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Scorpions: o mundo continuava louco para eles em 1990

Resenha - Crazy World - Scorpions

Por Pedro Henrique Aragão
Postado em 28 de abril de 2018

Lançado em 6 de Novembro de 1990, Crazy World é uma espécie de retorno as raízes dos alemães do SCORPIONS, depois da tentativa um tanto quanto bem sucedida de soar como o Def Leppard, em Savage Amusement. Neste disco temos fatos extremamente importantes para história da banda, além de ser o último disco com o baixista Francis Buchholz, que saiu da banda ''amigavelmente''(SEI!!!!), é o primeiro álbum da banda que não foi produzido por Dieter Dierks, que estava no manche desde In Trance. Aqui o comando é dividido entre a própria banda e Keith Olsen, que a época já havia produzido nomes como Whitesnake, Fleetwood Mac, Gratefull Dead, Alice Cooper, Foreigner, Santana, Heart, Joe Walsh, entre outros. O álbum em si apresenta um SCORPIONS mais pesado, beirando o Heavy Metal; foi muito bem sucedido mundialmente, ganhando platina dupla nos Eua e contendo o maior hitsingle da banda em todos os tempos, a mega balada número um em vários países, Wind of Change. A turnê de suporte ao álbum teve dois anos de duração, rendeu também o vídeo ao vivo da apresentação em Berlim, Crazy World Tour Live ... Berlin 1991. Vamos ao petardo!

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A bolacha começa com a suingada Tease Me Please Me, uma letra bem ousada e que foi acompanhada por um clipe igualmente "caliente", ferroada certeira logo na primeira música. Percebe-se aqui também a diferença na produção, os sons das guitarras soam mais limpos e mais altos, longe de ser polido demais. Destaque também para a linha de baixo de Francis, sempre considerado (e com certa razão) um baixista mediano.

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Tudo o que foi dito antes se resume em Don’t Believe Her, introdução com guitarra base de fundo e bateria, para depois entrar Mathias Jabbs e seus solos desesperados. Um rock para não deixar nenhum defunto quieto em seu túmulo, uma ode ao hard rock de refrãos grudentos e melodias esvoaçantes. Esse single também rendeu um videoclipe que deixa transparecer como ela funciona bem ao vivo.

E a música de amor? Ela veio, contudo, não como balada. To Be With You In Heaven é um hino a paixão desenfreada e urgente. O trabalho de guitarras aqui é simplesmente fantástico, mesmo não sendo uma dupla de virtuoses, com certeza Schenker e Jabbs formam uma das dobradinhas mais entrosadas da história do Rock. A bateria pesada e classuda de Rarebell faz o contraponto perfeito nesta música. Finalmente vem...

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WIND OF CHANGE! A maior canção de sempre do Scorpions! O hino tardio da queda do muro de Berlin e contemporâneo da dissolução e reabertura da URSS. Pode ser cafona, melosa, piegas, não ser um rock para o estilo norte-americano, mas vai com assobio e tudo. Escrita e cantada magicamente por Klaus Meine, essa música tocou em todo o mundo no ano de 1991. Não me parece cafona quando pensarmos que foi escrita por um alemão crescido no pós-guerra, assombrado pele guerra fria e que viu seu país dividido. Não só o assobio introdutório como também o solo de Rudolf é marcante, além da letra profética prevendo "ventos de mudança". Assisti ao filme A Entrevista num cinema em Salvador, e pude perceber a força que essa música tem, mesmo passados tantos anos. E isso se ratifica quando notamos a quantidade de visualizações que tem seu clipe oficial.

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Considero este disco tão bom, que até as canções mais "fracas" como Restless Nights, soam bem aqui. Uma homenagem a vida na estrada, citando algumas cidades visitadas pelo quinteto germânico. Um bom rock, que se não se tornou um clássico nem fez parte do repertório da banda, não decepciona de maneira alguma. O mesmo vale para Lust Or Love, como um levada mais lenta e ar de meia balada, mas bem mais pesada, as letras perguntam sobre o velho dilema entre amor e luxúria. Na sequencia, Kicks After Six fala da vida cotidiana de muita gente que só espera uma oportunidade para enlouquecer e sair da realidade e das obrigações do mundo. Essa sequência de músicas não me agrada muito, mas passam longe de serem ruins. A banda toda como um verdadeiro conjunto de Rock, está na ponta dos cascos. A cozinha formada por Francis e Herman não deixa a peteca cair em nenhum momento.

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Hit Between The Eyes traz todo o peso que os gigantes teutônicos sabem imprimir ao seu Heavy Metal. Um letra bastante pesada para um música igualmente pesada. Finalmente destacarei a voz de Klaus, apesar da música parecer não exigir tanto assim do exímio vocalista, ela é uma, se não a mais alta do disco; mas Meine domina nos peitos e chuta de bate pronto. Money and Fame devolve a leveza - pelo menos das letras - ao disco, cinco segundos de bateria para vir as guitarras altíssimas da dupla Schenker/Jabbs. O peso continua dando a tônica, agora de uma maneira mais cadenciada. Peso maior vem com a canção título do álbum, Crazy World; um autêntico Metal com uma letra um tanto quanto desiludida daquele momento do mundo. Junto com Hit Between The Eyes e Wind of Change, mostra uma banda mais preocupada com as questões do mundo, e não apenas o mundo louco do rock n roll, ou seria o resto do mundo que estava realmente louco?

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O disco acaba com a balada por definição do Scorpions. Sim, Wind of Change é o maior sucesso da carreira deles. Mas Send Me An Angel é musicalmente o dna do Scorpions. A guitarra dedilhada, a voz de Klaus, e mais uma vez Rudolf assumindo o solo das músicas mais lentas. O que a difere é a letra, extremamente espiritual e reflexiva. Depois de uma série de músicas pesadas, tanto nos sons quanto nas letras, esta última veio como um sopro de esperança no final de um show.

Em minha humilde opinião, Crazy World pode não ser o melhor, mas é o mais coeso, consistente, maduro e menos datado disco desta, que é uma das maiores bandas de todos os tempos. Maduro, pois aborda temas novos na discografia dos germânicos: política, situação do mundo, suicídio; além disso, dá para sentir a segurança que cada integrante possui de seus instrumentos. Coeso e consistente porque tudo soa dentro do lugar, mesmo as músicas mais fracas; mesmo indo do Hard Rock ao Heavy Metal, mesmo falando de amor e guerra. Ouvindo recentemente ao disco inteiro para esta resenha, parece recém saído do forno, mesmo o modernoso Savage Amusement soa como anos 80; se não conhecesse a banda, não arriscaria data para essas músicas. Muito disso se deve a produção do Keith Olsen, que demonstra ter trazido nova inspiração para a banda, além é claro do compositor convidado Jim Valence.

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Crazy World e seu sucesso estrondoso foi o último tiro no alvo dos corações norte-americanos. O próximo disco que será alvo de minha trilogia de resenhas ( sim, eu adoro Matrix e Senhor dos Anéis) , trará um Scorpions mais pesado e sombrio, talvez tentando sobreviver ao grunge, e como quase todas as bandas de Hard Rock da época, atirando totalmente sem direção.

A primeira resenha da trilogia está no link abaixo.

Scorpions: "Savage Amusement", divertido, não tão selvagem

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Sobre Pedro Henrique Aragão

Bancário, estudante de administração e um apaixonado por Rock n'Roll. Amante do Hard Rock de bandas como Scorpions,Led Zeppelin e Guns n'Roses; não dispensa o Rock nacional de bandas como Legião Urbana, RPM, Engenheiros do Hawaii, Matanza e Cachorro Grande.
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