Masterplan: sem o impacto emocional oferecido no passado
Resenha - Time To Be King - Masterplan
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 30 de junho de 2010
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
A habilidade do Masterplan, ao inserir elementos do Hard Rock e passagens mais intrincadas que até sugeriam o Progressivo, rapidamente o alçou a um dos maiores nomes do Power Metal Melódico da nova geração. Mas, apesar das conquistas, as manjadas divergências quanto ao direcionamento musical fizeram com que o sempre impressionante e ocupado vocalista Jorn Lande abandonasse seu posto em 2006.
Apesar de abalado com tal rompimento, o Masterplan seguiu em frente com o competente Mike DiMeo (Riot) assumindo o microfone e liberou o controverso "MK II" (07)... Mas, considerando o quanto este álbum dividiu as opiniões mundo afora, a consequência mais óbvia seria o retorno de Lande ao antigo posto, o que fatalmente se concretizou no ano passado. Pois bem, o fruto desta nova tentativa de o pessoal trabalhar em grupo responde por "Time To Be King", um quarto disco que está aí, visando resgatar a inabalável reputação de outrora.
Mas a dura realidade é que o direcionamento do novo disco, com suas toneladas de melodias, não vão para muito além dos estreitos limites do Power Metal. É claro que "Blue Europa", "Far From The End Of The World" ou "Under The Moon" (com um belo trabalho do tecladista Mackenrott) são pontos fortíssimos em meio a um repertório que beira o previsível e, infelizmente, também não transmite toda a paixão que alguns poderiam estar esperando.
E, afundando ainda mais o dedo na ferida, se não fosse o implacável desempenho de um certo viking norueguês, "Time To Be King" poderia adentrar de vez naquele indesejável patamar recheado de clones pelo qual o estilo está se sufocando há tanto tempo. Longe de querer superestimar Jorn Lande, mas o cara conseguiu eclipsar quase que completamente o desempenho de seus esforçados companheiros.
Chegando ao mercado nacional via Laser Company, "Time To Be King" consegue ser um bom álbum e temporariamente manterá o Masterplan entre os pesos-pesados do Power Metal Melódico, mas não propicia o impacto emocional oferecido no passado. O sangue continua elegantemente azul, mas não a ponto de o pretensioso Masterplan achar que esta seria a hora de ocupar algum trono. E não há campanha publicitária que mude isso.
Contato:
http://www.master-plan.net
http://www.myspace.com/masterplanmetal
Formação:
Jorn Lande - voz
Roland Grapow - guitarra
Jan-Sören Eckert - baixo
Axel Mackenrott - teclados
Mike Terrana - bateria
Masterplan - Time To Be King
(2010 - AFM Records / Laser Company Records - nacional)
01. Fiddle Of Time
02. Blow Your Winds
03. Far From The End Of The World
04. Time To Be King
05. Lonely Winds Of War
06. The Dark Road
07. The Sun Is In Your Hands
08. The Black One
09. Blue Europa
10. Under The Moon
Outras resenhas de Time To Be King - Masterplan
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
As 5 melhores bandas de rock de Brasília de todos os tempos, segundo Sérgio Martins
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
Dave Mustaine acha que continuará fazendo música após o fim do Megadeth
Quando David Gilmour salvou um show do Jimi Hendrix; "eles estavam muito nervosos"



Masterplan - Resenha e fotos do show em Porto Alegre
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


