Bon Jovi: letras relevantes não salvaram mais um disco ruim
Resenha - 2020 - Bon Jovi
Por Victor de Andrade Lopes
Postado em 16 de outubro de 2020
Nota: 4 ![]()
![]()
![]()
![]()
Quatro anos atrás, eu encerrava minha então mais recente resenha do quinteto estadunidense de pop rock Bon Jovi, sobre o chatíssimo This House Is Not for Sale, com um esperançoso "Mas eu sou brasileiro e não desisto nunca: um dia, o Bon Jovi há de voltar." 2020, esse ano louco, que inclusive é o próprio nome do sucessor de THINFS, poderia ter sido a oportunidade de consagrar minha previsão, mas... é, não foi dessa vez.
Após ver o lançamento (preparado desde março de 2019) adiado por conta da pandemia, o líder, vocalista e violonista Jon Bon Jovi aproveitou para escrever duas músicas adicionais de temas atualíssimos: "Do What You Can", sobre o impacto da COVID-19, e "American Reckoning", sobre o assassinato de George Floyd. Felizmente, elas não foram relegadas a meras faixas-bônus; na verdade, "Shine" e "Luv Can" - ambas tão dispensáveis quanto 80% do disco - é que acabaram indo pro banco para dar lugar às irmãs mais novas.
Vamos prum papo reto: tirando essa dupla de novidades, o disco não tem quase nada de muito empolgante. E olha que "American Reckoning", em que pese sua mensagem de extrema relevância, ainda deve muito para peças de temas similares como "American Skin (41 Shots)", do também novajersiano Bruce Springsteen.
Os problemas são os mesmos que afligem a banda há mais ou menos uma década: produção pasteurizada, arranjos que praticamente imploram por execução nas rádios e baixo aproveitamento do potencial dos integrantes - todos amplamente respeitados no meio musical.
Além das já citadas, temos duas outras exceções à lógica. Uma delas é "Story of Love", que quase desperdiçou uma tocante mensagem com uma roupagem cafona e pouco inspirada, mas acabou salva no final por Phil X, que entrega um providencial e belíssimo solo.
A outra é "Beautiful Drug", a mais próxima do que poderíamos chamar de rock 'n' roll no disco, e muito enriquecida pela percussão de Everett Bradley.
Esta nova decepção vem com um gosto ainda mais amargo pelo fato do trabalho refletir a personalidade "ponta firme" da banda: a grana arrecadada com a venda dos três primeiros singles foi toda revertida para instituições ligadas aos temas dessas músicas.
Além das duas faixas convertidas em bônus, vale citar uma terceira, que na verdade é uma versão de "Do What You Can" com a participação de Jennifer Nettles, do Sugarland - uma adição que aumentou consideravelmente a qualidade da canção. Mas que não salva o disco. Se muito, evita que ele seja pior que os anteriores.
Abaixo, o clipe de "Do What You Can".
Track-list:
1. "Limitless"
2. "Do What You Can"
3. "American Reckoning"
4. "Beautiful Drug"
5. "Story of Love"
6. "Let It Rain"
7. "Lower the Flag"
8. "Blood in the Water"
9. "Brothers in Arms"
10. "Unbroken"
11. "Do What You Can" (part. Jennifer Nettles; faixa bônus da edição de luxo em streaming)
12 "Shine" (faixa bônus da edição de luxo em streaming)
13. "Luv Can" (faixa bônus da edição de luxo em streaming)
FONTE: Sinfonia de Ideias
http://bit.ly/20bonjovi20
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
A banda que serviu de inspiração para o Eagles: "Até os Beatles curtiam o som deles"
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
A capa do Iron Maiden que traz nove bandeiras de países envolvidos na Guerra Fria
Aos 74 anos, David Coverdale anuncia aposentadoria e diz que "é hora de encerrar"
Por que versão do Megadeth para "Ride the Lightning" não é um cover, de acordo com Dave Mustaine
A melhor gravação de bateria de todos os tempos, segundo Phil Collins
Halestorm é anunciada como atração do Monsters of Rock 2026
Lynyrd Skynyrd é confirmado como uma das atrações do Monsters of Rock
O pior disco de cada banda do Big Four do thrash, segundo Mateus Ribeiro
Ronnie James Dio não era o maior fã do Black Sabbath, admite Wendy Dio
A banda lendária que apresentou Tom Morello ao "Espírito Santo do rock and roll"
O clássico do metal oitentista inspirado em Toto, desastre do Titanic e Monsters of Rock

A sincera opinião de Bon Jovi sobre a turnê de reunião do Oasis
O ator que Bon Jovi quer que o interprete no seu futuro filme biográfico
É de tirar o pó da vitrola: 5 relançamentos imperdíveis para fãs de rock clássico
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman


