Carl Sentance: "Electric Eye", seu segundo disco solo, é outro bom registro da sua carreira
Resenha - Electric Eye - Carl Sentance
Por Mário Pescada
Postado em 23 de novembro de 2022
CARL SENTANCE era um artista que não estava no meu radar a alguns meses atrás até que escutei "Surviving The Law" (2022), seu segundo disco como vocalista do NAZARETH - para mim, segue firme como um dos melhores lançamentos desse ano.
Por uma inversão de datas, somente agora conheci seu predecessor, "Electric Eye" (2021), seu segundo álbum solo e outro ótimo registro na sua carreira.

Pois bem, para quem também está conhecendo Carl aos poucos (falha minha, assumo), ele é um veterano do cenário hard/heavy: surgiu com o PERSIAN RISK durante a explosiva época da New Wave Of British Heavy Metal (NWOBHM) e continuou fazendo seu nome tocando em vários outros grupos/projetos até assumir em 2015 os vocais do grande NAZARETH devido a aposentadoria dos palcos de Dan McCafferty - triste coincidência, essa resenha foi feita poucos dias após a notícia do seu falecimento, aos 76 anos.
"Electric Eye" (2021) foi mais um disco de Carl que passou sem chamar muito a atenção do público, o que é uma lástima, pois é um ótimo disco de hard rock e já indicava ali o bom trabalho que viria a ser lançado com o NAZARETH alguns meses depois.
Diferentemente do seu segundo trabalho pelo NAZARETH, onde participou em apenas três das quatorze faixas, aqui Carl deixa claro que ele é quem dá as cartas: todas as músicas, letras, fotos do encarte e produção (muito bem-feita, diga-se), é dele. Talvez pelo fato de ter mais liberdade, algumas músicas acabaram podendo soar mais pesadas (como em "Overload" e "Exile") e até seu visual é diferente do que é visto no NAZARETH.
Além dos seus potentes vocais, Carl também aparece como um bom guitarrista. Esperto que é, se cercou dos experientes Bob Richards (bateria, ex-ASIA, ex-ADRIAN SMITH e temporário no AC/DC) e de Wayne Banks (baixo, ex-BLAZE BAYLEY, PERSIAN RISK). De convidados, chamou os parceiros de longa data Don Airey (teclados, DEEP PURPLE, ex-OZZY OSBOURNE, ex-RAINBOW) e dos guitarristas e ex-colegas de banda Jay Banks (PERSIAN RISK) e Dario Mollo (DARIO MOLLO'S CROSSBONES).
Com um time desse, "Electric Eye" (2021) só podia ser mesmo um bom disco: fácil de ouvir, tem melodias cativantes, peso na medida certa e "um quê" de modernidade. Suas dez faixas descem macias, quando chega ao final, lá vai você ouvir de novo só para confirmar que "nossa, esse disco é bom mesmo".
Difícil apontar destaques, mas a faixa de abertura "Judas" é marcante e tem ótimos vocais, "Alright" tem um toque pop rock na medida, as baladas rock "Nervous Breakdown" e "Young Beggars" não soam fúteis e "Battlecry" tem uma linha de baixo matadora.
Na época que resenhei "Surviving The Law" (2022), disse que Carl havia sido a escolha ideal para o cargo. Conhecendo mais um pouco do seu trabalho, digo mais: que sorte tem o NAZARETH em ter um cara como CARL SENTANCE!
"Electric Eye" (2021) e seus trabalhos com o NAZARETH estão sendo distribuídos no Brasil pela Shinigami Records em parceria com a Valhall Music/ Drakkar Entertainment.
Confira "Electric Eye" (2021) na íntegra
Formação:
Carl Sentance: vocais, guitarra
Wayne Banks: baixo
Bob Richards: bateria
Faixas:
01 Judas
02 Alright
03 Electric Eye
04 Overload
05 Nervous Breakdown
06 Exile
07 Young Beggars
08 If This Is Heaven
09 Battlecry
10 California Queen
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Ex e atuais membros do Pantera, Pentagram, Dark Funeral e Fu Manchu unem forças no Axe Dragger
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
A maior linha de baixo do rock, para Geddy Lee; "tocaria com eles? Nem a pau"
A banda que nunca fez um álbum ruim, de acordo com Ozzy Osbourne; "grandes e profissionais"
Garotos Podres são indiciados e interrogados na polícia por conta de "Papai Noel Velho Batuta"
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
As 10 turnês de rock mais lucrativas de 2025
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Box-set do Rainbow com 9 CDs será lançado em março de 2026
Regis Tadeu explica se reunião do Barão Vermelho terá tanto sucesso como a dos Titãs
Matt Tuck fala sobre show com Limp Bizkit no Brasil e a morte de Sam Rivers
A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
Adrian Smith se diz triste pela aposentadoria de David Coverdale, mas reconhece que era o momento
Yngwie Malmsteen afirma que ex-vocalistas estão "tentando se aproveitar" da sua marca
Nazareth: na prova de fogo do segundo disco, Carl Sentance e banda entregam um ótimo disco
Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional


