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The Sword: Avançando, mas sem sair do lugar

Resenha - Used Future - Sword

Por José Sinésio Rodrigues
Postado em 26 de abril de 2020

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Estadunidenses fazendo Stoner Metal são como italianos fazendo macarrão. Ou seja: você já sabe, de antemão, que algo muito bom deve resultar disso. Assim, quando eu soube que o grupo texano de Stoner/Doom Metal THE SWORD (que solidificou certo nome a partir de 2008, após abrir um show do METALLICA, ao lado do DOWN de Phil Anselmo) havia lançado um álbum, lá em 2018, me apressei em ouvi-lo, pois eu já imaginava que o negócio seria, provavelmente, muito bom. E não me enganei. Este álbum, batizado como "Used Future", é exatamente isso: muito bom. Ademais, as músicas se encaixam perfeitamente.

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É claro que se você não aprecia o THE SWORD, devido ao seu vocal sem vida e nada impressionante e instrumental com ares sententistas, havendo algo de Blues fundido em meio a tudo, este álbum não lhe fará a menor diferença. O vocal, ainda que tenha apresentado uma sensível evolução desde o início da banda, continua a manter aquele estilo bonachão, descontraído e preguiçoso, sem a menor preocupação em ser um destaque na música, mas apenas uma complementação da mesma, parecendo um OZZY sonolento. A guitarra mantém seu característico som, sem muita abrangência, mesmo nas partes mais complexas, lembrando alguns momentos de BLACK SABBATH, favorecendo a atmosfera de Hard Rock que exala deste trabalho. Ou seja: é THE SWORD soando exatamente como o grupo era em 2003, quando lançou seu primeiro single. Não que isso seja ruim; pelo contrário, mostra como a banda é fiel a seu tipo de som e que os fãs podem mergulhar de cabeça, sabendo o que encontrarão aqui, sem perigo de se decepcionarem. A produção do trabalho impressiona, sendo, talvez, a melhor que o grupo teve até hoje. Influências de LYNYRD SKYNYRD, ZZ TOP e mesmo CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL emergem aqui e ali (como na faixa "Come And Gone"), resultando em algo impressionante e muito bem feito.

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Ainda que o THE SWORD – não apenas neste trabalho, mas também em tudo o que a banda já lançou – não tenha muita originalidade, é preciso lembrar que o próprio gênero para o qual estão se dirigindo, dentro do Metal, não deixa muito espaço para manobras e interpretações artísticas. Desta forma, as guitarras não são nada técnicas, se mantendo sempre com sua sonoridade básica e solos lentos, ainda que focando no tom e na melodia. O baixo e o teclado são usados muito bem, mas de forma módica e contida, variando o suficiente para manter a música interessante, sem assumir o controle. Apesar da simplicidade habitual, "Used Future" é um bom trabalho, um álbum que os fãs do estilo (e, particularmente, da banda) comodamente podem ouvir sem medo de se decepcionar.

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Faixas no álbum "Used Future": 9

Integrantes atuais da banda The Sword:
• J. D. Cronise – Vocal e guitarra;
• Kyle Shutt - Guitarra;
• Bryan Richie – Baixo;
• Santiago Vela III - Bateria.

Bandas Similares:
• Orange Goblin, dos Estados Unidos;
• Red Fang, dos Estados Unidos;
Black Sabbath, do Reino Unido;
• Priestess, do Canadá.


Outras resenhas de Used Future - Sword

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Sobre José Sinésio Rodrigues

José Sinésio Rodrigues mora em Londrina, no Paraná. É professor de Ciências, agente penitenciário, aluno de Geografia e coordenador de Astronáutica de um grupo de Astronomia londrinense. É também palestrante, escritor, quadrinista, contista, ex-radialista e ex-colunista de jornal. Seu contato com o Rock aconteceu com o Faith No More e Pearl Jam, no início da década de 1990. Suas bandas favoritas são: My Dying Bride, Monster Magnet, Dominus Praelii, Acrassicauda, Slayer, Fejd, Arkona e Anabioz.
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