Guns N' Roses: "É como dirigir numa estrada maior", diz Bumblefoot
Por Rafael Tavares
Fonte: Here Today... Gone To Hell
Postado em 28 de outubro de 2007
Mikkel Elbech, da revista dinamarquesa Gaffa, entrevistou recentemente o guitarrista do GUNS N' ROSES, Ron "Bumblefoot" Thal.
Gaffa: Você pode descrever como foi a transição de ser um artista solo para de repente se tornar um membro do GN'R, tocando em casas de shows para milhares e milhares de pessoas?
Thal: "Oh cara… como isso é diferente?... estranhamente, isso não se mostrou muito diferente. Você sabe, já me perguntaram muito isso — como você se sente tocando para 100 mil pessoas depois de ter tocado para, talvez, mil? E o engraçado é que toda a idéia de tocar música — tudo o que você faz quando toca, vem de dentro, e isso não muda. Então, neste caso, é como se eu estivesse dirigindo o mesmo carro em uma estrada maior. Se tem alguma coisa diferente, é que você dirige mais rápido! (risos) Mas sim, eu sinto a mesma coisa. Nunca me pareceu anormal tocar com esses caras, especialmente porque eles são pessoas muito legais, e é isso que faz diferença na banda com a qual você está tocando, seja você tocando com uma banda local ou com o GUNS N' ROSES. Se você realmente curte estar no palco com aquelas pessoas, tudo está certo".
Guns N' Roses - Mais Novidades
Gaffa: Então você já conhecia alguns dos membros pessoalmente antes de entrar para a banda?
Thal: "Eu não conhecia ninguém pessoalmente. Surpreendentemente, pois muitos de nós temos bagagens que envolvem os mesmos amigos. Eu falo com amigos do Frank [Ferrer, baterista] sobre pessoas com as quais eu convivia há 20 anos atrás e ainda convivo, e eles ainda se falam entre si. Frank estava por perto antigamente no mesmo círculo de amigos, e é engraçado, pois nunca nos conhecemos antes de tocarmos juntos no GUNS. É estranho o rumo que isso tomou".
Gaffa: Você tem alguma história de como você se tornou membro da banda?
Thal: "Na verdade, eu recebi um e-mail de Joe Satriani dizendo, 'ouça, eu acabei de te recomendar para o GUNS. Eles estão procurando por um guitarrista — então se eles entrarem em contato, só pra você ficar sabendo, não é ninguém te passando um trote ou coisa parecida'. Eu fiquei tipo, 'legal, beleza'. E Chris Pitman [tecladista] me enviou um e-mail engraçado, eu liguei pra ele, conversamos por um tempo, e ele era um cara muito legal. Comecei a conversar com o empresário, e tudo parecia estar dentro dos planos. E então alguns rumores na internet meio que atrasaram o processo (risos)".
Gaffa: Quais seus melhores momentos na estrada neste período com o Guns n' Roses?
Thal: "Coisas que se firmaram… A primeira coisa que me veio à cabeça quando você me perguntou isso foi quando tocamos na Polônia. Era um pequeno restaurante mexicano do outro lado da rua do hotel, e eu, Frank e outros fomos até lá. Nos acomodamos na mesa e trouxeram ao Frank uma bela tigela de feijões pretos, e geralmente feijão preto nada mais é do que feijão no seu próprio caldo. Mas neste caso era uma espécie de purê, e foram os feijões mais gostosos que eu já comi! E ele estava falando sobre como sua mãe costumava prepará-los. Essa foi a primeira coisa que me veio em mente — o purê de feijão preto que comemos num restaurante mexicano na Polônia. A segunda coisa que me veio em mente foi o backstage de quando tocamos em Oslo, Noruega. Eles tinham uma salada que continha caju e uma pimenta bem forte. Era uma salada de caju meio apimentada. Era muito gostoso. Essa foi a segunda coisa que me veio em mente. Caso você esteja se perguntando, sim — eu estou com um pouco de fome!"
Gaffa: Então, como você se sentiu tocando com Izzy, que é uma espécie de ponte entre as duas eras do GUNS N' ROSES?
Thal: "Izzy é um cara muito legal, eu realmente curti passar um tempo com ele. Ele é um cara divertido com quem você pode passar um tempo. Nós sempre nos divertimos tocando no palco. Foi engraçado — um dos últimos shows que fizemos juntos, nós estávamos no backstage trabalhando numa canção — 'The Devil Went Down To Georgia'. É uma música sulista do fim dos anos 70, que tinha um lance bem rápido de violinos, e nós estávamos trabalhando nisso. Eu estava fazendo a parte do violino, e ele estava dedilhando as cordas. Foi legal, mas não chegamos a tocá-la no palco. Ele é um cara realmente legal e eu gostei de ter sua companhia".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
O improviso do Deep Purple após noite inteira de farra que virou canção clássica
We Are One Tour 2026 ganha data extra em São Paulo
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
Os dois discos do ELP que Carl Palmer disse que deveriam virar vasos


A inesperada origem da cartola de Slash, que virou uma barreira de proteção do guitarrista
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
Regis Tadeu esculhamba "Atlas" e "Nothin", as duas músicas "novas" do Guns N' Roses
Vocalista do Behemoth diz que sempre foi fã de Guns N' Roses
Guns N' Roses lança duas novas canções
Ouça "Nothin'" e "Atlas", novas músicas do Guns N' Roses
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
Mustaine: "tive momentos difíceis por me assumir cristão"
Axl Rose: drogas, atrasos, agradecimentos ao Nirvana e muito mais


