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Iron Maiden: Uma ópera rock multitemática em Book of Souls (2)

Resenha - Book of Souls (Disco 2) - Iron Maiden

Por Rodrigo Contrera
Postado em 07 de dezembro de 2016

Iron Maiden - Mais Novidades

Após o bastante variado primeiro disco, The Book of Souls continua. Com mais cinco faixas que fazem um bom contraponto aos pontos fortes do primeiro disco, que terminou com a faixa título.

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Death or Glory

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TBOS abre com uma faixa sem rodeios. Uma faixa que remete - como várias outras - a clássicos do próprio Maiden, e que não se perde em grandes floreios verbais. Uma faixa - Death or Glory - sobre Manfred von Richthofen, o chamado Barão Vermelho. Isso fica claro por diversas dicas da canção, que se ambienta na Primeira Grande Guerra, não atualmente nem na Segunda, que deu tanto pano para a manga em outros CDs.

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Uma surpresa, nesta faixa, é que o tema guerra é abordado sem lamento. Pois no caso a figura do barão é glorificada, ele fala em primeira pessoa, e nada parece nos levar a pensar no assunto como uma pena. A faixa diz claramente, morte ou glória, e é nessa base que ela se desenvolve. Algo que surpreende um pouco, dado que a banda, das várias vezes em que abordou o assunto guerra, o fez lamentando o tema. Ocorre que esta faixa não é do Steve, mas do Adrian e do Bruce. Não há aqui nada a lamentar. A guerra, o combate, é abordada/o de forma direta, como um fato.

Note-se que a figura do barão sempre foi motivo de curiosidade. O sujeito era um cara que não se conformava, na Primeira Guerra, em não lutar, em não ir para a guerra, e que teve muita sorte ao ser destacado para os batalhões de aviação da Alemanha. O cognome de barão vem do fato de ele ter sido um sujeito de família nobre, mas nem sempre, nem por todos, ele foi chamado como tal. Na verdade, cada nação o chamou de várias formas, e ele chegou a ser tão famoso em sua época que deu margem até a uma autobiografia.

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Até hoje considerado o ás dos áses de aviação no mundo, Richthofen deu origem a muito o que falar para além de sua vida. Ele ficou conhecido por ter abatido mais de 80 aviões em combate, mas, ao contrário do que se pode pensar, também foi abatido - embora quem tenha sido o dono da façanha é ainda fato controverso. Richthofen morreu com apenas 36 anos, mas muito famoso, e realmente voava em avião sob medida, todo vermelho (daí seu cognome Barão Vermelho). Era um sujeito rebelde, que gostava do que fazia, e que morreu na brincadeira.

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A faixa é uma das preferidas - aparentemente - por Bruce nos shows da turnê do Book of Souls, sendo amplamente festejada pela galera que assiste. Claro que o refrão ajuda, mas não apenas isso. É uma faixa jovem, que foge do estigma de chatice que para muitos passou a dominar as obras do Iron desde X-Factor para cá. Aqui não há espaço nenhum para rock progressivo. É uma faixa de abertura (do segundo disco) que dá mais do que vontade de ouvir mais.

Shadows of the Valley

Mas o CD segue, e agora volta a ter a pegada progressiva que muitos identificam com o último Iron. Neste caso, com uma narrativa soturna, de um homem perdido em meio a um vale, sem muita saida a não ser esperar por um melhor que não vem.

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Mas é curioso como nesta faixa o clima remete novamente a um vale de sombras, e a um período que costumamos ver em filmes de época, ou em romances, como o próprio O Vermelho e o Negro, sobre o qual o Steve já fez uma faixa. É um clima anguloso, escuro, com habitações sombrias e sem muitas expectativas à vista.

Embora tenha procurado, não encontrei as fontes para esta faixa. Não está dentre as faixas preferidas pelos fãs, mas mesmo assim é uma faixa acima da média, se formos reparar que nos CDs do Iron sempre existem faixas menores que não chamam a menor atenção. Neste caso, fica claro o lugar ocupado pela música, mas ela, mesmo assim não decepciona.

Claro que também essa questão das referências aqui se aplica, com reminiscências de faixa de SSOASS (se não me engano), bem na abertura, por exemplo. Outros verificarão outras referências em outras faixas, já citadas, mas isso deixo a cargo de cada um. Mas há uma vontade de autorreferencial no CD, isso é mais do que certo. Uma forma de homenagear a si mesmos, sim, mas uma forma de contemplar os fãs com produtos sob outro formato.

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Tears of a Clown

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Aqui, antes de entrar nesta faixa, que tanto me diz pessoalmente (fiz cursos de palhaço diversos, e sou ator bissexto, em papéis em geral patéticos ou engraçados), é preciso falar sobre uma característica de muitas faixas do Iron que não passa batida para a maioria dos seus fãs: sua pegajosidade, sua vontade de cantá-las, de sair por aí emulando o Bruce, especialmente nestas faixas em que não são necessários grandes dotes musicais.

