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W.A.S.P.: 1986, uma tentativa para chegar ao primeiro lugar

Resenha - Inside The Electric Circus - W.A.S.P.

Por Arysson Lima
Postado em 03 de março de 2015

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

O W.A.S.P é uma daquelas bandas que seguem até hoje seu caminho sem nunca terem alcançado o topo dos paradas, sem nunca terem o status de mega-banda (mesmo que tenham se esforçado pra isso), mas ainda assim, ao longo da carreira, conseguiu fazer milhares de fãs, vender milhões de álbuns e principalmente, fazer música de qualidade. Blackie Lawless é um dos maiores compositores de sua geração e não é necessário escutar toda a discografia da banda para ter a certeza disso. Direto ao ponto, o disco que aqui será resenhado é talvez o mais controverso lançamento da banda em sua época de ouro, e que divide opiniões: alguns o consideram o melhor álbum da banda, outros (incluindo o próprio Lawless) o taxam de comercial e sem inspiração.

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A verdade é que Inside The Electric Circus teve duas duras missões: a primeira seria superar os dois antecessores, 'W.A.S.P' e 'The Last Command', considerados clássicos absolutos do Hard/Heavy e idolatrados até hoje pelos fãs do gênero. A segunda, como dito no enunciado, foi uma tentativa de garantir ao W.A.S.P sucesso comercial massivo, de transformar o W.A.S.P., no termo mais comum, numa banda de arena, como o Kiss ou o Def Leppard. A primeira missão o álbum cumpriu com certo louvor: na opinião deste que vos descreve, o álbum não supera os dois anteriores, mas está ao nível, e explicarei o porquê mais adiante. E a segunda missão, infelizmente, fracassou. Na época do lançamento, 'Inside The Electric Circus' conseguiu chegar a 60° posição nas paradas norte-americanas. Isso garantiu uma boa publicidade ao W.A.S.P, mas passou distante de entregá-los a fama que Lawless tanto almejava.

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Indo as músicas, é até difícil entender como um álbum assim não fez sucesso. O Hard Rock e o Glam Metal dominavam as paradas e o W.A.S.P. era uma das bandas mais peculiares do gênero, mas nem isso foi suficiente. A formação, da banda, na época, se consistia em Blackie Lawless nos vocais e na guitarra rítmica, seu fiel escudeiro Chris Holmes na guitarra solo, Steve Riley na bateria e o novato Johnny Rod, saído do King Kobra, no contra baixo. A produção ficou ao cargo do próprio Blackie, o que garantiu ao álbum um som cristalino, até demais, eu diria, mas que em nada atrapalha a audição.

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O álbum se inicia com sua faixa título, uma das melhores da carreira da banda, com a sua veia cinematográfica e a bateria feroz de Steve Riley guiando os andamentos. Por anos, foi a música de abertura dos shows da banda e tem um refrão pra lá de pegajoso. Aliás, isso é o que mais há no album, refrões pegajosos.

'I Don't Need No Doctor', cover de Ray Charles, aqui foi transformada num Hard Rock de primeira, com guitarras violentas e um ritmo assassino. Destaque para os backing vocals de Johnny Rod, que se encaixaram perfeitamente com a voz rasgada de Lawless, e isso em todas as músicas. Foi lançada como single e ganhou um videoclipe, com apresentações da banda ao vivo.

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'95. Nasty' é uma das composições mais Hard Rock de todos os tempos! Com uma letra bastante perversa e sarcástica, a música mostra a força que Blackie possui como vocalista: é impossível não sair cantando com ele, ou não se empolgar com o excelente solo de guitarra. É um dos destaques do álbum, também lançada como single e uma das mais conhecidas entre os fãs.

'Restless Gypsy', em minha opinião, é a melhor música do álbum. Um dos melhores riffs que a dupla Lawless/Holmes já criou, e uma letra belíssima, de arrepiar. Cativante, é uma daquelas músicas que se pode ouvir em loop por horas, em qualquer situação, e você ainda cantará ela palavra por palavra, batendo cabeça, fazendo air guitar na hora do solo e se imaginando como um verdadeiro Rock Star. É uma pena que uma música tão forte seja esquecida pela banda nos dias de hoje...

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'Shoot From The Hip' mantém o ritmo: se você é um verdadeiro fã de Hard Rock vai amar essa música. Um verdadeiro hino, com direito a todos gritando o refrão, um riff abafado e certeiro como um soco na cara. Ao vivo, essa música soava ainda mais forte!

'I'm Alive' é outra digníssima canção, com seu riff cavalgado que remete muito a bandas como UFO ou Iron Maiden, e Blackie Lawless cantando demais: ele possui uma das vozes mais fortes do Heavy Metal e isso não é novidade, mas o desempenho dele por aqui é memorável. Steve Riley também se destaca, com uma linha de bateria de muito bom gosto.

