S. S. Diamond: Exalando técnica, competência e profissionalismo
Postado em 20 de abril de 2005
Por Maurício Gomes Angelo
Talvez você nunca tenha ouvido falar no Seven Side Diamond, talvez você não conheça nenhuma banda de rock progressivo brasileira do cenário atual capaz de te excitar. Pois bem. Estes sulistas são grandes candidatos a conseguir isso. Trabalhando de forma totalmente independente, praticando uma sonoridade inovadora e pouco explorada em nosso país e alcançando resultados maravilhosos com isso, o SSD é uma das mais promissoras bandas de que tenho conhecimento. Técnica, competência e profissionalismo aliado á uma intensa sapiência em todos os sentidos. É isto que estes caras exalam. Na entrevista a seguir, possivelmente uma das mais honestas, interessantes e profundas que você terá a oportunidade de ler, batemos um papo com todos os integrantes do grupo, tratando de tudo sobre a banda, o lançamento do último álbum "Transition" e os preparativos para o próximo, já intitulado "Enigma". Uma verdadeira coletiva que não se furtou de explanar sobre nada. Bem vindo ao que o cenário brasileiro tem de melhor. Seja bem vindo para conhecer o Seven Side Diamond.
Whiplash! - Saudações á todos! A primeira pergunta que desejo fazer é curiosa: desde a primeira audição do álbum, vi que defini-los seria uma tarefa difícil, resolvi optar por "um meio termo entre o rock progressivo e o prog metal". Qual dos dois termos vocês consideram que é mais adequado? Como vocês se enxergam? Musicalmente, qual a proposta do Seven Side Diamond?
André / Rótulos podem ser uma solução muito eficiente para organizar o mercado fonográfico, mas eles limitam bastante as possibilidades de cada artista. Quantas bandas e grupos, de todos os gêneros, que acabam "vítimas" de uma classificação que não corresponde as suas propostas... No entanto, acho melhor que se refiram ao Seven Side Diamond como uma banda de rock progressivo, apesar de ainda estarmos encontrando nosso caminho. A proposta é fazer o que se gosta, mas se com isso tornarmos o rock mais rico, seja com harmonias inesperadas, letras originais, melhor.
Diego Porres / Rock Progressivo seria melhor. Mesmo assim, acreditamos que estilos são muito particulares para cada banda. Por exemplo, o Pink Floyd quando começou a tocar não era chamado de Rock Progressivo... o Black Sabbath quando começou, não era chamado de Heavy Metal. As propostas musicais verdadeiras não vêm com um nome já pronto. No caso do Seven Side Diamond, a nossa proposta é proporcionar uma experiência através da música. Não se vê a banda tentando se firmar em algum estilo ou segmento. O que se vê, são cinco músicos fazendo o melhor que eles podem.
John / A proposta é fazer um som único, inovador, com características próprias e principalmente rico musicalmente.
Whiplash! - Como vocês são de Curitiba, o que poderiam nos dizer da cena daí? Em que patamar vocês vêem a cena progressiva brasileira?
Diego Porres / Ela é prejudicada pela falta de lugares para se organizar um show. Mesmo assim, gostamos da cena daqui. Afinal, ela nos deu um incentivo para começar a registrar e promover o nosso trabalho. A receptividade nos nossos shows é incrível. Isso faz com que a gente sempre trabalhe para gravar um material novo, fazer um show novo... A cena progressiva brasileira, sem dúvida, tem algumas das melhores bandas do mundo nesse segmento. Sem exagero, é só ouvir pra ver...
André / Curitiba já foi a capital do rock, do country, do pagode. Ela é a capital do modismo. Pra nós, isso não é bom. Nunca haverá a moda do "progressivo".
John / Curitiba já foi um foco do rock nacional, mas hoje nem tanto. Porém, independente de qualquer coisa, nós devemos espalhar essa sonzeira pelo mundo afora. Muita sacanagem deixá-lo somente aqui.... ;)
Whiplash! - Há algum significado por trás do nome Seven Side Diamond ou o colocaram apenas por soar legal mesmo? De quem foi a idéia?
