Greenbeard: Direto dos anos 70, mas sem modernizar o que é sagrado
Resenha - Lödarödböl - Greenbeard
Por Marcelo Hissa
Postado em 04 de fevereiro de 2018
Mais um trio americano de Stoner metal setentista que vai se divertindo sem ter sua obra devidamente conhecida. Lödarödböl é o terceiro álbum do Greenbeard e é executada no timbre de 40 anos atrás. Como de tradição da banda são apenas 6 música (a sétima faixa é apenas um teaser) embalado para viagem numa belíssima capa.
A sonoridade anos 70 aqui é regra aplicável a todas as faixas. Essencialmente Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple em um liquidificador; nem precisa ser original (é até melhor ser fiel à seita). Swing abre com uma cavalgada mais rápida (dentro dos limites), fazendo aquele som seminal que Led criou para originar o heavy metal, tem até um toque de grunge nos vocais dobrados de Chance Parker. Em alguns momentos o vocal se torna mais espectral e o ritmo adota uma cadência que mistura o doom com psicodélico como em Lanesplitter e Wyrm. Essa última revela as virtudes musicais do trio com suas mudanças de tempo e o timbre de Chance Parker que remete ao Ozzy original de fábrica. Aliás, se o Black Sabbath fala na Sweet Leaf, o Greenbeard fala da Battleweed. Apesar dos 40 anos de distância as duas músicas são parentes próximas, seguem a fórmula do ritmo martelante persistente que da metade para o fim deslancha em um embalo acelerado, mas puxa o trem de pouso e aterrisa serena. O Deep Purple não foi esquecido, aparece justamente com embalo acelerado e a toada dançante da faixa Young Concussion.
Não precisa ter usado calça boca de sino, ter vivido na ditadura militar ou visto a música pesada nascer em shows montados sob drogas de grosso calibre para curtir e entender a beleza do Greenbeard. Todos os pais da revolucionária música pesada foram devidamente homenageados. Não é original, mas é muito melhor do que aqueles que tentam a heresia de "modernizar" o intocável.
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