Hammerfall: Dando mais um passo em sua evolução musical
Resenha - Infected - Hammerfall
Por Junior Frascá
Postado em 11 de junho de 2011
Os suecos do HAMMERFALL começaram sua carreira no final dos anos 90, resgatando um estilo que estava um pouco deixado de lado na época: o metal tradicional, na linha dos alemães do ACCEPT, e com forte influência do NWOBHM, acrescentando elementos de metal melódico, o que lhes rendeu grande repercussão no meio metálico.
E o começo do grupo foi muito promissor, lançando trabalhos excelentes, como "Glory to the Brave", "Legacy of Kings", "Renegade" e "Crimson Thunder". Contudo, a partir do álbum "Chapter V: Unbent, Unbowed, Unbroken" a banda se perdeu um pouco, deixando de evoluir seu som para apenas colocar no mercado "mais do mesmo", culminando no decepcionante "Threshold" de 2006. E em 2009 a banda retornou com "No Sacrifice, No Victory", que trouxe novos ares ao som da banda, principalmente pela entrada dos novos integrantes Pontus Norgren (Guitarra) e Fredrik Larsson (Baixo).
E eis que agora, em 2011, a banda retorna com este "Infected", um álbum ainda mais diversificado. Com uma simples audição, podemos constatar que o som da banda esta bem diferente de outrora, deixando um pouco de lado a velocidade e as melodias fáceis, e investindo no peso das composições, que fica ainda mais evidente em face dos riffs de guitarra excelentes criados por Oscar Dronjak e Pontus Norgren, aliados ao baixo preciso e marcante de Fredrik Larsson e a bateria correta de Anders Johansson. Os vocais de Joacim Cans também estão um pouco mais agressivos, apesar de pouco variados durante toda o transcorrer do CD.
No geral, as músicas estão mais cadenciadas e, como destacado, mais pesadas, mas sem deixar de lado as características clássicas do grupo. Como destaques, podemos citar a abertura com a pesada e cativante "Patient Zero", a matadora "One More Time" e "Dia de Los Muertos", que remete aos primórdios da banda, mais rápida e mais melódica. As baladas também não foram deixadas de lado, destacando-se a bela "Send me a Sign".
A temática seguida pela banda também mudou bastante nesse novo lançamento, deixando de lado temas fantasiosos e clichês para tratar de assuntos mais atuais. Inclusive, a própria arte gráfica do álbum é diferente de todas as anteriores do grupo, deixando de lado o mascote e seu grande martelo, além das roupas com couro e pregos, para investir em temas típicos de filmes de terror, demonstrando inclusive um certo pessimismo com a sociedade atual.
Assim, com "Infected", o HAMMERFALL dá mais um passo em sua evolução musical, inovando seu som com um álbum menos direto, mais pesado e não menos excelente, que talvez cause um pouco de estranheza no começo, tendo em vista às mudanças mencionadas, mas que, após algumas audições mais apuradas, demonstra todo sua qualidade.
Infected - Hammerfall
(2011 – Nuclear Blast/Laser Company - Nacional)
Formação:
Joacim Cans - Vocals
Oscar Dronjak - Guitars
Pontus Norgren - Guitars
Fredrik Larsson - Bass
Anders Johansson - Drums
Track List:
1. Patient Zero
2. Bang Your Head
3. One More Time
4. The Outlaw
5. Send me a Sign
6. Dia de los Muertos
7. I Refuse
8. 666 - The Enemy Within
9. Immortalized
10. Let s Get It On
11. Redemption
Outras resenhas de Infected - Hammerfall
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A melhor banda de rock de todos os tempos, segundo Bono do U2
Mystic Festival terá cerca de 100 bandas em 4 dias de shows; confira os primeiros nomes
"Melhor que os Beatles"; a banda que Jack Black e Dave Grohl colocam acima de todas
Andreas Kisser quer que o último show do Sepultura aconteça no Allianz Parque
Bangers Open Air 2026: cinco apresentações que você não pode perder
As 50 melhores bandas de rock da história segundo a Billboard
A maneira curiosa como James Hetfield reagia aos fãs que o ofendiam por conta de "Until It Sleeps"
Helena Nagagata reassume guitarra da Crypta
Bono cita dois artistas que o U2 jamais vai alcançar; "Estamos na parte de baixo da escada"
Deep Purple continuará "até onde a dignidade humana permitir", declara Ian Gillan
"Come to Brazil" - 2026 promete ser um ano histórico para o rock e o metal no país
Regis Tadeu e Sérgio Martins revelam roqueiros que usam peruca: "Vai dizer que você não sabia?"
Tobias Forge quer praticar mergulho para tornar uso de máscara no palco menos claustrofóbico
Rock in Rio 2026: vendas do Rock in Rio Card começam em dezembro
Os 5 melhores álbuns esquecidos de 1991, segundo André Barcinski

"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva