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Não é a primeira vez que isso me vem à mente. Em outros CDs, que ainda resenharei, isso fica mais do que claro, especialmente depois de SSOASS. Porque desde então meio que o Iron se rendeu ao próprio estilo, e à sua vontade de fazer sucesso, no sentido de se sentir cantado e tudo mais. Claro, vão me dizer que antes isso já se aplicava. Tudo bem. Mas menos. Não irei aqui elencar exemplos de outros CDs. Só irei explicar como isto se aplica a esta faixa em especial.

Mas antes, como quase sempre, um excurso pessoal (neste caso, bem doloroso). Bom, sou jornalista. Sou formado em jornalismo e filosofia. Nesse sentido, minha excursão nas artes cênicas se deu, em primeiro momento, por fora. Convidado a assistir os ensaios de umas peças de um grande diretor, fui e me apaixonei. Ocorre que ao mesmo tempo comecei a me enfronhar em minha expressividade - e a, em simultaneidade, perder minha mulher.

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Lembro-me bem de que na primeira peça em que falei um texto meu ela achou que eu estava fazendo isso para ela. Fiquei triste com isso, porque era para mim. Eu precisava me expressar. Precisava sair de mim mesmo, e as artes cênicas era o que eu tinha à disposição para isso. Mas eu não sabia como. Simplesmente me escudei na força de vontade e passei a fazer cursos de palhaços, cursos outros, e a ir ver peças aqui e acolá para tentar aprender do ofício. Aprendi muito, mas ela e eu então nos afastávamos cada vez mais (e o pior é que eu não sentia isso).
Porque um artista de palco fica sempre em busca de si e do outro, mas numa luta absurda em busca de aspectos que lhe escapam (e que muitas vezes - e aí é que entra a música - estão em seu próprio sofrimento, em suas próprias lágrimas). Pois eu não conseguia jogar para fora minha tristeza, e queria, estimava, implorava, para que elas pudessem sair por meio da arte. Por meio de textos que eu fazia, e tentativas em que eu insistia, quase sempre sem sucesso.

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Um artista do palco já é um sujeito que sofre muito em seu afazer. Um palhaço, então, é algo ainda maior e mais grave. Porque um palhaço busca fazer rir, e muitas vezes seu talento está justamente em seu lamento, em características pessoais inalienáveis que a pessoa-palhaço recusa mas que justamente dão guarida àquilo que irá funcionar. Porque um palhaço busca funcionar, no palco.

Lembro-me bem de quando eu fazia a oficina de palhaço com uma especialista do bairro das Perdizes, em São Paulo. Eu insistia em aspectos para que funcionassem no palco, sendo que nesse afã louco por me encontrar me afastava da pessoa que mais eu amava - minha esposa.

Mas minha busca precisava ser frenética - porque minha dor era profunda demais. Havia algo que precisava SAIR de mim, e eu não sabia o que era.
Esta faixa do Book of Souls é uma das menores de todas. E é cantada de forma a podermos acompanhá-la. Não é uma faixa feita para chamar a atenção, e tem características intimistas que podem afastar quem não gosta do assunto, ou quem não imagina o que seja isso sobre o que o narrador fala. Mas é uma faixa cantada, e que nos chama a cantá-la. Me dói demais fazê-lo, porque ela me lembra essa época em que eu me procurava, e em que me distanciava dela. Mas também me recorda que eu me encontrei, de alguma forma. Tive sucesso.

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Note-se que, depois dos cursos de palhaços - um deles, com um especialista estrangeiro, em que me dei bastante bem -, eu fiz diversos papéis no teatro, num grupo que me acolheu, e que tive bastante resultado, também em termos de reconhecimento. Não fiquei na teoria, quero dizer, ou seja, entendi qual era minha pegada, e só não pude fazer mais sucesso em outros papéis pelo simples andar da carruagem.

Claro, a faixa remete a um assunto muito tradicional, que diversos outros atores já abordaram. Podemos notar que existem óperas sobre o assunto (por exemplo, Il Pagliacci, de Leoncavallo, que sei cantar mais ou menos, e que tentava enquanto fazia números na oficina de palhaço), mas desconheço se existam muitas músicas de bandas de rock (e heavy metal, sendo mais específico), sobre o assunto. A faixa, seja como for, permanece em minha mente com o tempo, e a dor só aumenta, pois vem uma das faixas mais sofridas do Iron que eu conheço.

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Claro, poderão dizer que eu me "esqueci" daquilo que seria mais importante: o fato de a faixa ter sido feita em homenagem a Robin Williams. Sim, confesso que isso é relevante; mas preferi me focar na ideia mesma de um choro por detrás de um palhaço, algo que vai muito além de uma simples homenagem. Podem criticar e tudo, mas não ligo. Para mim, a questão das lágrimas do palhaço é algo vivencial, que conhece quem já foi palhaço, quem já se sentiu na pele de um dele, e quem conhece algo do drama. O drama do Robin é algo eminentemente pessoal, e nem entrarei nisso.

