Facada: Um monstro de sete cabeças
Resenha - Nenhum Puto de Atitude - Facada
Por Ricardo Cunha
Postado em 21 de março de 2020
A BANDA
A banda está na ativa desde 2003 quando cometeu seus primeiros atentados sonoros que despejavam seu som simples, rápido, pesado e cru. Desde então lançou uma boa quantidade de álbuns (Indigesto (2006), O Joio (2010), Nadir (2013), Primitive (Split com Stheno, 2017), Nenhum Puto de Atitude (2017) e Quebrante (2018). Apesar de jovem, conquistaram o respeito dos fãs e viajaram por todo o país espalhando sua mensagem de caos. O grupo é formado por James (baixo e vocais), Dangelo (bateria), Danyel (guitarra) e Ari (guitarra). A banda se apresenta como um trio visto que Arí vive na Alemanha há muitos anos.
O ÁLBUM
Nenhum Puto de Atitude é um monstro de 7 (sete) cabeças no qual cada uma representa uma atitude musical distinta. Para ilustrar, separamos tais atitudes por estilo: 1) Death Metal: Unleashed (Where No Life Dwells), The Endoparasites (Day Of Carcass), Headhunter D.C. (Death Vomit), Sarcófago (Deathtrash); 2) Thrash Metal: Dorsal Atlântica (Dor); 3) Black Metal: Blasphemy (War Command), Impaled Nazarene (Coraxo); 4) Hardcore: Bad Brains (Sailin’ On), Mukeka Di Rato (Maconha), Misfits (Demonomania / Hybrid Moments), Ratos De Porão (Traidor), Hüsker Dü (Obnoxious); 5) Grunge: Nirvana (Tourette’s); 6) Grindcore: Napalm Death (Cause And Effect), Rot (Rubbish Country) e 7) Rock Brasil: Titãs (Igreja). E esse monstro acabou sendo um dos lançamentos mais legais e surpreendentes daquele ano. O projeto do álbum foi muito bem pensado e executado. E a ideia da banda em fazer um álbum de covers pode demonstrar uma autoconsciência muito clara de próprio potencial e serve de alerta para a necessidade de interagir mais com o cenário internacional. O disco não foi lançado no Brasil e as poucas cópias que vieram não foram suficientes para quem quis. Nenhum Puto talvez tenha conseguido criar divisas intercambiáveis com o mercado europeu que podem gerar frutos num futuro qualquer. Mas mesmo que as portas da gringa ainda não tenham sido abertas para a banda, esse disco já merece figurar entre os clássicos do estilo no Brasil.
O QUE TEM DE BOM?
1. A simplicidade do projeto e a versatilidade conseguida pela banda;
2. A bela arte da capa, que parafrasea o antológico álbum de estreia do Secos e Molhados (por Vitor Willemann).
O QUE PODERIA SER MELHOR?
1. Temos que ter em mente que tudo sempre pode ser melhorado. Neste caso, há apenas pormenores do processo de produção/gravação.
BANDCAMP:
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
A lenda do rock nacional que não gosta de Iron Maiden; "fazem música para criança!"
A banda de rock nacional que nunca foi gigante: "Se foi grande, cadê meu Honda Civic?"
Iron Maiden bate Linkin Park entre turnês de rock mais lucrativas de 2025; veja o top 10
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
A dificuldade de Canisso no estúdio que acabou virando música dos Raimundos
Justin Hawkins (The Darkness) considera história do Iron Maiden mais relevante que a do Oasis
Cinco bandas de heavy metal que possuem líderes incontestáveis
A cena que Ney Matogrosso viu no quartel que o fez ver que entre homens pode existir amor
Gene Simmons relembra velório de Ace Frehley e diz que não conseguiu encarar o caixão
Ian Gillan nem fazia ideia da coisa do Deep Purple no Stranger Things; "Eu nem tenho TV"
Os 10 melhores discos de metal progressivo lançados em 2025, segundo a Metal Hammer
Os 15 melhores álbuns de metal de 2025 segundo a Rolling Stone
Ozzy Osbourne odiava o Natal e sempre quis trabalhar nessa época do ano

"Truculence", novo lançamento do Facada, libera frustação e ódio pelos poros


