Steve Perry: o retorno da voz do Journey em um belo disco
Resenha - Traces - Steve Perry
Por Ricardo Seelig
Postado em 28 de junho de 2019
Steve Perry foi vocalista do Journey por 21 anos, permanecendo na banda entre 1977 e 1998. É a sua voz que está eternizada nos maiores clássicos da banda norte-americana, como os álbuns "Infinity" (1978), "Evolution" (1979), "Escape" (1981) e "Frontiers" (1983), de onde vieram clássicos do porte de "Don't Stop Believin’", "Any Way You Want It" e "Separate Ways (Worlds Apart)". Perry lançou dois álbuns solo - "Street Talk" (1984, quando ele ainda era o frontman do Journey) e "For the Love of Strange Medicine" (1994, já fora do grupo), e então entrou em um hiato de quase 25 anos sem material inédito.
Esse período foi encerrado em 2018 com o lançamento de "Traces", seu primeiro disco em mais de duas décadas. Produzido pelo próprio vocalista em parceria com Thom Flowers, o álbum foi lançado pela Fantasy e ganhou uma edição nacional pelas mãos da Hellion Records. A recepção do público foi entusiasmada, levando o trabalho ao top 10 da Billboard.
Musicalmente, o que temos é um disco que não traz a sonoridade que consagrou Steve Perry no Journey. Não temos nas dez músicas de "Traces" o hard rock/AOR que conduziu o Journey ao topo das paradas. Em seu lugar surge um pop adulto, com sutis pitadas de rock, e que na maior parte do tempo toma forma através de canções com andamento mais lento e um tanto contemplativas. Momentos mais agitados são raros, como na música que abre o play, "No Erasin’". Essa escolha pode desagradar alguns fãs, porém quem acompanha a carreira de Perry há anos sabe que não tem nada estranho nas faixas que estão no disco e que elas são coerentes com a sua trajetória musical.
É preciso destacar que o álbum possui um excelente trabalho de composição, entrega melodias agradáveis a todo momento e traz Perry cantando de maneira excelente, além de contar com uma excepcional banda de apoio que tem como destaque o baterista Vinnie Colaiuta e o tecladista Dallas Kruse. E, pra fechar o pacote, o disco ainda traz uma versão para "I Need You", dos Beatles, que foi devidamente desconstruída e ganhou uma roupagem surpreendente.
A edição da Hellion Records vem com um longo encarte e todas as letras, respeitando o formado original do trabalho e os fãs de Perry.
Um belo disco, vale a pena.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Irmãos Cavalera não querem participar de último show do Sepultura, segundo Andreas Kisser
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
Andreas Kisser diz que não tem a "mínima vontade" de voltar a tocar com irmãos Cavalera
Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
Robert Plant confirma show em Porto Alegre para 2026
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
Evanescence anuncia turnê mundial para 2026
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
Produtor explica o que o levou a afastar Joe Perry das gravações de álbum do Aerosmith
O dilema de Paulo Ricardo: "John Lennon pegou minha mão e me trouxe de volta"
A resposta de Mick Jagger a quem diz que os Rolling Stones já tinham que ter acabado
A definição do que é a Legião Urbana, nas palavras de Renato Russo

"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



