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Stone Temple Pilots: Novo álbum é um convite à perdição

Resenha - Perdida - Stone Temple Pilots

Por Fábio Cavalcanti
Postado em 11 de fevereiro de 2020

Nota: 6 starstarstarstarstarstar

Bandas veteranas de rock passam por momentos em que estão perdidos em termos de identidade sonora. Talvez seja o caso recente do Stone Temple Pilots, uma banda estadunidense que sempre esteve – injustamente - na "série B" do grunge e do rock alternativo nos anos 90. Após a morte do cantor original Scott Weiland, o grupo finalmente resolveu processar o luto, aos tropeços, em "Perdida" (2020), o segundo álbum de sua nova encarnação.

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O novo cantor Jeff Gutt já havia mostrado uma competência acima da média no álbum autointitulado de 2018, e aqui os irmãos Dean (guitarra) e Robert (baixo) DeLeo o fizeram entregar bons vocais de foco mais introspectivo. O novo álbum possui sonoridade quase totalmente acústica, numa mistura que vai do folk rock setentista ao country alternativo dos anos 2000. A instrumentação ‘vintage’ traz também algumas flautas, pianos e violoncelos, enquanto as letras lidam com sentimentos de perda, falta de rumo e vulnerabilidade.

Na qualidade do trabalho em si, as coisas se mostram pouco memoráveis. Por exemplo, "Three Wishes" é um razoável folk psicodélico de percussão sutil, que soa apenas como algo descartado do álbum "Purple" (1994). "Fare Thee Well" consegue ser um bom folk rock com ecos do Neil Young da era "Harvest" (1972), mas sem tanto brilho em sua letra básica sobre o fim de um relacionamento.

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Em dois pontos com influências espanholas, a coisa fica ainda mais deslocada. "Perdida" é de uma melancolia forçada em seus tons quase suicidas, e ainda tenta soar como uma espécie de bolero... sem sucesso. "Miles Away" é possivelmente o ponto mais baixo, pois tenta ser uma valsa de tristeza soturna e só consegue afastar a qualidade musical para milhas de distância...

"Years" é interessante, graças a curvas melódicas inesperadas que são típicas de boas canções da MPB, enquanto que a boba e romântica "She's My Queen" consegue evocar ao menos um clima bacana ao estilo do lado acústico do "Led Zeppelin III". O maior destaque é o ótimo e etéreo folk rock "I Didn't Know the Time", uma homenagem direta e singela aos dois cantores que passaram pela banda e já morreram: Weiland e Chester Bennington (Linkin Park).

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Encerrando o "Perdida", temos na também boa "Sunburst" um espírito mais otimista, indicando uma nova manhã e o possível fim da tristeza dos membros do Stone Temple Pilots. Seja como for, esse é um dos trabalhos menos inspirados do grupo nas letras e melodias em si, e não vai além do seu feeling diferenciado. Trata-se de um passeio bucólico e acústico do qual não lembraremos realmente. Esperemos que Gutt e os DeLeo estejam mais inspirados no futuro.

Músicas:
1. Fare Thee Well
2. Three Wishes
3. Perdida
4. I Didn't Know the Time
5. Years
6. She's My Queen
7. Miles Away
8. You Found Yourself While Losing Your Heart
9. I Once Sat at Your Table
10. Sunburst

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Sobre Fábio Cavalcanti

Baiano, sempre morou em Salvador. Trabalha na área de Informática e ¨brinca¨ na bateria em momentos vagos, sem maiores pretensões. Além disso, procura conhecer novas - e antigas - bandas dos mais variados subgêneros do rock. Por fim, luta para divulgar, sempre que possível, o pouco conhecido cenário rocker da tão sofrida ¨Terra do Axé¨.
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