Shakra: sem dúvida, um dos grandes CDs de 2009
Resenha - Everest - Shakra
Por Ricardo Seelig
Fonte: Collector's Room
Postado em 19 de outubro de 2009
Sétimo álbum de estúdio do grupo sueco Shakra (anote a discografia da banda: "Shakra" 1998, "Moving Force" 1999, "The Live Side" 2000, "Power Ride" 2001, "Rising" 2003, "Fall" 2005 e "Infected" 2007), "Everest é", sem dúvida, um dos grandes CDs de 2009. Apostando em um hard rock empolgante, repleto de riffs certeiros e refrões que não saem da cabeça, a banda liderada pelo vocalista Mark Fox alcança o ponto mais alto de sua carreira com esse novo disco.
A escola européia do estilo difere em alguns aspectos daquela cena hard de Los Angeles do final dos anos oitenta e início dos noventa, onde penteados esvoaçantes e roupas coloridas dominavam o cenário. No Velho Mundo a trajetória do estilo está mais focada em grupos setentistas de sonoridade mais crua, como Montrose, Humble Pie e Status Quo, ao contrário das bandas americanas, que beberam doses maciças daquele som feito por bandas mais descontraídas e festivas, como Kiss e Aerosmith, por exemplo.
Essa diferença se reflete em um som mais enérgico e agressivo, mas que conserva as principais características do hard rock: grandes e inspirados riffs de guitarra adornados por empolgantes refrões, feitos sob medida para cantar junto, seja no meio da galera em um show lotado ou sozinho no carro com o volume no talo.
"Everest" conquista de imediato o coração de qualquer fã de música pesada. Suas músicas são muito bem construídas, com arranjos inteligentes e energia transbordante. Os guitarristas Thomas Muster e Thom Blunier tem participação ativa e performances exemplares, enquanto o baterista Roger Tanner e o novo baixista Dominik Pfister (que substituiu o anterior, Oli Lander, que tocou com os caras entre 2000 e 2008) mostram um entrosamento quase mediúnico.
Como em toda banda hard que se preze, os holofotes principais estão em seu frontman, e Mark Fox, que está com o grupo desde 2001 (ele entrou no lugar de Pete Wiedmer, dono do posto entre 1997-2001), assume a sua condição de destaque com personalidade e talento. Dono de um timbre agradável, Mark canta de maneira mais agressiva em alguns momentos e mais limpa em outros, em linhas vocais criativas e bem desenvolvidas.
"Everest" é um trabalho sólido e consistente, e mostra uma banda que alcançou a sua maturidade artística. Em se tratando de hard rock, é forte candidato a melhor trabalho de 2009. Se você é um fã do estilo e tem bom gosto musical, corra atrás do disco e prepare-se para curtir sem parar.
Faixas:
1 Ashes to Ashes 3:51
2 Love & Pain 3:19
3 Let Me Lie My Life to You 3:37
4 The Illusion of Reality 4:37
5 Why 3:45
6 The Journey 7:54
7 Regressive Evolution 3:51
8 Anybody out There 3:23
9 Right Between the Eyes 5:15
10 Dirty Money 3:24
11 Insanity 4:48
12 Hopeless 3:45
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