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Avantasia: causando ira em uns, e admiração em outros

Resenha - Angel Of Babylon - Avantasia

Por Júlio André Gutheil
Postado em 09 de agosto de 2010

Pois bem, agora temos o "Angel of Babylon", a derradeira parte da "The Wicked Trilogy". Como já tinha dito na outra resenha, admiro demais a coragem e a ousadia de Sammet, que fez um trabalho belíssimo sem se prender ao seu passado, causando ira em uns, e admiração em outros.

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Esse disco me confirmou algo que já observara: Tobias é um sujeito hiper-ativo e com a cabeça fervilhante de idéias. Nos seus últimos trabalhos, tanto Edguy quanto o próprio Avantasia, ele ampliou enormemente sua gama de influências, dando um sopro novo para suas composições, deixando mais de lado aquilo que o consagrou (Isso não é uma crítica, já que qualquer um acabaria enjoado de fazer o mesmo álbum sem parar). E por sair da mesmice, por desbravar novos campos, que ele é crucificado a cada novo lançamento.

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‘Stargazers’ é uma peça de 9 minutos que nos proporciona embates épicos entre simplesmente Jorn Lande, Michael Kiske, Russel Allen e Oliver Hartmann. A música em si pode te soar um tanto confusa, mas esse cast de vocalistas compensa qualquer coisa, em uma das interpretações coletivas mais incríveis que já ouvi. A faixa-título tem um refrão do selo qualidade Sammet, que na primeira ouvida já te obriga a cantarolá-lo por horas a fio, uma faixa muito bacana e que se houver mesmo uma nova tour, deve funcionar muito bem ao vivo.

‘Your Love Is Evil’ é de fato meio estranha, com o Tobias numa interpretação talvez meio exagerada, mas que no todo não deixa de ser uma boa música. A faixa seguinte é uma pequena obra-prima, que não haveria ninguém mais competente para dar voz a ela que Jon Oliva, lendário vocalista do Savatage. Esta ‘Death Is Just A Feeling’ soa como um pesadelo teatral, onde um fantasma chama no meio da noite e apavora quem já está com medo. Sem sombra de dúvida uma das coisas mais criativas que Tobias já compôs.

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Teria certo potencial radiofônico esta interessante ‘Rat Race’, bem agitada, de refrão ressoante e de instrumental muito bem trabalhado. ‘Down In The Dark’ é também uma faixa muito interessante, com outra participação brilhante de Jorn Lande e um clima envolvente. Pessoalmente não consegui gostar de ‘Blowing Out The Flame’, uma balada que parece não encaixar no disco, soando um tanto aleatória.

‘Symphony Of Life’ é uma música delicada. A única música que não é de Sammet, sendo assinada unicamente por Sascha Paeth. Cloudy Yang decididamente não é nenhuma vocalista espetacular, mas executa a canção com muita competência. A música tem uma veia pop latente (que deve ter feito muito fã xiita arrancar cabelos de ódio), mas que não soa vazia. Foi surpreendente ouvi-la, e foi uma surpresa positiva.

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Já ‘Alone I Remember’ é sensacional. Um hardão com ares setentista que dá uma vontade incrível de sair cantando por aí. Jorn Lande solta sua veia hard rock e manda mais uma atuação irrepreensível, que o confirma como o maior e mais importante membro dessa nova fase do projeto. ‘Promissed Land’ já era conhecida, mas a versão que entrou no disco tem uma sutil (mais importante) mudança: Onde havia Michael Kiske, agora temos Jorn Lande. O resultado ficou bom, Jorn dá uma entonação mais forte para a passagem que era de Kiske, o que deixou a música levemente mais áspera.

O desfecho é triunfal. ‘Journey To Arcadia’ representa a redenção do personagem principal, que deu muitas voltas e teve muitos medos e dúvidas, onde ele se encontra e ruma para casa. É épica, grandiosa, com um feeling impressionante. Um final apoteótico e comovente, para uma história que mescla fantasia com alguma realidade escondida, que de alguma maneira a maioria dos ouvintes deve ter se auto-reconhecido acompanhando as letras.

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Foi uma história mais humana, mais metafórica, e que exigiu muito mais dos fãs para que houvesse alguma interpretação. Ao que parece, as histórias de capa e espada deixaram o repertório de Tobias Sammet.

Sinceramente, achei este "Angel of Babylon" levemente inferior ao "The Wicked Symphony". Mas nota é a mesma, e pra isso me uso do mesmo argumento de antes: é um disco muito bom, trabalhado com muito esmero, com grandes artistas, de belas composições e que merece muito a nota que levou.

Com certeza serei criticado ferrenhamente por essas opiniões, sendo alcunhado de puxa-saco, fã cego, sem personalidade de ir contra ou que quer que seja. Mas me defendo dizendo o seguinte: muito antes de simplesmente opinar sobre metal, opino sobre música, e só sendo muito cego e alienado para querer negar que os dois discos lançados pelo projeto Avantasia sejam música ruim.

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Enfim, é um trabalho soberbo, maduro e que nos mostra que Tobias Sammet está muito ciente do que quer e aonde pode chegar.

01. Stargazers – 09:32
02. Angel of Babylon – 05:28
03. Your Love Is Evil – 03:52
04. Death Is Just A Feeling – 05:23
05. Rat Race – 04:10
06. Down In The Dark – 04:23
07. Blowing Out The Flame – 04:53
08. Symphony Of Life – 04:30
09. Alone I Remember – 04:48
10. Promissed Land – 4:46
11. Journey To Arcadia – 07:17

Site: www.tobiassammet.com

My Space: www.myspace.com/tobiassammet

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Sobre Júlio André Gutheil

Nascido em Feliz, interior do Rio Grande do Sul, de origem alemã e com 20 anos de idade. Grande fã de Blind Guardian, Paradise Lost e Opeth, além de outras várias bandas de diversos estilos distintos. Pretende cursar jornalismo e também se dedicar o máximo possível à crônica do mundo Heavy Metal. Escreve no blog www.metalmeltdowndiscos.blogspot.com. Twitter: @jagutheil.
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