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Forgotten Tales: Orquestrações nem sempre surpreendem

Resenha - We Shall See The Light - Forgotten Tales

Por Felipe Kahan Bonato
Postado em 26 de fevereiro de 2011

Nota: 7 starstarstarstarstarstarstar

Hoje compreendo algumas análises com as quais não concordava há uns anos atrás por ainda estar descobrindo alguns estilos dentro do metal. Fato é que alguns deles se encontram bem saturados e, para uma banda garantir seu lugar ao sol, é complicado e deve oferecer algo novo. O FORGOTTEN TALES é um exemplo de um grupo que vem tentando crescer nesse competitivo mercado. Servindo de abertura para os shows de EDGUY, STRATOVARIUS, NIGHTWISH, SONATA ARCTICA e HAMMERFALL em sua terra natal, o Canadá, a banda continua, em seu terceiro álbum, "We Shall See The Light", a oscilar entre momentos de identidade própria e de meros clichês do gênero das grandes bandas referenciadas acima.

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Apesar de a inicial "We Shall See The Light" apresentar uma banda bem power metal, com instrumentos bem trabalhados na base, isso não é tão frequente no álbum. Já nessa mencionada abertura, nota-se certo enfraquecimento instrumental no refrão que, mesmo com esse percalço, é bem suportado pela vocalista. "Guardian Angel" permanece insistindo em orquestrações que por si só não impressionam e guitarras galopantes, com "The Calling" seguindo na mesma onda, mas com o ponto positivo do baixo. "Howling At The Moon" carrega os mesmos problemas já identificados, mas tem um refrão muito bonito, mais melódico, o que poderia ter sido explorado mais vezes no trabalho.

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No lado dos elogios, tem-se "Boken Wings", que justamente consegue atingir a variação que a faixa anteriormente citada não logra, apesar de exagerar um pouco nas orquestrações que sufocam um pouco as guitarras, novamente. "Keepers Of The Field" é outra das agradáveis surpresas do disco, nem tanto pelas bases que não fogem do abordado, mas mais pela linha vocal ligeiramente independente e pelo refrão com lampejos de hard rock, que transparecem também no bom solo. "The Reaper" é outra que, mesmo não sendo excepcional, também consegue se distanciar das outras ao trazer um andamento mais vagaroso, mas bem preenchido e com peso. As melhores faixas talvez sejam "Diviner", que atrela tudo isso de modo suave ao toque sinfônico que a banda insiste em explorar e "Angel Eyes", que acrescenta mais vozes e ainda é menos acelerada, tendo um refrão que quase se aproxima de uma balada.

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É inegável que a banda apresenta momentos de rapidez, vigor, bons solos e uma bateria cavalar. Mas o disco como um todo é muito linear, sempre com solos no mesmo ponto, mesmos timbres, bases até incessantes demais e refrãos sempre muito similares. Há quem diga que é isso que se espera de um álbum de power metal e que estou louco, até porque boa parte da crítica se agradou com esse terceiro disco dos canadenses. Se você procura um álbum de power metal consistente e nada além disso, com certeza o achará tranquilamente em "We Shall See The Light". Um disco seguro que consolida o respeito conquistado pelo FORGOTTEN TALES, mas que não acrescenta muito ao gênero.

Integrantes:
Sonia Pineault - Vocais
Martin Desharnais - Guitarra
Patrick Vir - Baixo
Mike Bélanger - Bateria
Fredéric Desroches - Teclado

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Faixas:
1. We Shall See The Light
2. Guardian Angel
3. Keepers Of The Field
4. The Reaper
5. Diviner
6. The Calling
7. Howling At The Moon
8. Broken Wings
9. Angel Eyes

Gravadora: UMI

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Sobre Felipe Kahan Bonato

Felipe Kahan Bonato: Nascido em 88, há mais de 10 anos - por enquanto - escuta praticamente qualquer subgênero de rock e metal, explorando principalmente bandas mais desconhecidas. Teve contato tardio com a guitarra, seu instrumento preferido, optando então em seguir a carreira de Engenheiro de Produção e em contribuir esporadicamente com resenhas no Whiplash.
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