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The Man of Sorrows

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Fãs de longa data (da década de 80) ou fãs recentes que entraram em contato com obras antigas do Iron Maiden devem se lembrar facilmente da música "Evil that men do", no SSOASS. É a última do lado B, e me marcou profundamente. Pois é uma faixa de lamento tal qual Hallowed be thy name, mas com o intuito de marcar a dor de uma pessoa pela outra. Claro, tem todo o aspecto do destino, da condenação, do sofrimento inelutável também nessa faixa. Mas o que me pega é a amargura (sorrow) que me deixava. Eu me lembro que pensava em outras pessoas quando a ouvia, e que sofria junto.

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Pois eis que este CD quase termina com esta faixa, The Man of Sorrow. E para comentá-la preciso fazer mais um excurso pessoal, quase alheio. Esse excurso tem a ver com o destino que meu pai sofreu, após ser diagnosticado com psicose, e se meter profundamente com bebida, e ao não conseguirmos (a família) lidar com tudo isso. Pois meu pai vivia nos bares, à solta, tentando conversar com pessoas nos bares, e isso durou anos, até um dia ele ter um ataque de asma fulminante em casa. Desde então, meio que venho sendo acompanhado pela ideia da amargura. Porque me causava uma amargura terrível vê-lo, ali, disponível, nos bares, para quem quisesse ver, sendo que eu sentia pena e vergonha, ao mesmo tempo. Com o passar do tempo, porém, e com eventos que não me cabe relatar (minha separação o maior deles), fui eu que caí nisso tudo. Fui eu que passei a me comportar como ele, e foi por meio dele que passei a compartilhar amargura (teve até momento em que pessoas me paravam e questionavam por que eu andava tão triste).

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Ocorre que esta música, cuja fonte desconheço, fala disso mesmo. É uma música triste, que por vezes cai num ritmo parado que dá nos nervos, mas cuja intenção parece ser bem essa, colocar o ouvinte em estado de compreender o que acontece com esse homem com amargura. Pois essa situação eu conheço, e entendo bastante bem o que diz a letra, tão bem que me bate tão forte quanto Evil that men do, embora, cá entre nós, não me sinta especialmente imbricado por esta última. É que com Evil eu cantava a plenos pulmões, e esta The Man with Sorrows não leva a tanto. É uma faixa que quase nos leva ao clima de um X-Factor, que já resenhei neste site.

A faixa, tirando esse fato pessoal, é bastante simpática, e possui trechos melódicos que parecem remeter a bandas de hardcore, ao invés de estarem limitadas ao gênero de heavy metal. Mas são pequenos trechos. Há solos interessantes e bem sensíveis, com pegadas blues que não existem em outros pontos do CD, e um fim tranquilo que nos faz acreditar que o Iron pode ser também outra coisa. Algo quase enevoado, como na letra.

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Empire of the Clouds

Mas o CD continua, e agora com esta obra-prima que usa como base a história da última viagem do R101, dirigível que em época já bem passada acabou sendo destruído por se envolver numa tempestade.
A história é prenhe de histórias desse tipo. Neste caso, a aposta da banda foi retomar uma história quase esquecida para capturar seu valor humano e histórico. Nem comento nada da faixa, que me agrada sobremaneira, e não necessariamente por contar com o Bruce tocando piano ao começo e ao final. Não, a faixa toda me emociona. Posto um vídeo com trechos de documentário sobre o caso para que quem quiser possa reviver o assunto. O vídeo tem também as legendas.

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É nisto que a banda realmente me conquista: em retomar assuntos passados, por meio do rock, para torná-los mais vívidos a nós. E aposto em dizer que seria em grande parte por isso que o Iron é a grande banda que é: com ela aprendemos história, nos interessamos por fatos passados, de relevância universal e humana, e com ela nos deliciamos em reviver dramas que já se foram, com o simples intuito de curtir a música. É isso o que em grande maneira me atraiu e ainda me atrai na banda. Seu descompromisso em afirmar que há assuntos mais relevantes do que a vida comezinha de cada um. Porque realmente esses assuntos existem. E o drama humano das 48 vidas que se foram naquele acidente revelam muito sobre nós. E não conseguimos deixar de nos sentir compungidos com o que vemos, e curtimos. Como sempre, no que se refere ao Iron.

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De resto, deixo-os curtindo esta obra, que para mim vale muito bem os cinco anos de espera, desde The Final Frontier. E que espero ver quando chegar por aqui. Quem sabe eu consiga.

Espero que tenham apreciado.

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Sobre Rodrigo Contrera

Rodrigo Contrera, 48 anos, separado, é jornalista, estudioso de política, Filosofia, rock e religião, sendo formado em Jornalismo, Filosofia e com pós (sem defesa de tese) em Ciência Política. Nasceu no Chile, viu o golpe de 1973, começou a gostar realmente de rock e de heavy metal com o Iron Maiden, e hoje tem um gosto bastante eclético e mutante. Gosta mais de ouvir do que de falar, mas escreve muito - para se comunicar. A maioria dos seus textos no Whiplash são convites disfarçados para ler as histórias de outros fãs, assim como para ter acesso a viagens internas nesse universo chamado rock. Gosta muito ainda do Iron Maiden, mas suas preferências são o rock instrumental, o Motörhead, e coisas velhas-novas. Tem autorização do filho do Lemmy para "tocar" uma peça com base em sua autobiografia, e está aos poucos levando o projeto adiante.
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