Whitesnake: fraco registro de banda que pode mais
Resenha - Live In The Shadow Of The Blues - Whitesnake
Por Rodrigo Simas
Postado em 09 de maio de 2008
Gravado na turnê mundial de 2006, este duplo ao vivo traz também quatro novas músicas gravadas em estúdio, as primeiras em mais de uma década. Não há nenhuma informação sobre os shows que resultaram nas 20 faixas que compõem a parte ao vivo deste lançamento, sem datas específicas ou as cidades onde foram gravadas.
O encarte tem muitas fotos, mas a arte gráfica é bem pobre e as fotos de fraquíssima qualidade. Se ainda não bastasse a falta de informação, a qualidade sonora da parte ao vivo está bem aquém do esperado. É realmente difícil imaginar porque uma das maiores bandas de rock de todos os tempos libera um material tão abaixo da média. Não fosse um lançamento oficial, se confundiria por um bom pirata.
Superando todos os problemas iniciais, o repertório é bem escolhido e passeia por todas as fases da banda: desde as óbvias "Love Ain’t No Stranger" e "The Deeper The Love", passando por rockaços "Bad Boys" (que abre o CD), "Slow & Easy" e "Ready & Willing", sem esquecer do medley "Burn / Stormbringer", dos tempos de Coverdale no Deep Purple e sucessos como "Ain’t No Love In The Heart Of The City" e "Fool For Your Loving".
Tecnicamente a banda é excelente (na formação estão Doug Aldrich e Reb Beach nas guitarras, Timothy Drury no teclado, Uriah Duffy no baixo e o veterano Tommy Aldridge na bateria, além de, é claro, David Coverdale comandando a festa), mas não convence em alguns clássicos da fase mais blues rock. Se o desempenho em músicas como "Judgment Day" é excelente, músicas como "Walking In The Shadows Of The Blues", que pedem bem mais feeling, parecem perder bastante da sua essência, soando vazias em comparação as suas versões originais.
Já na parte de estúdio, o Whitesnake vai bem, principalmente para os fãs da fase hard rock, onde a banda teve seu maior sucesso comercial. A primeira, "Ready To Rock", é um hard rápido, com bons riffs, muita energia e Coverdale cantando de forma bastante rasgada. A segunda, "If You Want Me", é de longe a melhor e aponta para uma direção interessante, com uma pegada pesada, com muito punch e grandes melodias. "All I Want Is You" pode agradar os fãs e é o tipo de música com a marca registrada de David Coverdale, mas é a que menos chama atenção, até por não estar no nível das melhores baladas da banda. A quarta e última, "Dog", sobe a qualidade novamente e fecha a parte inédita do CD em grande estilo.
No final, um registro ao vivo fraco, de uma banda que pode render muito mais, principalmente pelos músicos que têm e pelos inúmeros clássicos do seu repertório. Acaba valendo praticamente pelas quatro últimas músicas, que mostram o Whitesnake ainda vivo e em boa forma (a banda acabou de lançar o novo CD de estúdio, Good To Be Bad), mesmo tendo vacilado em um lançamento importante, que marcava oficialmente a volta do grupo à ativa.
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