Masterplan: Pontos positivos são a obrigação deste time
Resenha - Time To Be King - Masterplan
Por Vitor Franceschini
Postado em 02 de maio de 2012
Nota: 7
Falar que Jorn Lande (Allen/Lande, Jorn, ex-ARK) é um dos melhores vocalistas da atualidade é chover no molhado. Assim como a seleção que o acompanha neste trabalho, que marca seu retorno após ficar fora por cinco anos. Roland Grapow (guitarra, ex-Helloween), Jan-Sören Eckert (baixo, Iron Savior), Axel Mackenrott (teclados) e o renomado Mike Terrana (bateria, Axel Rudi Pell, Tarja, ex- Rage) dispensam maiores apresentações.
Mas, é aí que está o ‘porém’ da questão. "Time To Be King", lançado aqui pela Laser Company, apesar de um trabalho legal e digno, está longe dos dois primeiros discos do grupo e ainda perde em empolgação para "MK II" (trabalho que conta com Mike DiMeo, ex-Riot) nos vocais. É aquele tipo de frustração que deixa a desejar não pela música em si, mas sim pela capacidade da banda não ser tão explorada como deveria.
Pontos positivos? Sim, há, mas isso é obrigação deste time. Ao começar pela excelente produção do disco, a cargo do próprio Grapow. Dentre as composições, Fiddle Of Time, que abre o disco é a única que empolga no quesito Power Metal – que é a proposta inicial da banda. A faixa tem pegada, ritmo e belos arranjos de teclados, além de uma ótima interpretação de Lande.
Porém, as outras grandes músicas do disco soam mais Hard/Prog Metal, o que não é ruim, pelo contrário, mas que pega de surpresa os fiéis fãs do Power Metal típico da banda. Lonely Winds Of War é belíssima, com belos arranjos, bons solos de guitarra, ritmo cadenciado e mais um show de Lande. Aliás, o vocalista consegue eclipsar os outros integrantes na maior parte do álbum.
A ‘quase’ balada The Dark Road, também é belíssima, mas é outra que foge das características da banda. The Black One ainda segue a linha Hard/Prog Metal, mas possui mais peso, com ótimos riffs e uma bela linha de baixo. O restante é boas composições, mas que passam longe do que a banda pode oferecer.
O trabalho gráfico do disco é magnífico, ou seja, mais um fator que exigiria um pouco mais de conteúdo do álbum. Enfim, um trabalho bom, de boa produção e uma mescla de composições ótimas com medianas, porém que pode não empolgar a todos.
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