Carro Bomba: entrevista com o baixista Fabrízio
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 12 de agosto de 2011
E o Carro Bomba honrou sua promessa: "Carcaça" conseguiu ser ainda mais pesado que seu antecessor, "Nervoso, lançado em 2008... Aproveitando o lançamento, o Whiplash! conversou com o baixista Fabrízio sobre a atual fase dos paulistanos:
Whiplash!: Olá pessoal! "Nervoso" apresentou uma forte mudança no direcionamento musical do Carro Bomba. Agora, passados três anos, que balanço vocês fazem do atual estágio da banda?
Fabrizio: Estamos numa fase muito boa. O "Carcaça" está sendo muito elogiado e os shows estão cada vez mais insanos, com aumento constante de público, uma vez que o nome do Bomba está se espalhando de forma relativamente rápida. Isso tudo é decorrente do que iniciamos no "Nervoso", um álbum que realmente foi um divisor de águas em nossa trajetória.
Whiplash!: Já "Nervoso" e "Carcaça" possuem uma sonoridade mais próxima. Seria equivocado afirmar que o Carro Bomba esteja estabilizando sua proposta?
Fabrizio: Não, não seria. Mas eu apenas colocaria de outra forma; o Carro Bomba já encontrou sua própria sonoridade, ou identidade musical.
Whiplash!: De qualquer forma, é inegável a influência que o Black Sabbath, na fase Dio, exerce sobre "Carcaça". O Heitor disse ao New Horizons Zine que, após as composições estarem prontas, Heros Trench e Marcelo Pompeu foram os responsáveis pelo direcionamento da sonoridade do "Carcaça". Poderia explicar isso melhor?
Fabrizio: O direcionamento foi dado pela banda e, de certa forma, até pelo próprio "Nervoso". Entramos no estúdio, preparados e sabendo exatamente o que queríamos, que era soarmos mais pesados. O que o Heros e o Pompeu fizeram foi acrescentar algumas idéias que contribuíram nesse sentido.
Whiplash!: Os temas do novo disco são atuais e tipicamente urbanos. Até onde cantar em português é importante em meio a um público que ainda exibe tanta resistência para com nossas bandas?
Fabrizio: Você mesmo já respondeu; justamente por haver resistência, é importante persistir. E, pra ser bem sincero, isso nos instiga.
Whiplash!: "Tortura" também conta com a voz do Vitor Rodrigues, do Torture Squad. Como aconteceu sua participação?
Fabrizio: Quando a música já estava estruturada, o Rogério veio com essa idéia. Na hora já achamos do caralho e, por sermos todos brothers, ficou bem fácil. O Vitor curtiu bastante a experiência de cantar em português.
Whiplash!: Como é estar com a Laser Company nestes tempos em que a venda dos CDs está em baixa? Até que ponto a influência da Laser pode elevar suas bandas a um novo patamar?
Fabrizio: A parceria está sendo muito boa. A visibilidade da banda está bem maior e o CD disponível em lugares nunca alcançados anteriormente.
Whiplash!: Considerando a reação do público no show de lançamento do "Carcaça" no Manifesto Bar, o Carro Bomba já garantiu sua cota de fãs pela região. Mas, e fora de São Paulo, como está a situação?
Fabrizio: A procura pelo Bomba tem aumentado bastante, tanto por produtores de shows quanto pelos fãs que nos saúdam, Brasil afora e exterior. Estamos agendando shows constantemente e a tendência é só aumentar, inclusive em distâncias.
Whiplash!: Em março vocês tocaram pela primeira vez fora do Brasil. Como rolou essas datas e quais suas impressões sobre o cenário do Chile? Confesso que não conheço muita coisa de lá... Que bandas você indicaria?
Fabrizio: O Deca (guita da Baranga) começou a se corresponder pelo Myspace com os caras do Tabernários (banda chilena), que organizaram uma tour por lá, nomeada "Eje Del Mal" (Eixo do Mal), levando a Baranga para tocar. Logo a gentileza foi retribuída. E foi nessa que nos conhecemos, tocando juntos em Limeira (SP). Quanto ao cenário deles, o que mais me chamou a atenção é que lá não há segregação de estilos. As bandas com as quais tocamos iam do Hard Blues ao Thrash e a galera curtia todas elas. Boca Seca, Lethal Fist, Devil Presleys, Hielo Negro e o já citado Tabernários são alguns bons nomes.
Whiplash!: Uma curiosidade final... Qual foi a maior ‘roubada’ em que o Carro Bomba se meteu nos shows que fez pelo Brasil nestes anos todos?
Fabrizio: Foram várias. A maioria, nos primórdios, é claro. Uma que me veio à mente foi num Motoclube, do qual não me recordo o nome, em Santa Isabel, interior de SP. Puta bagunça, um monte de bandas covers horríveis e um P.A de merda. Chegamos pra fazer o show na hora marcada, só que ainda tinham sei lá quantas bandas pra tocar antes da gente. Batemos e voltamos, literalmente.
Whiplash!: Tá, mais uma curiosidade... Ô Fabrízio, você curtiu destruir o vidro daquele carro na seção de fotos para o novo disco, hein? Aposto que todo mundo gostaria de fazer isso um dia, eheh!
Fabrizio: Curti, foi bem legal. E ficou uma puta foto, como todas as outras. Às vezes dá vontade de sair na rua fazendo isso, mas aí eu pego meu baixo...
Whiplash!: Ok, pessoal, o Whiplash! agradece pela entrevista desejando boa sorte ao Carro Bomba! O espaço é de vocês para os comentários finais, ok?
Fabrizio: Um abraço pra todo mundo e podem anotar aí: como já é de praxe, o próximo disco do Bomba será ainda mais pesado. Já temos umas pérolas novas que comprovam isso, hehe... Up the Bombers!!!
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