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From the Inside: Uma biografia crítica do homem por Alice Cooper

Resenha - From The Inside - Alice Cooper

Por Rafael Fonseca
Postado em 02 de maio de 2016

Meu intuito agora é convencê-los.

Em novembro de 1978, Alice Cooper lançava um disco bastante diverso de seus discos anteriores, From The Inside. O álbum é conceitual e narra sua própria história enquanto "habitante" de um sanatório de New York, em 1977. Alice preferiu se trancar em sanatório para tentar acabar com seu alcoolismo. Em algumas entrevistas, ele próprio dizia beber dois litros de uísque por dia e após algumas frustradas tentativas de reabilitação ele escolheu essa profunda reclusão. Em dez músicas, Alice se divide para contar histórias suas e de outros Inmantes. Criando um álbum que melhor que qualquer biografia sua, conta a nós sobre o medo da loucura e a vergonha do vício de um artista a se perder. Tentarei com algumas canções descrever esse sentimento que permeia o disco.

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Em Millie and Billie, o casal preso no sanatório depois planejar e matar o marido de Millie.

"All sliced up and sealed tight in baggies
Guess love makes you do funny things",

Introspectivo, é possível perceber logo nas primeiras linha dessa balada que Alice os usa para pensar na sua própria situação, ele poderia se curar ali?

"Billie I wonder why are we insane
Will we ever get better
Will we stay the same
Billie I'm worried

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Millie don't worry
No one knows our pain
Being in love is crazy not alone that way
I know you're worried today"

Era um louco que sem querer jogou uma galinha na plateia em um show que a despedaçou em segundos? Era um louco por que cantava em seus shows com uma serpente pendurada no pescoço? O disco é uma profunda análise de si, e creio nunca ter lido nada sobre isso.

Alice conseguiu só se livrar do álcool por volta de 1985, oito anos depois dessa internação.

Em outras músicas como Jacknife Johnny, Nurse Rozetta e Serious Alice pretende narrar outras histórias para compreender a sua própria.

Quando lançado, poucos deram a devida atenção ao disco. A resenha da Rolling Stones da época foi bastante enfática ao desdizer o disco por sua profundidade aparente tanto em composição quanto musicalmente. O que relegou o disco ao lado B da carreira de Alice. Porém, para mim é um dos discos mais sinceros de sua vastíssima carreira.

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Três músicas ainda merecem ser analisadas, From the Inside, Quiet Room e How you gonna see me now. Na primeira delas, From The Inside, música que abre o disco, Alice nos revela que no começo a bebida era algo engraçado, a ressaca, as turnês, tudo isso era divertido e ele não percebia como o vício ia se tornando mais arvorado.

"Drinking whiskey in the morning light
I work the stage all night long
At first we laughed about it
(...)
It's hard to see where the vicious circle ends"

E quando chega ao sanatório, ele é só mais um caso.

"I'm stuck here on the inside looking out
That's no big disgrace
Where's my makeup where's my face on the inside"

Preso dentro dele mesmo procurando sair de si. E onde está sua maquiagem e seu rosto? Dentro, tentando sair, o vício ocultou ele de si próprio. A profundidade dessa questão está fora da minha compreensão psicológica, porém estar preso em si mesmo é algo que passamos diariamente quando evitamos o espelho, desviamos o olhar. Calamo-nos sempre diante da verdade.

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Em Quiet Room, Alice descreve sua solidão, seus pensamentos negativos e sua falta de vontade de mudar o jogo. Ele está preso em um quarto onde sequer permitem que seus sapatos tenham cadarço.

"Plastic forks and spoon
No laces in my shoes
They all know what I tried to do
Outside the Quiet Room"

Entretanto, a parte mais reveladora vem a seguir, quando Alice descreve que o Quarto não é novidade para ele, pois é nele que Alice foi realmente ele mesmo. Os gritos, os sonhos estranhos, a reclusão tornaram-no diante do Quarto em um confidente sincero.

"I just can't I just can't get these damn wrists to bleed"

Quiet Room é sua confissão mais verdadeira.

"I'm Alone".

Em How You Gonna see me now, Alice procura descrever como será quando sua mulher o ver novamente fora do sanatório. A música é sobre o medo e a vergonha. Mudamos tanto quando estamos dentro de nós mesmos que ao sairmos não conseguiríamos viver o passado? A mulher que o espera, a esposa, é também metáfora do passado, a vida que ficou de fora do sanatório. Vale lembrar: a música já foi usada por aqui em uma propaganda de Parabólicas, o que dizer da plasticidade da Arte. kkkkkkkk Continuemos.

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"Listen darlin' now I'm heading for the west
Straightened out my head but my old heart is still a mess"

O sanatório não o curou, talvez o tenha deixado mais confuso. Ao contrário do Quarto quando ele voltar pra casa não terá lugar para se esconder. É a vida que voltará para ele. Voltar é enfrentar a realidade. É confrontar o medo e a vergonha.

"When I walk in the door
There'll be no place to hide"

É um disco brilhante e honesto de um artista que poucos costumam ouvir de verdade. Deem uma chance, folks!

Termino essa desarrazoada análise comentando sobre a capa do disco. O rosto de Alice Cooper como capa de disco é algo comum em sua discografia, porém aqui temos algumas nuances interessantes. Os grandes olhos dão ao disco sua identidade de confissão . Arregalados e assustados conforme o desespero e o medo de estar ali, preso no quarto branco, cercado de gente maluca e colheres de plástico. A boca semi aberta talvez seja a vontade de dizer logo de uma vez tudo que descobriu de si dentro do sanatório ou quem sabe está entreaberta após o grito desajustado dos loucos. Nas bochechas, vê-se os contornos do que seria a porta de entrada do sanatório. Aqui escolhemos como ouviremos o disco: pelos olhos, pela boca ou adentraremos o sanatório como Alice o fez. Achtung!

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