Enforcer: evolução ou involução?
Resenha - Zenith - Enforcer
Por Alexandre Veronesi
Postado em 14 de junho de 2019
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Quem curte Heavy Metal tradicional e está, mesmo que minimamente, inteirado com o que anda rolando na cena durante a última década e meia, naturalmente conhece o ENFORCER. O grupo, formado em 2004 e oriundo de Arvika, na Suécia, é um dos principais expoentes da intitulada NWOTHM (New Wave Of Traditional Heavy Metal), e chega neste 2019 com seu aguardado e polêmico quinto álbum de estúdio, "Zenith", após longos 4 anos desde o ótimo "From Beyond".
Temos em "Zenith" um registro diferente, bastante variado, sendo uma espécie de carta de amor do ENFORCER aos seus 'mentores', suas grandes influências. A cada canção, é possível identificar nuances e aspectos extraídos diretamente de bandas consagradas e variados sub-gêneros do Hard Rock / Metal, mas não digo isso de forma depreciativa: o material passa longe de ser plagiante. As ditas 'influências' são inseridas nas músicas de forma natural, (quase) sempre respeitando as características que o grupo forjou ao longo de sua carreira. Bons exemplos disso são "Zenith Of The Black Sun", com passagens de guitarras 'dobradas' a lá Iron Maiden; "The End Of A Universe", fortemente baseada em "For Whom The Bell Tolls", do Metallica; "Forever We Worship The Dark", com pitadas de Judas Priest e King Diamond; e "Ode To Death", detentora de alguns trechos claramente inspirados no som do Manowar.
O 'quase sempre' do parágrafo anterior pode ser justificado através das faixas "Regrets", semi-balada pouco inspirada; "Sail On", um chatíssimo e estranho flerte com o Rock Alternativo"; e "One Thousand Years Of Darkness", divertida canção com notáveis influências de música Pop (me lembrou "Maniac", do cantor Michael Sembello, em alguns momentos). Em contrapartida, sons como "Die For The Devil", "Searching For You" e "Thunder And Hell" resgatam aquela veia mais Heavy/Speed que consagrou o grupo, e devem fazer a alegria dos fãs.
Em suma, "Zenith" é um álbum razoável e irregular, tendo seus altos e baixos. Inegavelmente, o quarteto apresenta aqui uma clara evolução técnica, porém, na tentativa de criar algo novo, parece ter perdido levemente a mão, fazendo assim com que o resultado final se tornasse desordenado e pouco orgânico.
TRACKLIST
01. Die For The Devil
02. Zenith Of The Black Sun
03. Searching For You
04. Regrets
05. The End Of A Universe
06. Sail On
07. One Thousand Years Of Darkness
08. Thunder And Hell
09. Forever We Worship The Dark
10. Ode To Death
LINE-UP
Olof Wikstrand - vocal e guitarra
Jonathan Nordwall - guitarra
Tobias Lindqvist - baixo
Jonas Wikstrand - bateria, backing vocals, teclado e piano
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Iron Maiden confirma segundo show da "Run For Your Lives Tour" em São Paulo
Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
Regis Tadeu explica se reunião do Barão Vermelho terá tanto sucesso como a dos Titãs
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
O disco que os Beatles chamaram de o maior álbum já feito; "imbatível em muitos sentidos"
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
Como um telefonema permitiu a participação do Twisted Sister no Bangers Open Air
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Moonspell celebrará 30 anos de "Wolfheart" com show especial no Brasil
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
Blackberry Smoke confirma quatro shows no Brasil em 2026
O que diz a letra da clássica "Roots Bloody Roots", segundo Max Cavalera
O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
Rock in Rio: algumas das maiores vaias em edições nacionais
A canção do The Smiths que, para Johnny Mars, "só a gente pode tocar"
As bandas que não têm nenhuma música ruim, segundo o crítico musical Regis Tadeu





