Britônicos: Primeiro full-length da banda agrada com essência rocker
Resenha - ... Ou Não - Britônicos
Por Ricardo Dezerto
Postado em 12 de maio de 2018
Formada em 2010, a banda paulistana Britônicos, que conta hoje com Felipe Gonçalves (voz e guitarra), Lennon Fernandes (guitarra), Claudio Froncillo (baixo) e Gustavo Scripelliti (bateria), depois de dois EPs, lançou seu primeiro full-length, "... Ou Não" em outubro de 2017.
Por mais que o nome da banda sugira britpop, as referências vão muito além e apontam para muitas vertentes do rock, desde o mais clássico até o contemporâneo. Viajando do progressivo ao hard, transitando bem entre vários estilos, o trabalho se mostra conciso e cheio de identidade.
A produção impõe propositalmente certa crueza no som, o que reforça a energia das canções e ressalta os timbres diretos e orgânicos das guitarras de Felipe e Lennon, elementos chave das canções, soando ora setentistas, ora modernas, mas com espaço para efeitos que remetem ao rock dos anos 80 e 90.
A bateria complexa e precisa de Gustavo e o baixo fluido e melódico de Cláudio, somadas a backing vocals bem sacados, completam o cenário para os maneirismos vocais de Felipe que entrega as ótimas letras, todas em português, com a carga emocional necessária para cativar o ouvinte.
As canções mais roqueiras, como a abertura "Já Não Sei Mais", "Continuo Procurando", "Feedback", que conta com clipe em rotação nas plataformas de vídeo, e a rifferama lasciva de "High" confirmam a força das guitarras
"Hoje" flerta com inspirações eletrônicas e Manic Street Preachers, enquanto o baixo manda na sufocante "O Último Hausto", de final pinkfloydiano. "Inevitável" é o momento mais pop do disco com a levada de violão e refrão de balada Southern rock.
"Constelações", a melhor do disco, aposta nos teclados e silêncios para dar profundidade, explorando ambiências e envolvendo o ouvinte enquanto destila sua letra misteriosa. A faixa título encerra o disco de maneira épica e ousada para um lançamento independente com quase onze minutos de variações e diversões que fazem a experiência valer a pena.
Com todos os elementos necessários para um bom disco de rock, "... Ou Não" definitivamente vale, não só um, mas vários plays para que toda a riqueza do trabalho seja percebida. É mais uma obra que mostra o quanto cena independente brasileira segue forte.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música de amor - carregada de ódio - que se tornou um clássico dos anos 2000
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
As quatro músicas do Metallica que James Hetfield considera suas favoritas
Brian May escolhe os três maiores solos de guitarra de todos os tempos
David Gilmour revela quais as quatro bandas de prog rock que ele mais detesta
Camiseta oficial de Ozzy Osbourne zoa Roger Waters por fala que irritou a todos
A banda esquecida que Eric Clapton considera os pioneiros do heavy metal
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
O jovem guitarrista preferido de Stevie Ray Vaughan nos anos oitenta
O músico que fez o lendário Carlos Santana se sentir musicalmente analfabeto
Líder do Metal Church conta como a nova formação da banda foi montada
Tony Iommi escolhe o maior guitarrista de todos os tempos; "meu ídolo"
O álbum que Eddie Kramer acha que nunca foi igualado: "Nunca houve nada gravado como ele"
A única música do Iron Maiden que todos integrantes escreveram juntos
A reveladora última entrevista de Chester Bennington, do Linkin Park, antes de sua morte
O álbum punk favorito de Joey Ramone, o disco que ele levaria para uma ilha deserta

"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



