Hammerfall: "o mercado de Metal está saturado"
Por Fernando Moreno Machado
Fonte: Imhote
Postado em 16 de janeiro de 2007
Andreas Aubert do zine virtual Imhotep recentemente publicou uma entrevista com o vocalista e o guitarrista do HAMMERFALL, Joacim Cans e Oscar Dronjak.
Da situação da banda no Japão:
Joacim: "O mercado do Metal no Japão não é tão grande como as pessoas costumam pensar. Eles pensam que é óbvio que uma banda da Escandinávia faça sucesso por lá, mas as coisas estão mudando bastante por lá. Ultimamente os japoneses estão sendo mais influenciados pelo mercado americano, ao invés do Europeu."
Oscar: "Nossas vendas no Japão cairam muito. O Metal Europeu era muito maior no Japão há dez anos comparando com agora. Vender umas 200.000 cópias de um CD no começo da década de 90 era como fazer uma caminhada no parque caso o álbum fosse bom e a banda excursionasse pelo Japão. Isso definitivamente não é mais assim. Existem tantos albums bons para caramba sendo lançados o tempo todo e os pobres fãs já não sabem mais o que comprar."
Da saturação do Mercado:
Oscar: "Existe muita variedade, e isso, claro, é bom. Quer dizer, você pode escolher basicamente entre tudo. E aquelas bandas que são líderes nos seus respectivos gêneros vendem muito e normalmente se mantém no topo. Entretanto, se você aprecia mais de um estilo musical ao mesmo tempo, fica muito difícil para acompanhar a expansão e ser capaz de ouvir todo lançamento dos estilos que gosta. Simplesmente não é assim que funciona!."
Joacim: "É um tanto quanto difícil analisar um álbum atualmente comparando-se com o que foi feito na década de 80. Se você olhar os encartes, era possível analisar o disco apenas levando em conta a capa. Hoje você lê os anúncios impressos pelas gravadoras, que dizem 'Esse álbum é a melhor coisa que já aconteceu para a humanidade'. Porém ao ouvir o CD você percebe que a gravadora mentiu. É realmente difícil prestar atenção em tudo."
Oscar: "Existem muitos álbums e bandas, por isso as gravadoras deveriam ser mais responsáveis, prestando atenção na qualidade dos seus produtos. Voltando às decadas de 70 e 80, uma gravadora contrataria uma banda depois de tê-la assistido fazendo boas apresentações, fazendo seu nome em certos territórios e tendo tocado muito. A gravadoras patrocinavam as bandas que mereciam, acreditando nelas. Se o primeiro trabalho não fosse dos melhores, eles tentariam fazer mais um ou dois. Eu acredito que uma gravadora recebe umas 200 demos por dia. Ao invés de contratar vinte e cinco novas bandas, eles poderiam escolher algumas poucas nas quais confiam 100%. Muitas gravadoras simplesmente deixam as bandas ao relento, deixando de fazer uma promoção adequada para os discos".
Joacim: "Não pensam a longo prazo. Se a banda não vende muito do seu primeiro trabalho, ela não ganha muita atenção e sua carreira pode ser arruinada. É melhor assinar com poucas bandas pensando no futuro, como contratos de 5, 6 anos e lançamento de três CDs. Se ainda assim o trabalho não rendesse, pelo menos o melhor possível teria sido feito. Existem alguns poucos selos que pensam deste jeito. Acrescente o fato de que é muito fácil começar uma gravadora hoje em dia."
Sobre os custos de produção:
Joacim: "Isso é relativo. Se você quer uma produção especial, terá custos. Você precisa de um equipamento confiável, além de um bom produtor. Se você preferir uma produção comum, como a maioria das bandas faz, você pode seguir em frente gastando menos".
Oscar: "Sim, é mais fácil você mesmo fazer uma produção razoável, desde que não custe muito."
Joacim: "Você pode usar o ProTools ou o Cubase e fazer a produção em casa, mas você nunca alcancará tanto poder nas guitarras."
Leia a íntegra desta entrevista (em inglês) no link abaixo.
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