Voivod: Cada vez mais imerso no Progressivo
Resenha - Nothingface - Voivod
Por Vitor Sobreira
Postado em 14 de janeiro de 2018
O Canadá é o segundo maior país do mundo em proporções territoriais, bem como uma das maiores potencias globais, e, é claro que em se tratando de Rock e Heavy Metal não poderia deixar a desejar, tendo entre seus medalhões bandas como Rush, Anvil, Kataklysm, The Birthday Massacre entre várias outras. Ah, e é claro que não poderíamos deixar de lado o Voivod, que é o motivo por qual escrevo estas linhas. A banda que está na ativa há mais de 35 anos, dispensa maiores apresentações e é uma das que integram o imaginário de grande parte dos apreciadores de Música Pesada.
O ano era 1989 e os canadenses Denis "Snake" Bélanger (vocals), Denis "Piggy" D’Amour (guitarra – falecido no dia 26 de agosto de 2005), Jean-Yves "Blacky" Thériault (bass) e Michel "Away" Langevin (bateria – também responsável pela arte de capa) contabilivam cinco álbuns de estúdio (além de várias demos), com o então recente ‘Nothingface’ lançado em 13 de outubro, pela MCA Records – em uma parceria que duraria até 1993, com ‘The Outer Limits’.
Apesar dos fortes vínculos com o Thrash Metal, o Voivod estava cada vez mais imerso no universo do Progressivo, e curiosamente rolou até mesmo um cover do Pink Floyd com "Astronomy Domine", do disco ‘The Piper at the Gates of Dawn’ (1967). Mas, é claro que isso é apenas um detalhe, se levarmos em consideração a ousada e visionária proposta sonora (e porque não também, temática e gráfica) que apresentaram praticamente desde seus primórdios. Pode apostar, que a audição de algum trabalho da banda canadense de Quebec, será sempre uma agradável surpresa, e com os pouco mais de 44 minutos de ‘Nothingface’, não será diferente.
Riffs precisos e ao mesmo tempo dissonantes, bateria ensandecida, linhas de baixo eletrizantes e um vocal limpo com bastante interpretação, se fazem presentes nas nove composições, que abusam tanto de passagens mais rápidas quando de nuances mais detalhadas. As letras aparentemente desconexas, tratam por alto, sobre ficção científica, filosofia, espaço e temas similares, mas que definitivamente combinam com o complexo e interessante instrumental. A produção e gravação de Benoit Lavallee, Glen Robinson e Rob Sutton captou bem o que as músicas pediram.
O álbum – que atingiu a posição #114 do ‘chart’ Billboard 200 – apresenta músicas muito boas e em momento algum o nível de qualidade abaixa. Basta uma conferida rápida em momentos marcantes como a abertura ‘The Unknow Knows’, passando pela faixa título "Nothingface" e ainda por "Astronomy Domine", que apesar de ter ficado a cara do Voivod e (obviamente) mais pesada, manteve a essência original dos britânicos e ainda ganhou um vídeo clipe! "Inner Combustion" e o encerramento "Sub-Effect" também são mais algumas que podem lhe surpreender de imediato.
Para quem ainda não conhece o som do Voivod, pode imaginar uma miríade de loucuras… Mas, se acaso queira se atrever, comece por este clássico mesmo!
Faixas:
01. The Unknown Knows
02. Nothingface
03. Astronomy Domine (Pink Floyd cover)
04. Missing Sequences
05. X-Ray Mirror
06. Inner Combustion
07. Pre-Ignition
08. Into My Hypercube
09. Sub-Effect.
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