André / A paternidade do nome é do John. As origens já estão tão obscuras que precisaríamos de uma mesa redonda para relembrar. Mas, embora "diamante" e "sete" pareçam dois chavões, esses elementos têm (ou tinham) um sentido mais profundo com relação à espiritualidade.
John / Mystical.....
Whiplash! - Como conciliam a vida em seus serviços e a área musical, já que não podem viver de música ainda. Em que grau isso atrapalha?
Diego Porres / Muitos músicos trabalham para ganhar dinheiro e investem na banda o dinheiro que ganham. No nosso caso, o trabalho com engenharia eletrônica, mecânica, e aulas de música tem sido a fonte do nosso dinheiro. Isso atrapalha, quando se entende que nenhuma banda no mundo alcançou resultados expressivos, com relação a dinheiro e espaço na mídia, sem que todos os integrantes estivessem na banda full time. Ela dá certo quando as pessoas não tem escolha. Tem que fazer dar certo. Porém, isso é tudo sobre $$$. Não estamos falando sobre alcançar resultados musicais. Aí sim, é outra história. Uma banda brasileira com quase nenhum dinheiro e uma banda do primeiro mundo com dinheiro até de sobra, na questão da inovação musical e qualidade das composições, podem disputar de igual para igual. E é nessa hora que você vê bandas internacionais com uma imensa produção por trás, oferecendo obras musicais extremamente medíocres, e bandas totalmente independentes, apresentando música de altíssima qualidade e originalidade. Isso é maravilhoso. Dinheiro não compra talento. Pode fazer a maior produção em volta de uma banda. Mas, se não há conteúdo, não se chega a lugar nenhum.
John / Música sempre foi tudo. Porém, principalmente aqui no Brasil, é muito difícil essa vida. Existe pouco reconhecimento e o músico muitas vezes tem que se desdobrar para poder comer. Eu, o Diego Porres e o Américo somos engenheiros e trabalhamos no ramo.. Eu na área de eletrônica, o Porres em telecomunicações e o Diego em produção mecânica. Não sei se atrapalha os projetos, mas creio que se tivéssemos somente a banda as coisas poderiam acontecer mais rapidamente.
Whiplash! - Técnica é algo comumente exigido quando se trata de música progressiva, e isso certamente vocês possuem, há alguém na banda que possui formação musical propriamente dita? Consideram isso importante?
André / Na banda, a formação musical não é muito homogênea, embora cada um estude dentro da sua possibilidade. Isso é o mais importante, cada um querer se superar. É interessante: eu estudo música há muitos anos e tenho um conhecimento de harmonia e teoria razoável, por isso eu tenho muito mais facilidade pra compor. Em compensação, o Diego Américo tem um conhecimento sobre as bandas de prog que eu nunca vou ter, e ele tem uma perspicácia para letras que é só dele. É uma salada de conhecimentos diferentes, que erigem a personalidade da banda.
John / Toco violão desde os 5 anos de idade, sou formado em violão erudito e toco guitarra a 9 anos. Isso é importante para assimilar rapidamente as novas idéias, novas músicas. Mas não é tudo, está longe de ser...
Diego Porres / Toco baixo a 14 anos, piano e violão a 6. A técnica não é exigida para se tocar prog, apenas é necessária em algumas horas. Às vezes, você precisa ter um pouco mais de intimidade com o instrumento para expressar uma idéia nova. Caso contrário, acaba repetindo o que todo mundo está fazendo por aí.
Whiplash! - Existem as pessoas que defendem a arte simples como a melhor forma dela se fazer entendida e tocar o público, outros possuem verdadeira obsessão pela complexidade. São acusações comuns contra as bandas de prog o fato dos integrantes só quererem se exibir e criar músicas complexas com o único objetivo de ostentação. Como lidar com os dois extremos e cuidar para que o trabalho não fique hermético em demasia e conseguir despertar o sentimento nos ouvintes?