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E lá vem um clássico! 'Easy Living', do saudoso Uriah Heep, ganhou, pelas mãos do W.A.S.P., uma versão turbinada. A bateria está mais poderosa, com pedais duplos marcando o tempo, e a voz de
Lawless honrando o desempenho do genial David Byron, na música original. Um dos grandes momentos do álbum. O único aquém desse cover é que os teclados não ficaram muito audíveis, mas as guitarras mais altas fizeram um bem e tanto a esse clássico.

'Sweet Cheetah', como o próprio título já remete, é uma canção selvagem, um Heavy Metal direto, com riffs soltos que dão aquela sensação de poder, de destruição e que ao vivo são ainda mais incríveis. Em certas partes Lawless sussurra a letra, como se quisesse cantar diretamente ao ouvinte, ou ao menos falar: "está sendo bom para você?" Magnífico, magnífico.

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'Mantronic' tem a sua introdução acústica, mesclada com alguns solos de Holmes, mas não se engane: o que aparenta ser o início de uma balada, na verdade te leva a uma canção sólida, um Hard de primeira. A cozinha de Riley e Rod se destaca novamente, com boas variações, sem seguir o padrão anteriormente explorado. É uma das músicas mais bem trabalhadas do album e ainda assim é empolgante. Quando o disco realmente é bom, ele passa rápido, e aqui descobrimos que falta apenas duas faixas para terminar...

'King Of Sodom and Gomorrah' tem uma letra agressiva e é talvez a música mais pesada do album: poderia facilmente estar no primeiro album da banda ou no sucessor deste aqui, 'The Headless Children'. Holmes mostra virtuosismo no solo, e o refrão se repete por praticamente toda a música, o que pode torná-la um pouco cansativa, mas não ruim.

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'The Rock Rolls On' dispensa comentários quanto ao título. Basta escutá-la para saber que é uma típica canção de Rock americano dos anos 80: a letra homenageando ao estilo, os vocais gritados, a bateria veloz, baixo pulsante e as guitarras com riffs também velozes, fechando o álbum de maneira festiva e animada, fazendo o ouvinte querer mais.

Após ler todo esse texto, com certeza o leitor/ouvinte já deve ter percebido que, como citado mais acima, eu sou um daqueles fãs que consideram este um dos melhores álbuns da banda, com músicas tão cativantes quanto a dos dois álbuns anteriores e com uma proposta mais direta, enquanto outros podem achar ele demasiado repetitivo, com músicas parecidas, um álbum sem inspiração e modista por seguir apenas uma fórmula, a do Hard Rock básico, sem muitas variações (para alguns, o Hard 'farofa'), que tanto sucesso fazia nos anos 80. O visual da banda também era criticado. O próprio Blackie negligencia esse álbum, pois raramente suas músicas são tocadas ao vivo nos dias de hoje, e o termo "Shock Rock" que lhes foram atribuídos. A notabilidade da banda durante o período do seu lançamento se deu principalmente às encrencas que arrumaram com a PMRC, uma organização liderada por mulheres de políticos, que censurava músicas que poderiam causar influenciar de forma negativa os jovens norte-americanos; uma bela duma balela. Lawless foi taxado como um maníaco, psicopata, doentio, e a turnê de divulgação foi um caos: a banda recebia ameaças de morte (Blackie foi baleado duas vezes e uma sabotagem no seu carro quase o fez partir dessa para uma melhor) e haviam até ameaças de bombas nos locais das apresentações. Isso tudo fez o W.A.S.P se tornar mais popular, porém, não da forma que Blackie queria. Ele ainda atacou mais uma vez, lançando um álbum ao vivo, nomeado 'Live... In The Raw', tentando por meio deste conseguir o tão sonhado sucesso (o Kiss, por exemplo, conseguiu seu primeiro disco de platina com 'Alive', e foi essa a ideia que Lawless teve em mente), mas outra vez não deu certo. O album fez sucesso, mas não o suficiente. Com isso, Lawless pôs a banda em hiato, e conformado com a situação, mudou o line-up algum tempo depois e levou a banda a um horizonte mais sério, mais bem feito, criando uma identidade diferente, que levaria ao sucessor de 'Inside The Electric Circus', mas isso é história para outra resenha.

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01 - The Big Welcome (Inside The Electric Circus) (4:57)
02 - I Don't Need No Doctor (3:28)
03 - 95. Nasty (4:50)
04 - Restless Gypsy (5:02)
05 - Shoot From The Hip (4:42)
06 - I'm Alive (4:24)
07 - Easy Living (3:13)
08 - Sweet Cheetah (5:18)
09 - Mantronic (4:12)
10 - King Of Sodom and Gomorrah (3:52)
11 - The Rock Rolls On (3:56)

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