi criada pelo ex-baterista Luciano Neves. Fale-nos um pouco mais sobre esta arte.
Joceir - O Anjo e o Demônio representam essa dualidade de nossos pensamentos. Hora somos anjos e hora somos demônios. A cada situação de nossa vida, temos uma determinada reação, e muitas reações podem jogar tudo que construímos pelo ralo, então temos que saber administrar nossos sentimentos para que possamos alcançar nossos objetivos na vida.
Por que Luciano deixou a banda e como vocês chegaram até Bruno Pamplona? Além de Bruno, vocês efetivaram o tecladista Henrique Loureiro que gravou "The Inner Journey" como músico de sessão, certo?
Joceir - O Luciano deixou o IMAGERY por divergências de ideias. E o Bruno é amigo nosso de longa data, já trabalhamos em outros projetos juntos com êxito. O Henrique agora faz parte do IMAGERY, na época da gravação do disco, ele estava com tendinite e tinha algumas dúvidas em relação à banda. Tivemos uma conversa e ele decidiu fazer parte do projeto novamente.
E como está a banda com os novos integrantes? Como tem sido trabalhar com eles?
Joceir - São ótimas pessoas e com muita capacidade musical.
Falando nisso, vocês todos são músicos de ponta, extremamente técnicos e possuem experiência no cenário, ou seja, isso deve ser um mar de idéias na hora de compor. Isso facilita a convivência, relação e forma de trabalho da banda? Quais são as vantagens e quais são as desvantagens disso?
Joceir - Facilita sim, a vantagem é que pegamos um a ideia do outro com facilidade. E a desvantagem é que todos têm muitas ideias, então não podemos colocar todas elas nas músicas, temos que entrar em um acordo pelo bem da composição.
Como tem sido a repercussão de "The Inner Journey" tanto pela crítica, quanto pelo público até agora?
Joceir - Pela crítica tivemos só coisa positiva e pelo publico a cada show é uma emoção diferente, a galera realmente esta procurando conhecer nosso trabalho.
O trabalho foi lançado no exterior? Há alguma possibilidade de vocês fazerem uma turnê fora do país?
Joceir - Ainda estamos tentando algum contato no exterior. E a turnê é mais um sonho que estamos correndo atrás para realizar.
Aliás, como anda os shows? Vocês estão com a agenda cheia? Tem surgido espaço para tocar?
Joceir - Estamos caminhando a passos de formiga, a cada oportunidade, fazemos o melhor que podemos. Sabemos que nossa música é complexa e demora um pouco para o público absorver, mas acreditamos que a cada show, a cada oportunidade de mostrar nosso trabalho, as portas vão se abrir.
Muito obrigado, deixem uma mensagem.
Joceir - Obrigado vocês do Blog Arte Metal pelo espaço, sem vocês, nós artistas independentes não teríamos espaço para divulgar nosso trabalho. Espero que juntos possamos crescer e fazer do ROCK/METAL NACIONAL um exemplo para o mundo.
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