Diego Porres / A nossa música não preza pela complexidade. Acreditamos que qualquer banda que tiver isso como objetivo vai produzir obras sem conteúdo. A complexidade da música é apenas um reflexo da experiência que está sendo retratada pela música em questão. Ela aparece como uma conseqüência e não como uma premissa de como deve ser a música. É claro que algumas idéias são mais complexas, afinal, a vida não é simples... Para lidar com os dois extremos deve-se respeitar um princípio. Não ter nenhum deles como objetivo. A simplicidade e a complexidade são conseqüências e não requisitos para a música.
John / Meu, nosso som é rock’n’roll na maior abrangência do seu significado. É até muito mais do que isso. Porém tem gente que se identifica com o nosso som devido ao ‘virtuosismo’, à simplicidade, à variação de riff, à exploração do mesmo tema,... ou devido ao som, o resultado final que esperávamos no público: "Que sonzeira!!!..."
Whiplash! - Influências são um tópico recorrente quanto a bandas iniciantes. Elas servem para dar nuances mais exatos e valores mais próximos do que o público pode esperar de tal grupo, sabendo os contornos pelos quais definiram suas músicas. Quais as influências de cada integrante? O que cada um mais gosta numa música? Na hora da composição, como esse emaranhado de gostos e aptidões se convergem?
Influências conjuntas / Yes, Deep Purple, Dream Theater, Pink Floyd, Cairo, LTE, King Crimson, Queen.
Diego Porres / Os melhores baixistas do mundo: Zuzo e Chirs Squire!!!
Diego Américo / Principais Influências: Ronnie James Dio, Bruce Dickinson, Michael Allen..., mas principalmente os mais antigos: Freddy Mercury, Ian Gillan, Demetrio Strato, Derek Shulman, Peter Hammill, entre outros...
Casimiro Araújo / Grandes bateristas pra mim seriam Cuca Teixeira, Alan White, Phil Collins, mas o maior ídolo e influência é sem dúvida Bill Brufford
André / Música erudita.
John / Cada um possui influências daqueles que fizeram parte da sua formação musical. Porém a junção de todos esses ‘estilos’ nas músicas do André fazem nascer o 7SD, e isso é único.
Whiplash! - Diego Américo, sua performance é perfeitamente adequada à musicalidade da banda e sua voz consegue explorar muitas facetas de determinada composição e mais do que isso, potencializar suas qualidades naturais. Quando começou sua paixão pelo canto, como o lapidou através do tempo, quem o inspirou e/ou orientou e o que quer melhorar?
Diego Américo / Produzir som com o corpo é algo muito simples e complicado ao mesmo tempo. É uma busca contínua de aperfeiçoamento e descobrimento pessoal. Muitas pessoas acham que podem aprender a cantar com aulas, mas isto não é o suficiente. É necessário muita atenção intrínseca para o desenvolvimento intuitivo da personalidade musical que se quer alcançar. Sou completamente autodidata e diariamente estudo música, (do meu próprio jeito) e técnicas que desenvolvi e que talvez funcionem apenas no meu próprio corpo; já que é uma coisa muito íntima de cada um. Cantar é uma expressão única de cada ser e o seu desenvolvimento depende do empenho e paixão que cada um apresenta. Eu sempre amei cantar (talvez mesmo antes de saber falar); e não há um dia na minha vida que eu não esteja cantando... É algo extremamente natural em mim. Eu sinto que melhoro um pouco a cada dia através de novos exercícios e desafios e é assim que eu pretendo seguir com minha carreira. Espero que ela seja a vida inteira.
