Duran Duran: ex-Red Hot Chili Peppers em 3 faixas do novo álbum
Resenha - Paper Gods - Duran Duran
Por Roberto Rillo Bíscaro
Postado em 17 de outubro de 2015
Nota: 8 ![]()
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Dia 11 de setembro, o Duran Duran lançou seu 14º álbum, Paper Gods. Se o anterior All You Need Is Now fora retorno estilístico e estiloso ao auge de 1983-4, Paper Gods é meio-termo entre contemporaneidade e a fase funkeada de Notorious (1985). Nile Rodgers colabora e durante um par de milissegundos da faixa-título, a gente acha que ouvirá outra Wild Boys, clássico produzido pelo inventor do Chic.
Dualidade – contradição – é a tônica de Paper Gods; nada surpreendente para uma banda que sempre viveu na ambiguidade entre fazer música "séria" e emplacar hits, ser adulada/idolatrada. Na faixa-título, Simon alfineta as celebridades-nada e a superficialidade destes tempos, apenas para pouco depois duetar com a trashete Lindsay Lohan, na deliciosamente vulgar Danceophobia. Quero ver algum duranie resistir de mexer o bundão com a batida pop facinha da faixa produzida pelos modernos Mr. Hudson e Josh Blair. E a voz rouca da luxo-lixo LiLo recitando baboseiras no papel de "médica" é a medida exata da deliciosa sordidez que o Duran pode produzir. E nada disso é crítica destrutiva: sou duranie e essa banda tem um álbum chamado Pop Trash (2000).
A generosa porção moderna de Paper Gods tem momentos brilhantes como a EDM de Last Night in the City, com a "divada" participação de Kiesza e a pipocante Change the Skyline com suas 2 linhas marcantes de teclado e vocais adicionais do aerado dinamarquês Jonas Bjerre. Na segunda audição você já estará cantarolando os refrães. O álbum está repleto de convidados, mas sozinho o Duran também faz bonito, como na delícia balouçante de Face For Today ou na relaxada (no bom sentido) Sunset Garage.
A voz de Le Bon – manipulação de estúdio ou não – continua encharcada em libido; daí imagine combiná-la com a guitarra sexual de Nile Rodgers em eletrofunk oitentista, mas com produção de 2015? Assim é Pressure Off, ponto alto do conjunto; diabrete de canção com vocais adicionais de Janelle Monáe.
John Frusciante, ex-guitarrista do Red Hot Chili Peppers contribui em 3 faixas. What Are The Chances constitui a porção baladeira filler em companhia de You Kill Me With Silence (sem John). O ex-Pimenta também está em The Universe Alone, que fecha a versão standard de Paper Gods em crescente clima de catarse. Puro drama, perfeito pra voz de Simon. Butterfly Girl é a mais contagiante das participações de Frusciante; eletrofunkão 80tista com vocais femininos anônimos duetando com Simon.
Dada a facilidade de obter álbuns na era internética, sugiro a Deluxe Edition, com 3 faixas adicionais. O destaque vai para Planet Roaring, que abre sua viagem dance com sintetizadores à Giorgio Moroder.
O Duran Duran du jour não veio com intenção de reviver/requentar seu passado de glórias. O quarteto ainda tem fôlego para tentar coisas novas, investir em sonoridades atuais. É essa junção de passado, presente e indicativos para o futuro que faz de Paper Gods tão bem sucedido.
Esta playlist tem uma porção de material do álbum e coisas-bônus.
Tracklist
1. Paper Gods (feat. Mr Hudson)
2. Last Night In The City (feat. Kiesza)
3. You Kill Me With Silence
4. Pressure Off (feat. Janelle Monae and Nile Rodgers)
5. Face For Today
6. Danceophobia
7. What Are The Chances?
8. Sunset Garage
9. Change The Skyline (feat. Jonas Bjerre)
10. Butterfly Girl
11. Only In Dreams
12. The Universe Alone
13. Planet Roaring (Bonus Track)
14. Valentine Stones (Bonus Track)
15. Northern Lights (Bonus Track)
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