Division by Zero: Prog Metal de altíssimo nível
Resenha - Indepent Harmony - Division by Zero
Por Marcio Machado
Postado em 03 de janeiro de 2017
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Ao falarmos em Prog Metal, primeira imagem que temos são do mainstream do gênero, Dream Theater, Symphony X ou Pain of Salvation. Mas escondido no meio de todos esses nomes grandes, uma saltou ao meus olhos por um acaso, o "Division by Zero" e seu "Indepent Harmony". A banda polonesa parece bem desconhecida, até mesmo informações ou downloads são difíceis de se encontrar, mas o fato é que eles poderiam tranquilamente figurar entre os grandões do gênero, pois em seu segundo disco, lançado em 2010, em pouco mais de 40 minutos, os caras mostram uma qualidade absurda de peso, técnica e groove.
Após uma breve introdução, somos jogados direto na faixa título, e que melhor jeito de se abrir um disco do que com uma faixa pesada, harmônica e repleta de técnicas. Tentar detalhar uma música do gênero progressivo é chover no molhado, mas há de se ter de falar de como as coisas foram gastas aqui, chega a encher os olhos com água de tanta beleza, que timbre de bateria, bumbo e caixa soam lindamente numa timbragem de peso e groove, em perfeita sintonia com a guitarra que extrapola peso, já fazendo gancho com a harmonia dos teclados, que não soa somente como um fundo ou barulhinhos mirabolantes, só senti falta de um baixo mais presente, fato coberto pelo vocal que destrói, oscilando entre harmonia e um gutural que chega a ser grotesco de tão cru. Um belo chute na porta de abertura.
"Wake Me Up" continua com peso, e quanto peso nessa abertura, para depois as coisas amenizarem um pouco trazendo uma levada mais tranquila, até novamente os guturais darem as caras, e como Slavek Wierny transita entre o melódico e o agressivo numa facilidade absurda. E ainda temos um solo de teclado bem executado que faz inveja até mesmo a Jordan Rudess.
A próxima faixa traz uma breve passagem em sua abertura que nos faz pensar estar ouvindo uma faixa do Fear Factory, mas logo a melodia nos faz ver que se trata de outra coisa. Quanta melodia essa "Glass Face" nos trás, como não se apaixonar de cara por algo assim?! E uma certa passagem no meio da música irá fazer os fãs de Dream Theater baterem palmas, mas nada sem tirar a identidade própria que a banda já tem, em momento algum eles soam como uma tentativa de cópia de algum outro nome do estilo. E aqui está o melhor solo do disco inteiro, que coisa mais linda.
"Not For Play" é o momento mais calmo do disco, espécie de interlúdio, com teclado e voz, é a hora de tomar um fôlego, para logo em seguida nos depararmos com a faixa instrumental da obra, algo indispensável para para qualquer disco de Prog Metal que se preze. Não irei me estender na faixa, pois é tudo o que se espera de algo assim, cheia de quebra de tempos, solos absurdos, e mais uma amostra do que Mariusz Pretkiewicz é capaz de fazer em poder das baquetas em suas mãos, como esse cara é monstro.
'Don't Ask Me" finalmente traz algum destaque pro baixo, e talvez seja a faixa mais branda (exceto a faixa interlúdio citada mais acima) do disco, sem muitos exageros e mais calma, mas não deixando em momento algum o nível cair, e abrindo caminho para o encerramento. "Intruder" chega com tudo que tem direito para gastar o último sopro, com uma quebradeira em sua metade, e até mesmo um flerte com jazz.
Sem se prolongar muito, sem maiores destaques para uma única faixa, pois todo o álbum se mostra com alta qualidade, um ótimo trabalho, talvez pela minha falta de informação, mas que me parece não muito reconhecido e soa meio obscuro em meio aos demais, ao passo que deveria sim figurar entre os grandes, pois o Division by Zero mostra como render um trabalho de muita técnica sem em momento algum soar chato ou cansativo. Recomendadissimo a quem não conhece e ama o estilo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
Ingressos para o festival Mad Cool 2026 já estão à venda
6 álbuns de rock/metal nacional lançados em 2025 que merecem ser conferidos
O histórico compositor de rock que disse que Carlos Santana é "um dos maiores picaretas"
Max Cavalera diz ser o brasileiro mais reconhecido do rock mundial
M3, mais tradicional festival dedicado ao hard rock oitentista, anuncia atrações para 2026
A categórica opinião de Regis Tadeu sobre quem é o maior cantor de todos os tempos
Para Wolfgang Van Halen parte do público não consegue ouvi-lo sem pensar no seu pai
As cinco músicas dos Beatles que soam muito à frente de seu tempo
O hit do Led Zeppelin que Jimmy Page fez para provocar um Beatle - e citou a canção dele
Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
A banda que vendeu muito, mas deixou Ronnie James Dio sem ver a cor do dinheiro
Brasileiro se torna baixista temporário do Crashdiet
Os 20 álbuns de classic rock mais vendidos em 2025, segundo a Billboard
Baterista promete mais groove no próximo álbum do Saxon
O hit da Legião Urbana que Renato compôs para Marisa Monte e fala sobre pureza
Eloy Casagrande, Aquiles Priester e Mike Portnoy mandam mensagens para Jay Weinberg
O hábito irritante de Humberto Gessinger que fez ele levar um "mata-leão" do colega de banda


Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