Whiplash! - Quem visita o website de vocês fica impressionado com tanto cuidado e profissionalismo. A capa do álbum, o material do encarte, a produção e a divulgação ficaram por total conta de vocês mesmo, sobressaindo-se a figura de Diego Porres nesse aspecto. Como conseguiram um resultado tão extraordinário? Quais as principais dificuldades encontradas? Quanto tempo foi gasto ajeitando cada detalhe?
Diego Porres / Produzir um disco é muito mais complicado do que parece. Desde a hora em que se grava a guia... até a escolha de cada timbre, edição dos takes... Por exemplo, muitas vezes o som da guitarra pode estar ótimo, o do baixo também, mas quando eles são misturados os dois ficam horríveis. Isso é muito difícil de se resolver... Detalhes que parecem insignificantes podem transformar a produção em uma obra de arte ou em um lixo. Além do nosso incansável esforço (muitas, muuuuuitas madrugadas), agradecemos ao Daniel Pessanha, nosso engenheiro de som. Ele é uma pessoa que quando está trabalhando com a gente se mostra interessado no resultado artístico também. Ele fica disposto a gastar o tempo que for necessário para arrumar cada detalhe. Com ele, não trabalhamos com base em horas de estúdio, e sim em resultados. Com certeza, a maior dificuldade encontrada foi o dinheiro. Esse disco foi produzido com um orçamento em torno de 500 US$ !!!!! Gostaria muito que as gravadoras que investem quantias milionárias em seus artistas prestassem atenção nisso. Com essa quantia (que para algumas gravadoras é insignificante) foi produzido um disco que não deixa nada a desejar quando é comparado com algumas super produções.
Whiplash! - Que tipo de proposta e que estrutura vocês almejam para começar a trabalhar com uma gravadora? A propósito, é do interesse de vocês assinar com algum selo ou a liberdade de ser independente fala mais alto?
Diego Porres / Uma gravadora seria uma ótima forma para distribuir o nosso material. Até hoje, nós mesmos vendemos os CDs de mão em mão, marcamos e organizamos os shows, fazemos tudo... Seria ótimo ter uma empresa que estivesse trabalhando com isso. Com apoio de uma gravadora/distribuidora, acreditamos que finalmente os músicos poderiam só tocar.
Whiplash! - Como as composições funcionam em cima do palco? Que músicas tem maior receptividade do público? Qual é o ambiente de um show do Seven Side Diamond?
John / É difícil dizer qual música é melhor ao vivo, ou não. São muito distintas e particulares. Porém tocar ‘The River’ é sempre bom. A galera gosta (eu acho), e nós também. Enfim, o bacana nos shows realmente é a energia da galera, pois a execução pode nem sempre sair como gostaríamos.
Whiplash! - Uma coisa que me deixou chateado, mas muito chateado mesmo é a curta duração do álbum... porque apenas, parcos, miseráveis 33 minutos? Alguma metáfora escondida – bandas de prog adoram isso – com a vida de Cristo? Uma mensagem extra-perceptiva que significa a superação das dificuldades, a luta dolorosa de uma banda independente que encontra a redenção no final? (tal como Jesus...@:-). Vocês tem um épico de 60 minutos escondido na manga? Alguma idéia da duração que o próximo álbum deverá ter?
Diego Américo / (Muitos risos) Não, não tem a haver com Cristo, não... Concordo que 33 minutos é um tempo curto se comparado ao que as outras bandas têm a oferecer atualmente. Mas o conteúdo musical essencial é que deve ser levado em conta. Você nunca ouve na nossa música refrões ou letras se repetindo ou aquelas enrolações que algumas bandas apresentam dizendo ser progressivo. O nosso som é direto e objetivo. Quando acabar é só dar play de novo.
Diego Américo / O próximo disco se chama ENIGMA e já está inteiro escrito. É uma única música dividida em 12 faixas no total de aproximadamente 32 minutos (desculpe a decepção, Maurício...) e que na minha opinião será uma das maiores obras da história neste estilo. Tenho certeza que esse álbum firmará a nossa identidade e estilo de forma muito sólida pois é um épico extremamente temático e rico musicalmente falando. Começaremos a gravá-lo ainda este mês. Estamos muito ansiosos para esta realização. ?
John / É, realmente... Quando eu ouvi pela primeira vez o CD inteiro também senti falta demais... (risos). Mas não tem metáfora nenhuma.... ou não.... Só digo uma coisa, se preparem para o próximo disco.
Whiplash! - Falando no próximo álbum e dado o notado talento de cada integrante, excita-me a curiosidade em ver onde vocês podem ir e que experimentos podem tentar. Algum conceito formado pela banda sobre o que querem explorar no próximo trabalho?
Diego Porres / Enigma é incrível. Semana passada tocamos ela inteira em um show e a galera foi ao delírio!!! Experimente fazer isso. Tocar uma música de 32 minutos e fazer com que o público permaneça interessado. Foi animal!!! Eles adoraram!!! E é assim que é Enigma mesmo. Ela vai te conquistando, e quando você vê, já se passou meia hora e vocÊ teve uma experiência fantástica.
Diego Américo / O próximo trabalho, Enigma, apresenta uma vasta demonstração de estilos fundidos em um tema único que se destaca durante a música inteira. Essa característica é bem marcante na nossa música: A objetividade dos arranjos musicais é evidenciada neste novo álbum.
André / O próximo trabalho será interessante, pois a criação da nova música foi totalmente diferente das outras. Demorou muito mais tempo. Quando a acabei, minha cabeça já era outra, mas ela tem muitos elementos que garantem a sua unidade. O ouvinte atencioso irá perceber. É inútil descrever um fenômeno musical, muito mais gostoso é ouvir. Por isso, antenem-se para o lançamento!
John / Não dá pra explicar com palavras... Para mim é um projeto revolucionário, e só o tempo dirá que efeitos isso poderá causar
Whiplash! - "Pleasures And Treasures" é uma das mais arrebatadoras canções de Transition. Quais seus sentimentos com relação á ela e como se deu sua composição?
John / Creio que foi a música mais espontânea do CD, e o resultado foi uma grande surpresa. Ficou muito boa...
Diego Porres / Foi a música que mais surpreendeu na produção do CD. A composição nem se fala (o André é foda mesmo...risos) Mas a energia que ela passa é demais!!! Você vê muitas coisas diferentes durante a música... melodias calmas... de repente agressividade... A composição é incrível e a execução dá vida a tudo isso.
Diego Américo / Esta é uma música bem ampla no que se diz respeito ao estilo e possuiu um final surpreendente, na minha opinião. Este é o objetivo principal: causar emoções, reações específicas e bem definidas nos ouvintes. Espero que tenhamos conseguido tal efeito. As pessoas têm gostado muito desta canção.
Casi Araújo / Pleasures foi, desde o início, a minha música preferida deste álbum, em partes pela sua "leveza" e também pela sua grandiosidade, mas talvez a verdadeira razão pela qual ela seja alvo da maioria das críticas positivas, seja a facilidade que o ouvinte tenha em sentir exatamente o que sinto ao tocá-la. Tranqüila e simples, acho que ela acabou se desenvolvendo sozinha e isso a deixou extremamente natural.
Whiplash! - Duas músicas que seguem uma linha bem diferente são "On The Road" e "Castle Of Illusion", o que me diriam delas?
Diego Américo / On the Road é uma música dinâmica e veloz. O personagem principal é um assassino misterioso que está fugindo do próprio destino que o cenário (a estrada em que ele foge) insiste em lhe revelar. O tempo não existe nesta história. O passado e futuro estão no presente neste caso. A universalização deste tema evidencia o lado obscuro da consciência humana. Castle of Illusion retrata um assunto um pouco polêmico: A predestinação do homem imposta pela igreja católica medieval. É uma espécie de resumo dos acontecimentos militares, sociais e religiosos que se relacionam com este assunto vistos sob uma ótica puramente lírica.
