Radiohead: Repetitivo, mas vale a conferida atenta
Resenha - King of Limbs - Radiohead
Por Orlando Neto
Postado em 08 de março de 2011
Nota: 7 ![]()
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O RADIOHEAD é aquele tipo de banda em que raramente há meio-termo. Ou o cara gosta muito ou odeia. Guardadas as devidas proporções de época e contexto, estes ingleses estão para a nossa geração da mesma forma que o PINK FLOYD estava para a geração setentista: enquanto fãs e crítica vangloriam as experimentações sonoras, composições criativas e letras transitando entre o surreal e o angustiante, detratores consideram toda essa atmosfera como pretensiosa e auto-indulgente.
Sendo assim, escrever algo sobre uma banda desse tipo é tarefa das mais difíceis, pois é necessário deixar de lado todo os exageros (para mais e para menos) propagados por aí e se concentrar no que realmente interessa numa análise: a imparcialidade. Você não é obrigado a achar "The Dark Side of Moon" e "OK Computer" duas das coisas mais geniais da história do rock n' roll (assim como também não acho), mas negar a dimensão das bandas que os registraram é impossível. E, queira você ou não, o RADIOHEAD é um nome de peso da música contemporânea e um novo lançamento sempre fará barulho.
Indo ao que interessa: "The King of Limbs", o oitavo trabalho de estúdio do grupo de Thom Yorke e o primeiro desde "In Rainbows", de 2007. Logo de cara, a curta duração chama atenção. São apenas oito faixas, distribuídas em menos de 38 minutos de música - considerando que nenhuma delas é muito longa (a maior tem, aproximadamente, 5:20). O fato fez crescer uma série de boatos sobre um possível outro álbum a ser lançado ainda em 2011, notícia não confirmada - mas também não negada, pelo conjunto.
Sonoramente, talvez seja o lançamento mais fraco da banda desde o debut "Pablo Honey", de 1993. Entretanto, isso não quer dizer que o material seja ruim. É, sim, repetitivo, ainda mais tratando-se de uma banda considerada tão inventiva. Se comparado ao seu antecessor (mais calcado no rock e no pop), "The King of Limbs" é demasiadamente eletrônico, soando como uma revisão à fórmula que já explorada em "Kid A", mas sem, entretanto, obter o mesmo frescor que o formato representou naquela época. Canções como "Lotus Flower", "Codex" e "Separator" mostram a assinatura da banda: belas melodias contrastando com uma base eletrônica, em débito com os maiores nomes do kraut-rock. Já a faixa "Little by Little", a melhor do disco, é a única que remete ao momento mais "cru" que a banda apostou em "In Rainbows", enfatizando o trabalho das guitarras.
Se você é fã, vai se deliciar. O lançamento fará o suficiente para manter o RADIOHEAD em evidência e continuar lotando estádios. Mas, voltando ao primeiro parágrafo: "The King of Limbs" te fará gostar dos caras? Não. E, se você faz parte do tal "meio-termo", esse disco vai te "capturar"? Talvez. Sendo assim, vale a conferida atenta.
FAIXAS:
1. "Bloom" – 5:15
2. "Morning Mr Magpie" – 4:41
3. "Little by Little" – 4:27
4. "Feral" – 3:13
5. "Lotus Flower" – 5:01
6. "Codex" – 4:47
7. "Give Up the Ghost" – 4:50
8. "Separator" – 5:20
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