Pattern-Seeking Animals: Novo álbum do grupo formado por membros atuais e antigos do Spock's Beard
Resenha - Prehensile Tales - Pattern-Seeking Animals
Por Victor de Andrade Lopes
Postado em 29 de maio de 2020
Nota: 9
Menos de um ano após estrear com um álbum autointitulado, que constou merecidamente entre os melhores lançamentos progressivos de 2019, o (super?)grupo estadunidense Pattern-Seeking Animals, formado por membros atuais e antigos do Spock's Beard, já está de volta com um sucessor: Prehensile Tales.
A intrigante capa, que parece uma arte conceitual do jogo Shadow of the Colossus com alguns toques de Horizon: Zero Dawn e do filme Máquinas Mortais, não é, seguramente, a única coisa que chama a atenção nesta obra.
Porque, por mais que o próprio site oficial do quarteto informe que lançar um disco por ano é o objetivo, não deixa de ser surpreendente que ele tenha conseguido demonstrar franca evolução com relação ao trabalho anterior.
Por outro lado, sabendo que o tecladista John Boegehold é o principal compositor, a surpresa perde tamanho. O cara é uma usina de ideias, como o próprio vocalista e guitarrista Ted Leonard diz. São tantas as vezes em que sua assinatura aparece na discografia do Spock's Beard que surpreende ele não ser considerado integrante oficial.
A ideia inicial do grupo (que conta ainda com Dave Meros no baixo e Jimmy Keegan na bateria) era justamente tentar não soar como uma derivação da sua "banda irmã", mas tal objetivo não foi totalmente cumprido em Pattern-Seeking Animals (o álbum). Desta vez, contudo, eles realmente adquirem uma sonoridade para chamarem de sua, como consequência da exploração de novos sons por parte de John.
A tríade de abertura ainda é composta por peças mais "tradicionais", evocando aquele rock progressivo neo-vintage do Spock's Beard. Mas as duas últimas, que juntas somam quase meia hora, reúnem uma compilação de passagens variadas e dinâmicas, com a primeira bastante influenciada por elementos sinfônicos e a segunda desbravando terrenos que nos remetem a... ska!
Entre essas duas metades, temos "Why Don't We Run", tão exótica quanto a capa, e em que a exploração musical atinge novos patamares e incorpora elementos sul-asiáticos impensáveis na cabeça de um purista.
E pronto, Prehensile Tales "já" acabou, após apenas seis faixas. Só que são seis faixas que renderam quase uma hora de música - ótima música. E, vamos combinar, merecem vaias aqueles que acusarem uma banda que se dispôs a realizar lançamentos anuais de ser breve demais numa mesma obra.
Abaixo, o vídeo de "Elegant Vampires":
Track-list:
1. "Raining Hard in Heaven"
2. "Here in My Autumn"
3. "Elegant Vampires"
4. "Why Don't We Run"
5. "Lifeboat"
6. "Soon But Not Today"
FONTE:
Sinfonia de Ideias
https://bit.ly/patternseekinganimals
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