Rolling Stones: quem foi Jumpin' Jack Flash?
Por Andre Damas
Fonte: Rolling Stones Brasil
Postado em 10 de novembro de 2013
Todos estavam de acordo quanto à prioridade mais urgente para os ROLLING STONES em 1968. Eles precisavam de um álbum que os resgatasse do limbo eletrônico em que tinham se perdido com Their Satanic Majesties Request. Até Mick Jagger admitiu que a experiência como produtores independentes foi desastrosa e que as chances de sucesso dependiam em grande parte de colocarem outro profissional no volante.
Rolling Stones - Mais Novidades
Em vez de ir atrás de um grande nome com aspirações a se tornar o próximo Andrew Loog Oldham (mediador do sucesso inicial da banda), os Stones escolheram Jimmy Miller, um jovem de Nova York que tinha produzido singles bem-sucedidos para o SPENCER DAVID GROUP, mas ainda inexperiente a ponto de aceitar que seu papel seria essencialmente técnico. Agora que muitas bandas tinham um vocalista que não tocava nenhum instrumento – o que fora o diferencial dos Stones outrora –, Mick começou a aprender a tocar guitarra no espaço construído no jardim dos fundos de Cheyne Walk, com a ajuda de Eric Clapton, o lendário roqueiro britânico.
A retomada de uma trajetória depois de Satanic Majesties acabou não se revelando muito trabalhosa e foi concluída num único salto. De acordo com Keith Richards, a ideia surgiu em sua casa em Redlands quando ele e Mick ficaram acordados até tarde e capotaram em sofás adjacentes, bêbados ou chapados demais para se arrastarem até a cama. Na manhã seguinte, foram acordados pelo som do jardineiro de Keith, Jack Dyer, cortando grama do lado de fora. "O que é isso?", murmurou Mick. "É só o Jack... Jumping Jack", respondeu Keith.
Outro componente foi providenciado por Bill Wyman, o personagem secundário que teimava em ser criativo, durante os ensaios para o novo álbum, quando se viu mais uma vez esperando a chegada dos outros. Para passar o tempo, Bill criou uma introdução no órgão, similar ao fraseado de "Satisfaction", só que mais firme e mais plano. Quando Mick chegou, gostou tanto da introdução que escreveu uma letra inteira para acompanhar.
Com "Jumpin' Jack Flash", Mick não só conseguiu o antídoto perfeito para a embriaguez hippie de Their Satanic Majesties como também encontrou a solução para o problema de ser um compositor que preferia não revelar nada sobre si mesmo em suas letras. Essa solução veio na forma de um personagem que pudesse interpretar, como um ator numa peça de teatro, com o qual não compartilhasse nenhuma semelhança – nem qualquer outro membro da raça humana –, mas que fosse um extrato perfeito da persona pública de Mick em toda sua energia maníaca, ambiguidade sexual e atitude cool e zombeteira.
Um videoclipe promocional mostrava a banda com os rostos pintados de ouro e prata, como estátuas de uma tumba do Egito antigo, enquanto o próprio Jumpin' Jack Flash pavoneava à frente deles com seu sorriso malicioso e delineador preto. Os fãs e críticos pop soltaram um suspiro coletivo de alívio. Os Stones não tinham apenas retornado à forma anterior à Satanic Majesties, mas se mostravam ainda mais selvagens, mais perversos (embora a música em si não tivesse nada de sexo) e mais provocadores que nunca.
No dia 22 de junho eles chegaram ao primeiro lugar na Inglaterra e alcançaram a terceira posição nos Estados Unidos algumas semanas depois. Realmente, agora tudo parecia estar bem.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A banda de thrash fora do "Big Four" que é a preferida de James Hetfield, vocalista do Metallica
Guns N' Roses é anunciado como headliner do Monsters of Rock 2026
Os 5 melhores álbuns do rock nacional, segundo jornalista André Barcinski
A canção do Genesis que a banda evitava tocar ao vivo, de acordo com Phil Collins
Os 16 vocalistas mais icônicos da história do rock, segundo o The Metalverse
Os dois maiores bateristas de todos os tempos para Lars Ulrich, do Metallica
Rick Rubin elege o maior guitarrista de todos os tempos; "ele encontrou uma nova linguagem"
Produtor brasileiro que vive nos EUA critica novo tributo a Andre Matos
Inferno Metal Festival anuncia as primeiras 26 bandas da edição de 2026
O disco de reggae que Nando Reis tem seis exemplares; "Quase como se fossem sagrados"
Valores dos ingressos para último show do Megadeth no Brasil são divulgados; confira
O artista que Roger Waters diz ter mudado o rock, mas alguns torcem o nariz
A música favorita de todos os tempos de Brian Johnson, vocalista do AC/DC
Os 50 melhores discos da história do thrash, segundo a Metal Hammer
Dave Mustaine confirma que regravou "Ride the Lightning" em homenagem ao Metallica


Os álbuns dos Rolling Stones que Mick Jagger detesta: "Nem na época eu achei bom"
O único frontman que Charlie Watts achava melhor que Mick Jagger
O megahit dos Beatles que Mick Jagger acha bobo: "Ele dizia que Stones não fariam"
As duas lendas do rock contracultural que Keith Richards considera "músicos puros"
A maior cantora de todos os tempos, segundo Keith Richards; "não tem só a ver com cantar"
O apelido que John Lennon dava aos Rolling Stones quando sentia raiva da banda
A melhor cantora de todos os tempos, segundo Keith Richards do Rolling Stones
O lendário guitarrista que Jimmy Page considera como seu igual: "Paralelo a mim"
Quando Frank Zappa se rendeu ao rock britânico por causa de uma linha de baixo


