Nando Reis: Dri e três na sonoridade de "Drês"
Resenha - Drês - Nando Reis
Por MarcelGinn
Fonte: Incógnita Blog
Postado em 03 de agosto de 2009
A mulher e o número ou as vezes em que, ou sua equivalência. Uma junção de Dri (apelido da ex-namorada) com Três. O sexto CD (e terceiro com Os Infernais) de Nando Reis intitulado "Drês" tem o peso de uma bofetada e a carícia de uma poesia lírica.
O trabalho tem impressionado não só pelas letras cheias de sentimentos e questionamentos humanos mas também pela sonoridade que @nando_reis conquistou neste amadurecimento em parceria com os Infernais e produção de Carlos Pontual.
Uma sonoridade setentista em tempos de execução primorosos, melodia contagiante e letras inteligentes que arremetem a lembranças, nossas e dele, o que faz com que nos identifiquemos com o CD logo no primeiro acorde e, como que por osmose, passe a fazer parte da trilha sonora de nossas próprias lembranças.
Um disco onde a família esta presente nas letras e onde o rock é renovado em meio a estilhaços com peso e cor.
E a viagem começa com "Hi, Dri" que nos leva a um corredor cheio de portas às quais teremos de abrir, cada uma delas. Swingueira desenfreada com tempos alternados, essa canção é como um passeio por uma ladeira e suas curvas sinuosas, com direito a friozinhos na barriga e momentos onde se pode admirar tranquilamente a paisagem. Canção dedicada a Adriana Lotaif (bem como a faixa "Driamante") e, pra quem já teve ou tem uma Adriana em sua vida, sabe como são realmente marcantes.
"Ainda não passou" é uma balada com assinatura de Nando, cara, cheiro, gosto e textura. Com metais omnipresentes que lhe dão um charme todo seu, único.
"Drês" chega como um tapa, te arrebatando e depois te acariciando com letra e melodia poéticas de Nando. Como diante da esfinge o enigma lírico passa a fazer sentido quando a levada nas mãos da banda te embala a caminho do inferno. É minha favorita deste CD, e espero poder cantá-la um dia.
"Conta" é um poema cantado cheio de lembranças e dúvidas, anseios e esperanças, sonhos e pesadelos e o caminhar em direção ao próximo passo, onde Nando fala de mãe, ser filho, ilusões e incertezas.
"Só pra so" é como uma carta, não de desculpas mas de um posicionamento inconstante diante de todas aquelas dúvidas que a paternidade nos brinda. Dirigida a Sophia, o músico conta e canta todos os seus mistérios de filha, aos olhos de um pai.
"Mosaico Abstrato" é outra pancada deste CD. As guitarras soam nervosas e melódicas numa pegada rítmica cheia de abstratos sinais. E abstrata também é a letra, que se torna totalmente clara quando se lêem as entrelinhas. Grito e som soltos, beijo e abraço, sinais.
"Pra Você Guardei o Amor" é uma levada ao melhor estilo Crosby, Stills & Nash, setentista até a alma, que destaca as vozes de Nando e Ana Cañas falando de amor numa base acústica que é o caminho das pedras pra lembranças e sentimentos arraigados n'alma.
"Livre Como um Deus" é um passeio calmo pelo jardim das sensações, emoções e porque não dizer das incertezas que rondam todo e cada amor.
"Driamante" é a homenagem nua ao nome que lembra amor. Essa música me arremete a um poema que escrevi a minha Dri, anos atrás.
"Hoje eu te Pedi em Casamento" fala de um momento tenso na vida de um homem onde o próximo passo é incerto e um tanto quanto excitante. Percussão e teclado aliados a vocais e banda para dar vida a um pedido.
"Mil Galáxias" é olhar o horizonte com um leve sorriso no rosto. De sonoridade alegre e compassada e sem nenhuma firula, direta em sua mensagem como um beijo ou um abraço.
12-Baby, eu Queria encerra esse passeio numa balada saudosa, de quem almeja não terminar, interromper, cessar...
Um ótimo CD indispensável em sua coleção, pois fala direto ao coração e alma.
E como diz o próprio Nando Reis em seu Twitter: Logo menos nos encontramos por aí.
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