Judas Priest: "Nostradamus era Metal", diz Halford
Por Jorge Fernando
Fonte: Brave Words
Postado em 18 de maio de 2008
Jeb Wright, do Classicrockrevisited.com, conversou recentemente com o legendário frontman JUDAS PRIEST, Rob Halford sobre o novo e tão esperado disco da banda, "Nostradamus".
Jeb: Vocalmente, você está acima do nível. Quando você pensa em Halford, você pensa em ‘Judas Rising’ ou a música ‘Ressurection’ e aquela "explosão" característica de Rob Halford. Percebi que você canta de muitas formas diferentes. 'Lost Love' é um tipo de música diferente para você. Você foi mesmo desafiado neste disco.
Rob: "Eu amo interpretar os personagens. Eu amo me transformar em ‘painkillers’ (personagem da música "Painkiller") e ‘sentinels’ (da música "The Sentinel"). Eu gosto de entrar nesses mundos e é uma grande oportunidade para qualquer cantor abraçar isto. Glenn (Tipton) e KK (Downing) até mudaram suas afinações para provocar certos sons ou atmosferas. Ian (Hill) e Scott (Travis) tocaram o baixo e a bateria de forma diferente para obterem o que precisavam. Essa foi uma experiência ‘terrorífica’ para mim, porque eu pude mostrar tudo o que aprendi nesses últimos trinta anos. Eu cantei em toda as extensões, cantei em italiano e em francês; fiz um monte de coisas loucas. Para prender a atenção dos ouvintes por uma hora e quarenta e minutos. Nós esperamos que seja assim que as pessoas escutem isto. Nós queremos que as pessoas ouçam isto do mesmo jeito que elas ouviram 'Tommy', 'Operation: Mindcrime' ou 'Tubular Bells'. Nós não queremos que soe tedioso. Nós queremos que as pessoas fiquem empolgadas com o que vai acontecer depois. Se você tem um filme favorito, você fica voltando o filme para ver certas partes várias vezes. É uma grande experiência que você atravessa."
Jeb: Detratores do Metal e do Priest adorariam que este disco saísse unidimensional e fizesse alguma referência ao SPINAL TAP. Há alguma satisfação em fazer um disco que vai além do Metal?
Rob: "Eu concordo. Nós estamos antecipando o momento. Isso pode atingir até pessoas que nunca pensaram em ouvir o Priest. Isso pode chegar a qualquer lugar. Nós já falamos com os empresários sobre quando vai acabar o ciclo de lançamento para podermos realizar eventos especiais. Podemos ter outras interpretações. Eu pessoalmente amaria ver isso feito num formato de ópera clássica ou um instrumental por uma orquestra sinfônica. Você só pode fazer isso num evento musical conceitualizado. Eu sei o que você está dizendo. Nós nunca fomos realmente direcionados para darmos um passo fora do que fazemos ou nos preocuparmos sobre o que as pessoas vão pensar da nossa música ou quais serão as reações que elas terão. Nós somos o JUDAS PRIEST e nós tocamos as músicas do JUDAS PRIEST".
"Todos nossos fãs são raivosos e apaixonados. Algumas pessoas acham ‘Turbo’ ruim, outras acham demais. Algumas pessoas acham que 'Painkiller' foi a melhor coisa que a banda já fez. É como ser fã de um esporte. Você tem seu time favorito e todos os jogadores e às vezes eles jogam muito bem e outras não jogam muito bem. Mas eles ainda são o mesmo time e eles ainda têm os mesmos objetivos. É natural tomar opiniões, atitudes e especulações. Você tem que deixar isto acontecer ou você não terá nenhuma inspiração. Você tem que fazer isso por você mesmo. Não é realmente um esforço egoísta, pois você está olhando além das suas necessidades e vontades como uma banda. Nós temos sorte o bastante por termos milhões de fãs que geralmente concordam com o que fazemos, e eles amam a música que nós fazemos para eles."
Jeb: Você acha que a vida dele (Nostradamus) tem paralelos com o Metal?
Rob: "Essa era a graça, não era? Nós temos esse cara que era um alquimista e que viveu num tempo mágico com todas aquelas espadas e escudos. Dependendo de onde estiver seu coração você pode dizer que isso é um ‘clichê’, mas é só percepção. Nós sentimos que os fãs de metal gostam desse período de quinhentos anos atrás, da Europa Medieval. Existiam um monte de coisas mágicas que aconteciam o tempo todo. Aquilo era um período muito ‘Metal’ e ele era um cara do ‘Metal’. Você não poderia fazer isso com muitas pessoas que viveram através da história. Há um grupo muito pequeno de indivíduos que mantinham aquele tipo de conexão com o mundo moderno. É uma oportunidade brilhante poder cobrir a vida dele".
O artigo completo (em inglês) pode ser visto neste link.
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