John / Muito difícil falar... ‘On The Road’ é a mais pesada, no sentido heavy metal, pedal duplo e tal.... para abrir o CD apavorando. Claro que com toques novos. Quem que escreve rock em 5/4? ‘Castle of Illusion’ realmente explora um tipo de som mais pesado, carregado, dó menor, tenso... Porém seus solos quebram paradigmas. Tem que ouvir, não tem jeito.
Whiplash! - Entre a banda, que composição é a campeã de preferência e por quê?
Diego Américo / The River. È a que representa mais a veia progressiva da banda, por enquanto. Ela desperta sentimentos bem visíveis no público que se delicia com os seus quase 12 minutos de execução.
John / A campeã pra mim é sempre a próxima....
Diego Porres / Memory of a Dead é muito legal.
Whiplash! - Qual a idéia por trás da capa? Algo em especial?
Diego Porres / A capa é uma arte feita sobre uma fotografia de chamas de fogo. A atmosfera da capa era uma idéia em comum que todos nós tínhamos. Daí foi só uma questão de passar essa idéia para os fotolitos que fazem os encartes. A idéia original era uma transição entre um céu e uma chama de fogo. Porém, quando passamos para o fogo sobre esse efeito, não ficou dúvida. É uma arte sem dúvida fascinante.
Diego Américo / A idéia era reproduzir uma chama que tivesse uma energia interna maior do ela pudesse suportar, superior à sua capacidade térmica (impossível na natureza). Assim, o fogo assumiria uma forma física inexistente no universo como a que se pode ver na capa. Talvez a Transição entre a realidade e a fantasia...
Whiplash! - Falando em turnês, há planos elas? Em que moldes estaria na possibilidade da banda? Alguma negociação em andamento?
Diego Porres / Estamos começando a marcar shows em outras cidades. Estamos procurando contatos em SP, RJ, SC para podermos agendar shows por esses lugares. Como ainda não conhecemos muitos contatos para organizar as turnês, e estamos sem empresário, não há nenhuma negociação em andamento.
John /: Realmente estamos interessados, mais do que em turnês de shows, na divulgação desse som mundo afora.
Whiplash! - Deixa eu ser chato, gostaria de saber quais os 5 melhores álbuns na opinião de cada integrante.
Diego Porres / Pink Floyd: Dark Side of the Moon, Dream Theater: Scenes from a Memory – Metropolis2, Beatles: The Abbey Road, Yes: Close to the Edge, Queen: A Night at the Opera.
Diego Américo / King Crimson: Lizards, Premiata Forneria Marconi: Storia di um Minuto, Gentle Giant: Octopus, Van der Graaf Generator: H to He: Who am the only one , Area: Malledetti
Casimiro Araújo / Yes: (empate entre) Close to the Edge e Relayer, Dream Theater: Metropolis p2, Queen:A Night at the Opera, Black Sabbath: Vol 4, Sepultura: Chaos AD
John / Seven Side Diamond, Transition, Enigma,...
André / Não posso responder.
Whiplash! - Vamos fazer aquele tradicional jogo? Citarei o nome de determinadas bandas e você me diz sua opinião/relação/sentimento com elas:
Whiplash! - Yes
Diego Porres / Yes é demais. Como todas as bandas do mundo tem seus altos e baixos. Mas a fase clássica deles - Yes Album, Fragile, Close to the Edge - entrou para a história.
Diego Américo / Talvez a maior influência para a nossa banda. Adoramos executar as músicas dos caras. Albums como Close to the Edge e Fragile são discografia básica para nós. Aliás, todos os discos.
Whiplash! - Pink Floyd
John / David Gilmour.
André / Pai dos progs.
Diego Américo / Exemplo em produção musical e efeitos.
Diego Porres / Pink Floyd é incrível. O jeito que eles aproveitam as idéias... e a temática... genial!!!
Whiplash! - Marillion
Diego Américo / Acho que ninguém gosta muito desta.
