Kurt Vile: Melancolia, tristeza e homenagens dão o tom de "Back to Moon Beach"
Resenha - Back to Moon Beach - Kurt Vile
Por Frederico Di Lullo
Postado em 19 de novembro de 2023
Um artista peculiar, único e que quebra todos os moldes convencionais. Dotado da singular habilidade de misturar (e experimentar) elementos do folk, rock e psicodelia, lançou nas plataformas digitais "Back to Moon Beach", um EP de 9 músicas com duração de pouco menos de uma hora.
Mas por que se considerar um EP, que mal caberiam em um vinil de 12’’ e muito menos nas 7’’ normalmente concedidas e esse formato? Simples, porque Kurt Vile quis. E ele conquistou o direito de achar o que quiser. E outra explicação é que as 9 faixas são b-sides, deixados de fora ao longo de 4 anos e incontáveis sessões de gravações.
Agora, "Back to Moon Beach" encontra Vile inundado de melancolia. Ele caminha vagarosamente ao longo das margens de seu cenário de praia lunar criado por ele mesmo, perdendo-se em meditação enquanto equilibra o desânimo medido com o otimismo cuidadosamente alegre.
Abrindo com o lançamento do primeiro single deste ano, "Another good year for the roses", Vile anima o EP com um piano brilhantemente arpejado e uma positividade indiferente e até mesmo estranha. "These recycled riffs ain't going anywhere, anytime soon" (Esses riffs reciclados não vão a lugar nenhum tão cedo), que outro artista poderia começar um trabalho sussurrando isso?
O EP segue com outras músicas como "Blues come for some" mas, pelo menos pra mim, atinge o ponto alto com a icônica "Tom Pretty’s gone (but tell him i asked for him", que rende homenagem a grandes nomes de uma era que acabou recentemente. Sim, isso me fez sentir vanguarda, mas dizem que é o inferno astral.
E seguindo na linha de homenagear os seus, Vile avança para o final do EP com 2 petardos. Primeiro, uma revisitação alegre e alegre de "Must be Santa" de Bob Dylan, numa faixa que conta com o apoio vocal das filhas de Vile. A música natalina é imediatamente seguida por sua versão de "Passenger side" de Wilco antes de encerrar com uma nova versão de "Cool water".
Em resumo, este trabalho só afirma o que muitos de nós já sabemos: Kurt detém uma habilidade única de evocar emoções profundas através de sua música.
Ouça "Back to Moon Beach".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
Download Festival anuncia mais de 90 atrações para edição 2026
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
O melhor disco do Anthrax, segundo a Metal Hammer; "Um marco cultural"
Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
A música do Kiss que Paul Stanley sempre vai lamentar; "não tem substância alguma"
O disco do Metallica que para James Hetfield ainda não foi compreendido; "vai chegar a hora"
O solo que Jimmy Page chamou de "nota 12", pois era "mais que perfeito"
O clássico do metal que é presença constante nos shows de três bandas diferentes
Steve Morse admite ter ficado magoado com o Deep Purple
David Ellefson relembra show que Megadeth fez como trio ao lado de Exodus e Testament
As 10 bandas favoritas do metal brasileiro no Metal Storm

Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
Charlie Brown Jr.: uma experiência triste e depressiva


