Metallica: Três décadas fazendo música relevante
Resenha - Beyond Magnetic - Metallica
Por Thiago Barcellos
Postado em 14 de dezembro de 2011
Nota: 9
Após seu último movimento, o polêmico - como tudo que o Metallica lança desde o Black álbum - Lulu, mais uma penca de fãs chorou e reclamou que a banda não faz o que eles querem. É irritante ver um bando de marmanjos barbados xingando muito no twitter que nem umas menininhas emo que o álbum é ruim. Não gostou? Então não ouça e não enche o meu e o saco de todo mundo que tem mais o que fazer que ler choro de fã babaca. Em despeito ao que esses "fãs" pensam, o Metallica segue completando 30 anos de uma existência essencial não só para o rock e o heavy metal, mas para a música em geral.
Foram quatro shows, com os mais variados convidados, todos os ex-membros vivos (pronto Mustaine, agora que realizou seu sonho pode parar de mimimi) subindo ao palco, e eu aguardo ansiosamente que lancem em DVD ou Bluray, ao menos os melhores momentos. E em cada um desses shows eles tocaram uma música inédita, sobras do último álbum Death Magnetic, além de enviarem simultaneamente para os membros do fã clube por email versões de estúdio.
E eu, caro leitor, faço parte desses afortunados. Vamos lá: Hate Train abre o EP bem ao estilo do DM passando para uma levada que lembra Fuel. É uma música que você se pergunta porquê diabos não colocaram no CD, pois ela é, na minha opinião, muito melhor que Cyanide ou Unforgiven III. Um refrão bem melódico e bonito, você sai cantando já na segunda ouvida. A letra fala como o ódio leva as pessoas a ficarem amargas, cheia de sentimentos de vingança (Mustaine?). James detona nos vocais, assim como em todas as outras músicas deste EP.
Just a Bullet Away também começa com as pseudo-intros que permeiam DM, até cair em uma levada muito legal e um riff que lembra muito Frantic, porém com andamento diferente. Um riff muito simples e uma linha vocal estupenda fazem dessa música a melhor do EP, e se estivesse no DM seria uma das melhores. No meio da música, uma parte lenta a la Master of Puppets com melodias e arranjos muito bem construídos e inspirados.
Hell and Back distoa um pouco das outras e mesmo de DM, começa com um riff limpo e cai num riff semelhante aos da época de Load/Reload. Mais uma vez o vocal de James é o destaque, criando melodias marcantes e inspiradas.
A parte do meio tem riffs bem interessantes e dá uma acelerada (alguns vão identificar trechos dessa música que rolou naquele vídeo de pré-lançamento do DM, Mission: Metallica).
O EP fecha com Rebel of Babylon. Ela tem um início bem diferente, depois cai em um riff e levada com um riff palhetado culminando em um refrão que deve funcionar bem ao vivo. No meio da música há solos e duetos de guitarras muito legais e criativos, se tratando de Metallica.
Resumindo, meus amigos: Porra, porquê não lançar o CD com as 14 músicas? Elas deixariam o Death Magnetic - que já é um ótimo disco - ainda melhor.
Meus parabéns ao Metallica, a maior banda de Heavy Metal de todos os tempos, que têm coragem de fazer a música que querem fazer sem se importar com a opinião de ninguém. É fácil se manter 30 anos na estrada seguinda uma fórmula, sem sair da sua zona de conforto. Agora, completar 30 anos, com álbuns tão diferentes entre si e ainda estar fazendo música relevante não é pra qualquer um. Apenas para o Metallica.
Metal Up Your Ass!!!!!
Tracklist:
01 Hate Train
02 Just a Bullet Away
03 Hell and Back
04 Rebel of Babylon
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