Overkill: Os 30 anos incendiários de "Feel the Fire"
Resenha - Feel The Fire - Overkill
Por David Torres
Postado em 21 de abril de 2015
Um dos melhores e mais importantes trabalhos da carreira dos norte americanos do Overkill completa hoje o seu 30°aniversário, o brilhante e incendiário "Feel the Fire", lançado em 15 de abril de 1985, através da gravadora Megaforce Records. Dono de uma singela, porém emblemática e imponente capa que já aponta o que ouvinte tem em mãos, "Feel the Fire" é um registro impecável do primeiro ao último acorde.
Esse petardo se inicia lenta e progressivamente, até que os alto-falantes explodem com "Raise the Dead", uma faixa de abertura que é um legítimo arrasa-quarteirão, com seus "riffs" afiadíssimos, levada extremamente empolgante e vocais fenomenais. Nesse "debut", já é totalmente perceptível as influências do Metal tradicional concebido por monstros como Judas Priest e Iron Maiden, bem como do Punk Rock setentista na sonoridade desenvolvida pelo quarteto. Logo em seguida, temos um tremendo hino, "Rotten to the Core". Seus "riffs" marcantes e o nome da canção cantado em uníssono ao longo da música possuem um poder descomunal e que não deixa nenhum ouvinte indiferente. Um verdadeiro espetáculo!
O Speed/Heavy/Thrash de "There’s No Tomorrow" dá continuidade ao disco com seus andamentos vertiginosos e seus trechos marcantes, permeados por sábias mudanças de andamento nos momentos propícios. A fabulosa "Second Son" é a quarta música do registro e recheada de sentimento em cada acorde. A voz sempre impecável de Bob "Blitz" Ellsworth transmite uma energia contagiante a cada estrofe cantada.
Sem fazer o ouvinte perder o interesse, a intensa e devastadora "Hammerhead" não deixa pedra sobre pedra e entrega mais uma enxurrada de "riffs" implacáveis. A faixa título, "Feel the Fire", por sua vez, possui uma qualidade igualmente inquestionável, trazendo um baixo pulsante de D.D. Verni e alternâncias vocais fantásticas de "Blitz".
Trazendo ainda mais velocidade e fúria, "Blood & Iron" incinera ainda mais os alto-falantes com um desempenho descomunal dos músicos, assim como a esmagadora "Kill at Command", que na minha humilde opinião, é uma das melhores composições desse trabalho incorrigível, brindando o ouvinte com "riffs" excepcionais e portentosos, coros muito bem inseridos e que proporcionam um clima surreal e solos de guitarra alucinantes e repletos de "feeling".
Para finalizar, "Overkill", a faixa que batiza o nome da banda, encerra esse grandioso álbum de estreia de maneira formidável, com um desempenho extraordinário de todos os integrantes, trazendo mais um belíssimo trabalho instrumental e um refrão sensacional. É importante mencionar que essa composição ganhou mais quatro sequências produzidas nos lançamentos posteriores. Com o relançamento de "Feel the Fire", foi incluída uma esmagadora faixa bônus, o excelente "cover" para "Sonic Reducer", da banda de Punk Rock The Dead Boys. Essa releitura criada pela banda trouxe ainda mais peso, velocidade e energia para uma música que já era ótima em sua versão original.
O Overkill é dono de uma discografia repleta de grandes álbuns e "Feel the Fire" indubitavelmente é um dos trabalhos mais relevantes e essenciais de sua carreira. Aliás, de alguns anos para cá, a banda lançou uma sequência realmente invejável de trabalhos de estúdio, demonstrando que estão em plena forma e com muito poder de fogo. Quem não conferiu, deveria separar um tempo livre e dar uma conferida nesses trabalhos mais recentes, pois vale e muito a pena! E que continuem com todo esse pique! Os fãs e apreciadores agradecem!
Escrito por David Torres
01. Raise the Dead
02. Rotten to the Core
03. There's No Tomorrow
04. Second Son
05. Hammerhead
06. Feel the Fire
07. Blood and Iron
08. Kill at Command
09. Overkill
Faixa Bônus:
10. Sonic Reducer (The Dead Boys Cover)
Bobby "Blitz" Ellsworth (Vocal)
Bobby Gustafson (Guitarra)
D.D. Verni (Baixo)
Rat Skates (Bateria)
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