Diego Porres / Na verdade acho que a gente nem conhece tanto...
Whiplash! - Focus
Diego Américo / Muito bom, eles tratam a música de uma forma diferente e bem emotiva.
John / Hocus Phocus.
Whiplash! - Dream Theater
Diego Porres / Não tem o que dizer. É genial também!!!
Diego Américo / Grande influência. Executamos várias músicas desses caras.
John / Portnoy, Ruddess... esses caras são virtuoses.
Whiplash! - Rush
John / Na verdade, não gosto
Diego Américo / Sexualidade musical mixada com percepção sonora ricas nesta banda.
Whiplash! - Deep Purple
André / Moog do Jon Lord
John / Rock’n’roll! E com Steve Morse então.....
Diego Américo / Apresenta muita motivação e improvisação. Influências bem visíveis.
Whiplash! - Black Sabbath
John / Primeira banda de metal.
André / Ozzy
Diego Américo / Quando escutei Sabbath pela primeira vez decidi deixar o cabelo crescer. Depois disso tudo mundo já sabe....
Whiplash! - Jethro Tull
André / Aqualung
Diego Américo / Muito bom. Gosto de álbuns conceituais como Thick as a Brick e A Passion Play.
Whiplash! - King Crimson
John / Estou conhecendo agora....
Diego Américo / A primeira fase é maravilhosa. Fripp é um músico brilhante e um compositor iluminado. Sienfield é uma espécie de mentor na banda. Muito interessante.
Diego Porres / Conheci porque o baterista do Yes (Bill) tocou em alguns discos.
Whiplash! - Uma pergunta importantíssima: onde o público pode encontrar "Transition" á venda? Como está sendo feita a distribuição?
Diego Porres / O CD pode ser encontrado no nosso site www.sevenside.com, e no Mercado Livre www.mercadolivre.com.br. A distribuição está sendo feita através do site.
Whiplash! - Gostariam de fazer um agradecimento público a alguma pessoa extra-banda que os ajudou muito (seja em que aspecto for) para o lançamento deste álbum?
Diego Américo / Primeiramente, agradecemos a você Maurício e à equipe Whiplash pela oportunidade de divulgação da nossa música. Também àqueles que acompanham o desenvolvimento do Seven Side Diamond e acreditam no seu potencial. O número de pessoas que assistem às nossas apresentações têm aumentado significativamente e é o que o nos motiva a continuar este trabalho. Somos eternamente gratos.
John / Se eu tenho que agradecer alguém é a esses caras, que fizeram o 7SD ser o que é. É claro que tivemos ajuda, mas nós fizemos tudo. Agradeço também a galera dos shows e todos aqueles que adquiriram nosso CDs. A gente faz shows por vocês. É isso aí!
Diego Porres / Em primeiro lugar a todos que ouvem a nossa música e fazem com que ela alcance o objetivo, que é emocionar as pessoas. Agradecimentos são indispensáveis a todos que ajudam a promover o nosso nome. Agora, tenho que agradecer mesmo ao Diego Américo, João, André e Casimiro. Em especial ao André pelas idéias. Sem eles nada disso teria acontecido.
Whiplash! - Ok caras! Muito obrigado pela entrevista! Como crítico e apreciador do bom rock progressivo, alegro-me em ver uma banda desse porte despontando no cenário. O espaço do Whiplash! está aberto para suas palavras finais.
Diego Américo / Espero que todos tenham gostado do nosso som, que sem dúvida é super elaborado e ambicioso assim como os nossos planos para o futuro, que é espalhar o nosso som pelo globo ao máximo. Se você ainda não conhece, sinta-se livre em nos procurar para trocarmos idéias e adquirir o nosso CD. Com certeza será uma ótima experiência. Obrigado por tudo!
John / Valeu galera do Whiplash! pelo reconhecimento e pela oportunidade de divulgar nosso trabalho.
Site Oficial: www.sevenside.com
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